A mudança

907 Words
Em um certo verão quente de Setembro, Bianca e Luna, sua irmã mais nova de cinco anos e seu pai solteiro se mudavam de sua casa, onde viveram muitas histórias. Bianca tem nove anos e seu pai, Bernardo trinta e cinco anos, solteiro e tinha a profissão de contabilista. O carro da mudança havia chegado e já estava cheio, o motorista parecia um pouco mais velho que Bernardo. Ele terminava de arrumar as coisas: — Vamos, eu já terminei aqui — disse o motorista enquanto sacudia as mãos. — Vamos senhoritas — disse Bernardo enquanto olhava para Bianca e Luna que brincavam em volta de uma árvore perto daquela que acabava de ser a sua antiga casa, Bianca e Luna correram para junto do pai com um sorriso que cobria os olhos, elas pareciam entusiasmadas com mudança. Enquanto o motorista dirigia, Bianca e Luna se colocaram a janela do carro apreciando a vista, era uma rua de campo e a sua volta tinha uma mata muito vasta e com árvores de diferentes tamanho. O carro era uma jipe e pulava a medida em que passavam pelas covas, o que fazia a Bianca e a Luna se divertirem, o motorista conduziu durante quatro horas até que chegou em uma vila, que tinha diversas casas pequenas e outras um pouco grandes, mas com quintal pequeno. — Esta vila é mais grande que a nossa pai — disse Bianca admirada. — Aqui tem muitas casas e pessoas pai — disse Luna que tomava um iogurte sentada na cadeira do carro enquanto olhava para frente. — Pois é senhoritas, este será o nosso novo lar, mas a nossa casa fica mais pra frente, onde não se encontram tantas casas como aqui. O motorista andou por mais vinte minutos e chegaram em uma casa que parecia abandonada e coberta pela mata. Luna e Bianca olharam admiradas. — Aqui, chegamos — disse Bernardo. — Wow, parece uma mata. A casa está abandonada? — disse Luna admirada e com os olhos cheios de empolgação. Bianca pulou do carro assim que a porta foi aberta pelo motorista. Ela estava tão animada que foi correndo até a casa saltitando como a criança de nove anos que é. — Mana me espere, por favorrr — gritou Luna ainda tirando o cinto de segurança. Assim que saiu do carro, correu mata adentro encontrando sua irmã mais velha que a esperava. De mãos dadas, as duas foram correndo para dentro da casa. A casa era velha (estava precisando de uma boa reforma, pensaram os adultos). A casa era bastante espaçosa, embora tivesse poucos cómodos: cinco grandes quartos, uma sala de estar, uma sala de jantar ao lado da cozinha,. Dois dos quartos tinham suíte e havia uma casa de banho no corredor entre os quartos. Também tinha uma cozinha casa de banho do lado de fora, a casa de banho era pintada de azul marinho. Bernardo e o motorista tiravam as coisas do carro e colocavam na varanda que era consideravelmente espaçosa. As meninas faziam um tour pela casa onde seu pai e sua mãe alguma vez viveram, se encantando com os mínimos detalhes do lugar até foi o lar de sua falecida mãe, Luciana. — Eu adoraria que as senhoritas dessem uma ajudinha aqui — disse Bernardo com as mãos na cintura enquanto tentava fazer cara de sério, mas acabou sorrindo para suas filhinhas que eram sua razão de viver. —Estamos vindo pai — gritou Bianca e Luna imitou sua irmã mais velha fazendo um coro, e assim as meninas deixaram de imediato a sala que as encantara . No cair da noite, Bernardo terminava de colocar as coisas dentro de casa enquanto Paulo, o motorista preparava uma fogueira para aquecer água para o banho (Bianca, com o espírito aventureiro propôs á seu pai que ela fizesse a fogueira, mas acho que todos sabem que crianças não podem brincar com fogo e por isso Bianca recebeu um grande não de seu querido pai. Lembrem-se, crianças não podem brincar com fogo!) — Amanhã nós limpamos a casa — disse Bernardo em pé, segurando a cabeça e olhando Luna brincar com sua boneca. Bianca pôs-se a fazer o banho com Luna na varanda em uma banheira pequena, elas se apressavam em seu banho, temendo a escuridão que muito as assustava, não havia energia e a noite prometia ser bastante escura. Bianca terminou e vestiu sua roupa limpa enquanto a Luna saía da bacia. — Me espera mana — disse Luna enquanto se secava com a tolha, toda desajeitada. — Pai, o senhor não vai fazer banho? — Gritou Bianca ao perguntar. — Já vou. O jantar está na mesa ,podem começar sem mim. — Não, nós esperamos pelo senhor — disse Bianca com carinho . — Sim, pai esperamos — disse Luna imitando sua irmã. — Para de me imitar Luna — disse Bianca olhando para sua Luna visivelmente chateada , — Para de me imitar Luna — repetiu Luna fazendo uma careta para a irmã mais velha. Bianca se dirigiu à sala para falar com seu pai: — Pai, Luna está fazendo caretas para mim, — queixou Bianca, furiosa. — Pai, a mana não para de ser chata — gritou Luna cruzando os braços(como ficou ficou fofa, ahh). — Pai, as minhas filhas chatas não param de brigar — disse Bernardo saindo da sala. —PAIII — gritaram em coro, acabando por dar uma bela gargalhada do ocorrido.
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