capitulo 1

1771 Words
"Os fantasmas não passam de reflexos do passado, que perseguem àqueles que têm consigo um assunto m*l resolvido". ? Vickyara Durante cinco anos, David ou Mr.Blue como muitos o tratavam, tentava achar uma maneira de dar um fim aos seus pesadelos, que não passavam de um trilher da noite de 20 de maio, quando Annabel perdeu a vida. Em toda a sua vida, nunca tivera se apaixonado daquele jeito ao ponto de sentir, o aumento da pressão arterial, da frequência respiratória e dos batimentos cardíacos, a dilatação das pupilas, os tremores, além de falta de apetite, concentração, memória e sono. Esses sintomas todos a doravante descritos, ele tinha lido em romances, nunca pensou que fosse sentir algo do gênero por alguém. Ver o amor da sua vida estatelada no chão, com o sangue a cobrir o piso de bambu, foi como se tivessem cravado uma faca no seu peito. Já não bastasse perder seus pais, aquilo era demais para um só homem, ninguém é forte a todo o tempo, e por essas e outras perdas. Mr.Blue afastara-se do trabalho para recompor-se, só depois de dois anos retomou com um novo modelo de carro, um Porsche azul 911 Speedster, que apelidou de Annabel. "O que você quer de mim? É dinheiro?" indagou com a voz áspera. Achava-se t**o por ter caído na armadilha dela, a vontade que ele tinha era de apertar-lhe o pescoço até nunca mais respirar. "Dinheiro? Não, quero justiça, você matou a sua namorada e colocou a culpa em mim". Disse ela convencida, Com a postura rígida sentada à beira da cama, com os pés a pisar firmemente o chão revestido de um tapete trabalhado com desenhos de mandalas. "Você só pode estar louca. Isso não vai durar, seja lá como você tenha escapado a polícia vai-te encontrar". Expressou ele, seus olhos castanhos como o café estavam furiosos que lembrara duas fogueiras acessas. "Não me importa o que acha. Explico-te o que vai acontecer apartir de agora" Declarou ela, abriu a sua mala de ombro, revestida de couro, e lá tinha vários objetos cortantes. "Você vai confessar seu crime, porque eu não terei nem um pouco de compaixão, vou torturar-te até a verdade sair de sua garganta". Ameaçou ela, olhou fixamente com um odio incontido. "O que te faz pensar que eu pudesse m***r a mulher que amo?" inquiriu ele incrédulo com o que escutava, não sabia se ela tinha enlouquecido de vez na prisão ou era um jogo para fugir de sua responsabilidade como culpada. "Traição". Esclareceu ela, e dessa ele não estava a espera, Seus lábios carnudos da cor de ameixa ficaram em linha reta " Eu vi tudo, no BlueBerry, a sua cara de mocho ao ver annabel a se esfregar com aquele modelo". Narrou ela. Com essa declaração voltaram para cinco anos atrás. Annabel tinha gravado um comercial para o novo modelo de carro, um Mercedes MGJTR, em que contracenava com Derek Casanova. Depois que findaram as gravações a direcção da propaganda decidiu comemorar pelo sucesso tido durante o tempo da produção, pois não houvera percalços e muito menos constrangimentos entre as partes envolvidas. Mr. Blue soubera da festa, pensou que seria uma boa ideia aparecer por lá e finalmente fazer o pedido que muito ansiava, que sempre adiara devida a sua rotina desusada. Annabel e Derek escaparam sorrateiramente da aglomeração para um lugar mais calmo. Seguiram até a varanda do salão de eventos que lhes emprestara uma vista fascinante do ponto de separação entre a cidade de grandes lagos e Nova Zambézia. Evie seguira Mr. Blue, como sempre fizera, viu ele a entrar no hotel concretamente onde havia a celebração. Alguém ariscara contar-lhe onde sua mulher estava, e ele entrou discretamente na varanda, e vi-os juntos aos amassos, e pela maneira como eles estavam entrelaçados, não precisou que alguém tivesse-lhe dito, que não era um simples caso, haviam sentimentos envolvidos. Por isso mesmo, saiu de mansinho não queria fazer figura de t**o. Quando estava no átrio de regresso a casa jogou o anel no pavimento, Evie esperou ele entrar no carro, e posteriormente pegou o anel. " Lembra? Que anel tão lindo!''Ela falou a olhar para o corte da pedra que era incomum de um jeito elegante, Mr. Blue ficou ainda mais chocado. "Mesmo assim isso não é motivo para tirar a vida de alguém". Articulou ele a defender-se com os olhos estreitados e tom de voz convincente. "Pensa que vou acreditar nessa história? Que você a amou tanto que decidiu que o melhor era deixa-lá livre com outro homem". Riu de forma gutural, que ele admitiu no seu interior que ela tinha uma gargalhada engraçada, e boa de se escutar. "Você nunca deve ter amado ninguém, não imagina como é perder alguém que se ama". Atestou ele, a parte de nunca ter amado era verdade, ela passou a vida inteira obcecada com a ideia de tornar-se numa grande estilista e de um dia vir a vestir homens como ele, aliás ele sempre fora seu alvo. "E não me sinto a perder por isso, olha só onde o teu amor levou-te, você ficou parado dois anos sem trabalhar por uma mulher que despedaçou seu coração". Jogou a verdade crua e nua na cara dele sem piedade. "Sim fiquei deprimido, porque você a matou, seu lugar é na cadeia onde você não devia ter saído". Exprimiu ele, e aquelas palavras, a deixaram descontrolada ao ponto de levantar a mão e dar-lhe um t**a na face, o estalo ecoou pelo quarto. "Eu não matei ela, não tinha motivos para tal ". Confessou ela descontrolada queria que ele a compreendesse e, ao mesmo tempo, o desconfiava, ele não entendia a luta que ela estava a travar, durante muito tempo ela observava-o, achava que ele era um homem íntegro e julgava que o conhecia só por o observar, porém, desde o acontecido não sabia que juízo tomar. Esse encontro fora programado há anos, ela não pensava que seguir seu plano fosse difícil por ter que olhar para aqueles olhos da cor de café que pareciam inocentes. "Então porquê observava-me? Foi encontrado no seu apartamento, diversos jornais e postes meu". Interpelou ele, não a entendia parecia uma obcecada, porém havia algo diferente nela, ele sempre teve mulheres, aliás fãs obcecadas, e muitas delas o assediavam, com cartas e ameaças outras mandavam fotos com partes íntimas, mas ela, era algo que pretendia decifrar por isso mesmo não entedia o que a levou a m***r Annabel. "Eu não te observava daquele jeito que você pensa". Expôs ela e fez uma pausa, que a levou viajar ao passado. Evie não passava de uma garota tímida que perdera os pais muito cedo, isso era algo que ela tinha em comum com David. Foi morar em Paris com a tia Florence, não foi uma má experiência mas também não foi mil maravilhas. Ela esforçara se tanto para seguir seus sonhos. um deles foi concretizado quando ganhara bolsa para estudar na melhor escola de corte e costura do país. Quando terminou os estudos decidiu voltar a sua cidade natal, voltou para casa onde crescera, usou a garagem para fazer sua loja, porém não teve sucesso como esperava, esse era um dilema de todos os recém-graduados, que pensam que logo após terminar a faculdade automaticamente começam a ganhar a vida, o que muitos não sabem é que as regras aplicadas para vencer na universidade não são as mesma na vida real, é preciso conhecer o mundo lá fora e estudar o mercado. Tudo o que ela cosia não era novidade, as pessoas esperavam por inovação, sem falar do seu jeito de se apresentar que não era dos melhores. Até que num dia olhou ao jornal e na secção de emprego, lá estava um anúncio que convidara a todos os costureiros que se consideravam inovadores e talentosos, capazes de criar o melhor figurino para o magnífico e saudoso Mr. Blue. Ela pensou, que essa seria a sua oportunidade. passou três noites em claro a coser um feitio de terno desenhado por si mesma para apresentar na convecção. "Lembra na sua convecção de 2014, da rapariga de óculos de armação quadrangulares de madeira, com uma saia maxi, e cabelos desgrenhados, que apresentara um fato simplório de algodão cinza, que foi vaiado por todos?" demandou ela, e ele tentara lembrar, e as peças pareceram se juntar quando se concentrou na descrição por ela apresentada. David Lembrou da jovem que exibiu um terno totalmente fora dos padrões que não se adequava ao seu estilo, e graças a ela levou a sala toda a surtar de risos que antes era tomada por um humor morbido. Entrementes, ele sentira piedade da moça aproximara e disse-lhe: "Acredito que é talentosa, se calhar mais uns dias, quem sabe? Meses de pesquisa, no ano que vem você poderá trazer algo que vai mudar o mundo inteiro, mas esse dia com certeza não é hoje". Ela tomou para si aquelas palavras á peito. De volta a atualidade em resposta David disse -lhe: "Lembro sim". Confirmou ele a olhar profundamente para aquele rosto oval de feições africanas, com as narinas bastantes alargadas, ponta arredondada e dorso curto e baixo com a pele mais espessa e oleosa. Ela enconstou-se melhor na cama flutuante de estrutura oculta, com as cobertas de veludo em um tom azul marinho. Declarou: "Eu apenas decidi pesquisar-te, saber mais de ti, para criar algo que combinasse com a sua personalidade. Uma coisa que aprendi naquele dia, é que a roupa diz muito sobre a personalidade da pessoa, e eu precisava de conhecer-te na íntegra e foi o que fiz". Lembrou dos sacrifícios que tinha feito, como mudar definitivamente de cidade, implicou vender a casa de seus pais, e alugar um quarto em Nova Zambézia, e passou a trabalhar num jornal como editora. Sempre que podia, arranjava um jeito de ir aos mesmo lugares onde ele fosse, retirava-lhe fotos discretamente e depois descrevia as peças que o mesmo usava, e com base nessas informações ela atualizava as suas criações. "Mesmo assim, isso parece doentio". Alegou ele com um sorriso sarcastico e olhos arregalados. "Doentio foi o que você fez, matou a sua namorada e colocou a culpa em mim". Asseverou Evie. Retirou da sua mala de couro um chicote também do mesmo material, com tira unica. "Para quê é isso?" Questionou desdenhosamente, aquilo já estava a ficar entediante para além de ser aterrador. "Para o fazer falar, você vai contar-me toda a verdade do que aconteceu naquele dia". Disse ela convencida. "Tudo bem, se você insiste em continuar a fazer esse teu jogo insano de atirar a culpa em mim, Eu conto a minha versão".....
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