A escuridão cerrava-se ao redor de Peter como um abraço gélido, e o quarto, outrora sereno, transformava-se em um palco para o seu próprio tormento. Sob a luz do amanhecer tênue, o rosto de Hellen, que deveria ser um farol de desejo, distorcia-se como uma miragem, fundindo-se com as sombras que dançavam nas paredes. O toque suave de suas mãos, que tinham o intuito de acender o desejo de Peter, e domar a alma dele, tornava-se agora tentáculos do d***o, garras cruéis que o arrastavam para um abraço sufocante. Os olhos de Peter piscavam, mas ele se via preso em um pesadelo que se recusava a soltá-lo. A linha tênue que separava a realidade do sonho desfazia-se como um fio delicado, e Hellen transformava-se em uma quimera grotesca que ecoava os terrores noturnos de Peter. A boca que se aproxim

