Prólogo

2083 Words
Alexandria estava no barco da polícia marítima junto de seus colegas e aquele transporte marítimo ia a todo vapor atrás do navio do cruzeiro do amor, em que supostamente estariam lá dezenas de jovens prestes a serem contrabandeados nos Emiratos árabes unidos. Finalmente, depois de cinco minutos eles já estavam bem atrás daquele navio e rapidamente se puseram em frente , bloqueando o. Alexandria pegou no megafone – Somos da polícia federal! E neste momento trazemos um mandato de busca para ser efectuada no convés desse navio! - Disse ela, erguendo um documento. Ela baixou o megafone, bem como o documento que trazia em sua mão e esperou reação dos responsáveis do navio Finalmente, apareceu o capitão do navio e deu uma espreitadela, confirmando que realmente se tratava ds polícia marítima. O capitão trocou algumas palavras com um homem que estava ao seu logo e este, logo desapareceu. Finalmente as escadas foram lançadas. O barco onde Alexandria estava foi aproximado ao navio, de seguida ela saiu e subiu as escadas, vindo a sua trás dois de seus colegas e dois dos policias marítimos. Alexandria aproximou-se ao capitão que também já ia em sua direção. - Saudações capitação! - ela estendeu o braço. - Saudações! - o capitão retribuiu o cumprimento. - Chamo-me Alexandria Cooper! Sou Detective sénior afecta ao Departamento de Tráfico de humanos. No mesmo instante a expressão facial do capitão mudou de sereno á preocupado. - Como lhe disse quando paramos este navio, precisamos fazer uma busca e captura no convés... - Ela ergueu novamente o mandato de busca e captura - Tivemos a informação de que há possibilidade de que neste navio tenham jovens que estejam a ser mandados aos Emiratos... - Bem eu--- Alexandria o interpelou - Não é negociável! Nos mostre o convés! O capitão engoliu em seco e olhou aos para os seus tripulantes. Ele soltou um longo suspiro - Tudo bem... Me acompanhem por favor. Alexandria assentiu. O capitão colocou-se a andar, vindo ao seu lado o sub-capitão e atrás Alexandria e seus colegas. Eles foram andando e olhares dos viajantes sobre eles não cessaram, sendo acompanhados de cochichos. Eles passaram pela ponte do navio, foram entrando em direção ao convés. Enquanto andavam eles foram se cruzando com mais e mais viajantes, os quais não escondiam a expressão facial de surpresos. Finalmente eles aderiram ao convés. O responsável pelo convés destrancou e abriu a porta e, de seguida cedeu a passagem para os demais. O capitão entrou e logo de seguida as luzes foram se acendendo gradualmente. Ele convidou Alexandria a entrar e assim ela o fez, vindo a sua trás um colega federal e outro marítimo, ficando os outros do lado de fora. Alexandria foi dando uma vista de olhos ao redor do interior do convés. No convés, não havia absolutamente nada suspeito. Tinham mantimentos e suplementos, estando claro para ela e para o seu colega que estavam no local errado. Alexandria olhou para os seus colegas e eles para ela, sinalizando que deviam abandonar o local. Mas ela não se deu por convencida e continuou andando e olhando minuciosamente ao redor daquele local. Ela foi andando, entre as pilhas de caixa e naquele instante ela percebeu que era caixa de comida não perecível. Ele parou no meio das caixas e começou a ler as informações que continham no exterior das mesmas. - Posso abrir? - ela olhou para o capitão. - Como queira... Alexandria afastou o seu paletó, passou a mão sobre o coldre sobre o seu peito e tirou um canivete. Ela agachou-se e cortou a caixa, confirmando que realmente no interior daquela, não tinha nada menos e nada mais que comida. Ela soltou um suspiro de decepção e logo levantou-se. Ela prosseguiu andando ao redor e foi inspeccionado toda a caixa que parecia ser suspeita, mais no final não encontrou o que queria. Ela soltou um último suspiro de decepção e passou a mão sobre a cabeça dando se por vencida. – Tudo bem... - Ela virou-se e olhou para o capitão. – Parece que aqui não há nada... O capitão assentiu e pela expressão facial ele parecia por algum motivo estar aliviado. – Pode ser que no convés não tenha nada... Mas nós gostaríamos de verificar a lista dos viajantes e fazer uma visita aos mesmos... - Disse Alexandria. – Tudo bem... - Disse o Capitão, parecendo bem feliz. – Por favor - ele assinalou o caminho. – Ah! - Alexandria soltou um leve suspiro e prosseguiu. Eles iam andando e de repente ela deu um passo e sentiu o chão levemente oco. – Hmmm... - Ela parou e olhou para trás. O capitão parou e olhou para ela, vendo-a olhar para o chão – Sim? Alexandria virou-se e deu um passo para frente, sentindo mais uma vez que aquela área estava levemente oca. – Se passa algo? - perguntou o Capitão, aproximando se dela. – Esse chão... - Disse Alexandria. Alexandria deu um piso forte sobre aquele local e confirmou que alí era realmente oco. – Talvez não será necessário ir visitar os viajantes... - Disse Alexandria, na ironia, enquanto se agachava. – Bem... - O sub-capitão ia se aproximando dela. De repente um dos colegas de Alexandria o parou com a mão. O sub-capitão olhou para o polícia e esse para ele, olhando se ambos com um ar de ameaça. – Alguém pode me ajudar aqui? - perguntou Alexandria, tentando remover aquelas madeiras. O outro policia juntou-se a ela e começaram a abrir aquele lugar. – O que tem aqui? - perguntou Alexandria, enquanto abria aquela área. – Bem... Eu... Eu não sei... - Respondeu o capitão. – Sou novo nesta companhia... – Novo? - perguntou Alexandria, num tom de ironia. – Mas parece que o teu sub-capitão tem ideia do que posso ter aí embaixo... - Interviu o colega federal de Alexandria. – Parece que já da pra entrar aqui... - Disse Alexandria, tentando dar uma espreitada no interior daquele lugar. – Tsk! Não dá para ver nada... – Tenho uma lanterna... - Disse o polícia marítimo, enquanto vasculhava os seus bolsos. – Aqui está! – Obrigada! - disse Alexandria, enquanto recebia aquela ferramenta. Ela voltou a agachar-se, dando uma espreitada, mas naquele momento com o auxílio da lanterna. Ela foi olhando ao redor e mais uma vez, não viu nada. – Merda... - Ela focava ao redor. – Parece que... - Ela fez uma pequena pausa. – Parece que...? - perguntou o polícia marítimo. Ela mantinha a lanterna fixa e olhava fixamente naquele local. E finalmente ela viu, o que esperava ver, alguns jovens vendados, amordaçados e de mãos atadas. – Eles estão aqui... - Ela foi se erguendo. – Eles estão aqui em baixo... - Ela olhou para o capitão. – Eles... Eles quem? - o Capitão foi se retraindo. – Vocês estão presos em nome da lei! - disse ela, retirando algo de trás das suas coisas. – Co---como assim? - perguntou o capitão. Alexandria foi tirando um par de algemas – Você tem o direito de permanecer em silêncio até a presença do seu advogado... - Dizia ela, enquanto se aproximava ao capitão. O capitão não mostrou resistência e aceitou a decisão de Alexandria. De repente, enquanto Alexandria algemava o capitão, o sub-capitão levou a arma do outro colega federal. – O que--- o colega federal virou-se. – Eu não serei preso! - disse o sub-capitão, retraindo se, enquanto apontava a arma aos demais. Alexandria e seus colegas olhavam-se em simultâneo. O sub-capitão foi retraindo-se sem olhar para trás, de repente recebeu uma pancada no pescoço e caiu no chão de joelhos. – Ai! - ele contorcia-se de dor. – Você esqueceu quem tem mais policias aqui... - Disse um terceiro polícia, enquanto se agachava. – Maluco! - disse ele, pegando na arma. – Encontramos os jovens que tinham sido raptados! - interviu Alexandria, enquanto segurava o capitão pelo ombro. – Percebi pela pequena comoção! – Eles estão na parte inferior deste convés! Quero que tirem eles daqui e pare o navio! Peça o apoio da polícia marítima! – Certo! – Preciso fazer uma chamada! - disse Alexandria, enquanto passava pelo seu colega. Alexandria foi tirando o seu telemóvel do bolso enquanto caminhava a todo o vapor em direção às escadas. Rapidamente procurou por um contacto na sua lista telefónica, fez uma chamada e levou o telemóvel ao pé da orelha. A chamada foi atendida – Detective Alexandria! – Chefe! – Me dê boas notícias... – Eles estão aqui! É como eu tinha lhe dito, esse cruzeiro era uma farsa, os jovens que estávamos a procura estão todos aqui! Foi ouvido um logo suspiro de alívio do outro lado da chamada – Fico feliz em saber... – Neste momento estamos a trabalhar com a polícia marítima e paramos o navio... Vamos proceder com a detenção dos capitães bem como dos demais tripulantes... – Exacto! – Precisamos de--- Alexandria fez uma pausa, assim que começou a sentir um cheiro familiar. – Precisam de... Alexandria fez uma pausa e começou a olhar ao redor, tentando perceber de onde vinha aquele cheiro, mas não era naquele corredor pois estava completamente vazio e silencioso. – De onde... - Ela fez uma pausa novamente, assim que começou a ouvir alguns suaves e rápidos passos, acompanhados daquele cheiro que ia ficando mais e mais forte. – Alexandria... – Ele está aqui... – Ele quem? Alexandria baixou o telemóvel e foi em direção ao corredor de onde vinham aqueles passos. – Alexandria? Finalmente Alexandria alcançou o corredor, ela olhou a sua direita e não estava ali ninguém, mas o cheiro de pinheiro misturado a rosas e sangue estava forte, deixando claro que aquele Don estava naquele navio e acabava de passar. Ela olhou para a sua esquerda e finalmente viu ele. La estava o Don, de costas, vestido de terno preto e um cachecol branco pendurado no seu pescoço. "HEY!" ela gritou. O Don a ignorou e prosseguiu, indo a sua direita. – Alexandria! O que se passa? - perguntou o seu chefe, do outro lado da chamada. Alexandria voltou a realidade, apercebendo-se que tinha deixado o seu chefe pendente. Ela pegou no telemóvel, desligou a chamada e colocou-se a correr em direção ao local onde o Don tinha ido. Ela alcançou o corredor e ao virar-se ela viu o Don de costas, mas naquele instante ele estava no interior do elevador e as portas estavam já a fechar se. Ela colocou-se a correr em direção ao elevador, mas aa portas já estavam a fechar-se, ela alcançou o painel e começou a pressionar os botões, tentando fazer o elevador voltar. Ela insistiu mas nada aconteceu. – Merda! - ela via o elevador subir. Ela olhou ao redor, sem saber o que fazer, até que viu as escadas do lado oposto. Ela colocou-se a correr em direção às escadas e foi subindo a todo o vapor. A respiração funda e ofegante tomava conta do seu corpo, mas ela não se deu por vencida. Não porque estava desesperada para deter aquele homem, mas por um outro motivo profundo que ela não sabia. Era ele, aquele Don misterioso e que ela queria desesperadamente ver de novo. Finalmente ela alcançou o topo e empurrou a porta. Ela agachou-se levemente e apoiou as mãos sobre as suas pernas, enquanto ela respirava fundo. Um ar forte foi batendo contra a sua cara, soltando os seus cabelos, ela ergueu a cabeça e viu o Don já a entrar num helicóptero. Ela recompôs se e colocou-se a correr em direção ao helicóptero enquanto tirava a sua arma. – PARE EM NOME DA LEI! - gritou ela, enquanto corria em direção ao helicóptero. A porta foi se fechando, o Don finalmente olhou para ela e os seus olhos se cruzaram. Diferente da ultima vez que tinham se visto, naquele momento o Don usava uma máscara masquerade que cobria a metade da sua face, deixando a vista os seus lábios finos e bem definidos. Ele abriu um sorriso provocador e matinha contacto ocular com ela, enquanto a porta se fechava. – Pe-gue me se pu-der! - soletrou o Don. O helicóptero finalmente estava a decolar, mas Alexandria corria em direção ao mesmo enquanto disparava. Enquanto o helicóptero se distanciava, o Don olhava para Alexandria todo sério e ela para ele, já baixando a arma. Finalmente o helicóptero já estava a desaparecer. – Quem é ele? - Alexandria via o helicóptero se distanciar. – Porque eu tenho essa sensação de o conhecer?
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