Naquela noite, durante o jantar Percival abriu uma garrafa de vinho. Tia Mary disse ter gostado, mas bebeu não mais que dois ou três goles de um honesto Cabernet Sauvignon chileno. Acho que ela não gostava de vinho. Preferiu o suco de laranja, a segunda bebida à mesa. Após o jantar os dois foram para a sala. Eles não ligaram a luz, pois a iluminação da cozinha dava alguma claridade na sala era o suficiente. Tia Mary sentou-se num canto do sofá, Percival deitou-se e colocou a cabeça dele em seu colo. Creio que era o momento adequado para ele, falar do ritual de silêncio na cama, que ambos estavam tendo todas as madrugadas.
- Tia Mary, eu queria falar de um assunto delicado...
- O que, meu querido?
- Nosso relacionamento. Eu estou muito feliz de tê-la conhecido. Esses dias têm sido maravi
