Indiquei um dos meus executores. "Derrubem-na e façam o que prometi. Preparem o corpo dela. Descubram se ela tem algum parente que queira os restos dela. Se não, incluiremos ela na nossa cerimônia de luto." Não era uma cerimônia que eu estava ansioso para fazer. Muitos de nossos lobos também pereceram na batalha. Eu odiava perder qualquer lobo, mas os eventos de hoje precisavam acontecer.
Esperei até que eles retirassem o corpo dela do quarto. E então me concentrei nos dois homens restantes. O mais alto tinha cabelos loiros sujos e me olhava da mesma forma que a mulher tinha. Mas ele não tinha aquela rara faísca especial de lealdade que ela tinha. Ainda assim, ele seria o mais difícil de quebrar entre os dois.
Chegando bem perto dele, garanti que ele prestasse atenção e entendesse completamente minhas palavras. "Vou te dar uma chance, e somente uma chance, para me dizer o que eu quero saber. Como posso encontrá-la? Para onde ela iria? Ela não poderia simplesmente desaparecer. Tenho lobos vasculhando a floresta, e não há nenhum rastro dela. Certamente, uma shewolf juvenil não poderia escapar de executores experientes sem um plano e ajuda. Então, o que foi?"
Seus olhos olharam para as correntes agora vazias onde a mulher morta estava pendurada. Seu corpo estremeceu, e então ele voltou seu olhar para mim, com ódio. Ele cuspiu no meu rosto. "Vá para o inferno!"
Eu assenti. Então era assim que seria. Ok. Ele não poderia dizer que eu não o avisei. Lentamente, limpei a saliva da minha bochecha com a manga e retirei uma bela lâmina de oito polegadas da bainha na minha cintura. O aço afiado como navalha poderia cortar a carne como manteiga. Seu corpo se tensionou enquanto ele se preparava para o que eu iria fazer em seguida.
Eu ri sombriamente. Nenhuma preparação o prepararia para o que eu ia fazer.
Já tinha sido um dia longo. Eu estava cansado e queria resolver isso o mais rápido possível. E tinha uma parte da anatomia que falava muito mais significativamente para os homens do que qualquer outra.
Sem aviso, agarrei o seu pênis e o cortei desde a raiz.
Seu grito foi ensurdecedor.
Sangue jorrou do ferimento. Acenei com a cabeça para o curandeiro que eu sabia que estava esperando. O curandeiro avançou e aplicou um curativo que impediria o homem de sangrar até eu terminar.
Olhei para o terceiro homem. Sua boca estava aberta de horror.
Ah sim, ele estaria pronto para ser colhido quando eu terminasse.
Ajoelhando-me para obter melhor posição para minha próxima tarefa, olhei para um executor à minha direita.
"Pegue o joelho dele e levante", instruí calmamente como se estivesse dizendo algo tão banal como 'abrir a porta' e não castrar um homem.
Até meus homens se contorciam e empalideciam. Alguns pigarrearam, se esforçando para manter suas refeições no estômago e não vomitadas no chão de cimento frio. Eles sempre ficavam enjoado quando a tortura atingia a região genital de um homem, exatamente por isso eu fazia isso. Para mantê-los todos na linha. Eu queria que eles nunca esquecessem do que eu era capaz. Para nunca sequer cogitar a ideia de me trair.
O homem agora se contorcia de dor e gritou: "Esconderijo!" As lágrimas escorriam pelo seu rosto. Ele engoliu ar, mas não o suficiente para estabilizar o ritmo errático de seu coração.
"Ela...ela teria ido para lá!"
Cortei o topo de seu escroto. "Onde fica o esconderijo?"
"Eu não sei!" Ele gritou agudamente. Seu corpo convulsionou. Sangue jorrou de entre suas pernas.
Suspirei. Ele estava me dizendo a verdade. Era hora de passar para o próximo.
Com um movimento rápido de pulso, completei a tarefa. Seu saco escrotal decepado caiu no chão. O curandeiro não iria intervir desta vez. O homem perderia sangue em minutos. Seu corpo se contorceu enquanto perdia a consciência, o queixo caindo ao peito. Mais alguns espasmos e ele se encolheu contra as estacas que o seguravam. Nenhum movimento, nenhum sinal de vida, apenas peso morto.
Levantei-me e limpei a lâmina na minha calça cargo escura. Bem, eu ia descartar a roupa de qualquer maneira. Colocando-me na frente do último homem, eu disse com enfado: "Preciso repetir a pergunta?"
Eu não tinha dúvidas de que ele estava mais do que disposto a falar. Espero que ele soubesse de alguma coisa. Seria lamentável para ele se não soubesse.
"N-não..." ele gaguejou, tremendo quase tão violentamente quanto o outro. "O e-esconderijo fica a uma mile ao norte." Ele ofegou, tentando recuperar o fôlego.
Esperei pacientemente.
"Há um túnel...que leva da cozinha do Alpha."
Ah! Agora tudo fazia sentido. Foi por isso que eu não consegui seguir seu cheiro, e porque meus lobos não foram capazes de rastreá-la na floresta. Sorri. Ratinha esperta. Ela havia se escondido embaixo da terra.
Mas não esperta o suficiente. Ela pertencia a mim.
E não importa o que fosse preciso, eu a encontraria.
Espero que o fogo tenha se extinguido. Não tinha prazer em escavar pilhas de ruínas para encontrar a entrada do túnel.
Depois de mais algumas perguntas e respostas, eu tinha tudo que precisava. Perfeito. Assenti para Dagger: "Termine com ele rapidamente e esteja pronto para ir."
Algumas horas depois, encontramos o esconderijo.
Eu esperava pegá-la desprevenida.
Fiquei desapontado. Ela não estava lá, mas as minhas narinas se dilataram, absorvendo os cheiros no ar. Doces, mas também um pouco exóticos, orquídea, jasmim e canela. Inspirei profundamente, tremendo, enquanto soltava o ar. Minha Loba estava ansiosa, andando de um lado para o outro em minha cabeça.
Ao olhar ao redor do abrigo subterrâneo, tive que admitir, o plano do Alpha foi bem elaborado. Perfeitamente escondido em uma parte da montanha que jamais teria suspeitado.
De repente, meu Beta, Everard, xingou, "Merda!"
Droga! O que foi agora?
Ele chamou por cima do ombro, "Você não vai gostar disso."
Abri caminho por entre a massa de lobos, procurando pistas em todos os cantos. Quando cheguei até Ever, olhei por cima do ombro dele. Ele estava ajoelhado ao lado de uma porta aberta, revelando um grande compartimento sob o chão.
Ele já havia esvaziado uma das grandes bolsas pretas, escondidas lá dentro, e espalhado o conteúdo pelo assoalho de madeira rústica. Havia os itens usuais, comida, roupas. E dinheiro. Muito dinheiro.
Suficiente para manter alguém escondido e bem de vida por um longo período de tempo.
Minha irritação se intensificou. Não, isso não estava parecendo bom.
Mas não era isso que ele estava segurando na mão, examinando tão atentamente.
Ele segurava documentos de identificação, carteira de motorista, cartão de seguro social e até uma certidão de nascimento. Olhei para a foto na carteira de motorista. Ironicamente, era a mulher que eu acabara de matar.
Antes de morrer, o terceiro Lobo confirmou o nome da lobisomem falecida para que pudéssemos tentar encontrar sua família. Ela tinha sido a companheira do Beta. O problema era que o nome dela não correspondia ao nome nos documentos à minha frente.
Isso só podia significar uma coisa.
As bolsas de emergência não eram aleatórias ou intercambiáveis. Cada uma tinha sido preparada para um Lobo específico e continha uma identidade falsa, um novo começo.
Eu não estava mais procurando por Hycinth Diamonte. E me f**a de lado, eu não sabia quem estava procurando agora. Não tinha ideia da identidade que ela estava usando.
"Esses são muito bons," Ever murmurou, virando a carteira de motorista e examinando a qualidade da falsificação. Ele a segurou contra a luz. "Tem até o holograma."
Incrível pra c*****o.
Ele deixou o documento cair sobre a pilha de itens e olhou novamente para o buraco. "Ela não está sozinha. Há espaço suficiente para indicar que duas bolsas estão faltando."
"Eu sei," rosnei entre dentes. "Um macho."
Eu senti o cheiro dele - o odor deles misturados - quando entrei na sala. Minha Loba tremia dentro de mim, lutando contra as restrições da minha pele. Ela queria sair. Eu a empurrei para trás.
Endireitei minha postura. Ok. Se era um jogo que o ratinho queria jogar, eu estava dentro.
Vamos jogar.