Prólogo - Otávio

1018 Words
- Quanto você quer para sumir da vida da Isadora? - Júlia voiceferou - Já disse, não quero um morto de fome na nossa família. - Eu não estou com a Isadora por dinheiro e sim por amar muito sua filha! - Respondi a altura. - Amor? Meu querido Otávio - Júlia exalava arrôgancia - Amor não enche barriga. Pense em minha proposta, você pode enriquecer, ter outras, ter mais de uma mulher! - Eu não quero mulheres...eu quero a Isadora! - Tentei fazer aquela mulher entender que eu amava a sua filha - Eu já te disse, eu posso trabalhar...podemos viver bem. - Não me importa, eu só quero você bem longe da minha filha! Você estragou a vida da Isadora. Amor não enche barriga e nem eu e nem o pai dela iremos dar um real para essa criança maldita. Minha vontade era de fugir com Isadora para bem longe mas infelizmente o fato de que naquela época ela possuia seus dezessete anos e eu meus dezoito recem completos, foi o que me impediu e fez com que eu tivesse medo do que Júlia fosse capaz de fazer caso eu não seguisse suas ordens. As atrocidades que ela seria capaz, justamente por não aceitar meu namoro com Isa, seriam maldades pesadas e assustadoras. O que eu não estava disposto a pagar para vê já que sabíamos muito bem do que Júlia era capaz. Isadora e eu nos conhecemos quando eu comecei a fazer curso de Inglês no mesmo lugar que ela, Isa rica de berço de ouro e eu era um bolsista que lutava para conseguir meu lugar ao sol. E não era do tipo que passava por cima dos outros para conseguir algo. Foi amor a primeira vista, eu tinha me apaixonado pelo jeito, pela doçura e pelos olhos castanhos dela. Apesar do meu sobrenome ser forte e raro, não era suficiente para a família da minha amada me aceitar. O nosso namoro foi vetado e Isa foi proibida de ser vista ao meu lado ao de qualquer contato. Porém todos esses motivos não foram capaz de me separar dela, muito pelo contrário depois de todos serem contra eu passei a amar mais Isadora e nossos perigosos encontros as escondidas só aumentavam nosso amor. - Otávio! - Eu amava ouvir ela pronunciar meu nome - tenho que ir, mamãe pode desconfiar de algo. - Fica só mais um pouco Isa? - Ela sorriu fazendo beicinho - Por favor? Sua mãe nem deve está em casa...deve tá por aí fazendo compras. - Amor? Ela vai me matar se eu chegar tarde em casa. Ela pode muito bem interrogar todos os empregados para saber que horas eu cheguei em casa. Amanhã a gente passa mais o tempo junto e aproveita mais. Isadora era dona de uma beleza estonteante. E por mais que eu odiasse ter que aceitar isso, ela tinha herdado da mãe toda a beleza. Os cabelos em um tom de vermelho vinho até os ombros, a pele morena em um tom mais para escuro,os olhos castanhos que me enlouquecia e uma boca que sempre expressava um sorriso lindo de derreter qualquer um. A única diferença de Isa para a mãe era a altura que alias Isadora era de altura mediana e o corpo natural com belas curvas. - Não vejo a hora desse pesadelo acabar e a gente gritar nossa felicidade para o mundo - Ela sorriu. - Assim que eu completar meus 18 anos, serei sua para sempre. Nenhum deles, nem a minha mãe e nem meu pai poderá me prender. Eu serei sua e sem precisar me esconder. O tempo passou e os 18 anos de Isadora chegaram e para nossa infelicidade talvez mais minha do que dela nós tivemos que nos separar. Júlia tinha conseguido acabar com nosso amor, ela enfim tinha dado um jeito de separar Isa de mim. - Se você não quiser ser preso Otávio, trate de sumir de nossas vidas - Ela sorriu erguendo a sobrancelha. - Mas e o bebê? - Perguntei nervoso - Eu sou o pai e tenho direito de saber dele. - Bebê? - Júlia debochou - Ele não vai existir Otávio, eu mesma cuidarei de dar um fim nessa maldita criança! - Otávio, por favor! - Isadora chorava - Para o seu bem desaparece. Você sabia bem que esse dia chegaria.. - Mas Isa? - Ela suplicou com os olhos - Eu te amo! E nossos planos? Casar, filhos e no.. - Eu não te amo mais e eu não quero esse filho - Ela despejou suas palavras - Você é um morto de fome Otávio, nunca será suficiente para mim...como vou ter um filho de um cara como você? O que poderá oferecer para essa criança? - Você sabe bem que o posso arrumar um emprego e manter nós três...- Eu procurava saída para que o pior acontecesse - Podemos dar um jeito, só por favor...não me afasta do meu filho...do nosso filho. Por um descuido meu e também de Isadora, nós transamos sem camisinha e ela ficou grávida. Não adiantou eu ter dito que ia assumir a criança e trabalhar para sustentar ambos, Júlia aproveitou da situação para me tirar da vida da filha feito um cão sarnento. Eu não estava preparado e nem queria me ver longe de Isadora mas infelimente eu não tinha escolhas,eu tinha que desaparecer por mais que fosse doer e despedaçareu coração deixar minha amada. - Eu estou livre de você e de sua pobreza Otávio - Júlia sorriu - Adeus morto de fome. - A gente ainda vai ser esbarrar muito nessa vida Júlia - Engoli em seco - Você ainda vai ouvir falar muito de Otávio Borges Dumonte. E você, vai engolir todas essas palavras que está me dizendo. Apartir daquele momento eu me impus uma condição,todos da Família Alcântara Valle iam me pagar por todas as ofensas e sofrimento, por ter me afastado do meu filho. O mundo dá voltas, eu sempre tinha isso em mente. O pobretão, ferrado ou morto de fome ia pisar em todos e Isadora não ia passar batida.
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