Capitulo 31

1095 Words

Tereza Acordei como se alguém me arrancasse de um abismo. Quatro dias sumiram, dissolvidos em um sono pesado e adocicado, que agora deixava minha língua grudenta e meu estômago revirado. Quando abri os olhos, a luz branca do quarto me cortou como vidro. Tentei engolir, mas algo frio e rígido bloqueava minha garganta. O que é isso? Toquei o tubo com a ponta dos dedos, e o pânico explodiu em meu peito. Tentei gritar, mas só saiu um ruído abafado, como um animal encurralado. Meus braços se debateram, batendo nas grades do leito, enquanto as máquinas apitavam frenéticas ao meu redor. Figuras de branco se aproximaram, vozes distantes ecoando: "Calma, Tereza, você está segura." Segura? Como poderia estar segura com isso enfiado em mim, roubando minha voz, meu ar, minha humanidade? Alguém seguro

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