CAPÍTULO 2

1739 Words
STEFANY ALENCAR Hoje acordei com uma tremenda dor de cabeça, fiquei até tarde ontem estudando após ter chegado do estágio, vivo meus dias assim, entre estágio e faculdade, estou me formando em enfermagem e o dinheiro que ganho não é muito então estou fazendo uns b***s numa feira de final de semana, isso mesmo agora sou feirante, no começo fiquei com vergonha, mas, agora estou acostumando, já viajei o mundo todo e hoje estou assim, conversei no hospital para eles mudar meu horário de sábado assim não iria atrapalhar o meu estágio. Vitor desde dia que casamos não apareceu mais na minha frente, agradeço a Deus por isso. O que ele fez independente de nosso casamento ser por contrato eu nunca vou querer ele perto de mim. Estou agora me arrumando para ir à faculdade, graças a Deus não falta muito para acabar, estou no 6 semestre de enfermagem como são 8 semestre falta bem pouco, agradeço a Deus, pois, meus estudos Vitor mantém porque se não eu teria que trancar a faculdade. Termino de me arrumar e desço para tomar café, ontem foi meu pagamento do estágio e consegui comprar uma boa refeição já que há dias estou comendo as frutas que sobra na feira, água estou conseguindo pagar em dia, mas, a luz está atrasando, acredito que logo vão cortar, e como pensamento atraia, estou vivendo a luz de vela, isso mesmo cortaram a luz, e como não tenho dinheiro suficiente para negociar, estou tomando banho com água sendo esquentada no fogão. Não conto a ninguém da minha família o que estou vivendo, pois, não quero que eles riam de mim, eles são milionários, mas não quer um real deles, toda vez que apareço nas festas falo que meu marido está viajando à negócios e não tem tempo de me acompanhar, sei que eles sabe que estou mentindo. Já que Vitor continua aparecendo em revista ao lado de várias mulheres e principalmente a ruiva descabida, mas não falam nada e sempre estou no canto das festas já que todos viraram a cara para mim, não tenho nenhuma amigo. Laura e Hanna também se ferraram, Hanna prefiro nem comentar, mas, Laura os pais dela arrumou um marido bem pior que o meu, e pelo, o que fiquei sabendo, ela até apanha, triste sua situação, foi o que escutei em uma das festas, elas eram minhas amigas, bom pelo menos eu pensei que era. Mas ao fazermos algo muito errado elas me deixaram e eu fui obrigada a me casar, pro meu pai ele diz ser para me colocar na linha, eu tenho muita raiva dentro de mim, meu pai foi negligente a minha vida toda, me deixando sobre os cuidados da minha mãe, mas penso que ele não percebe e quer saber, eu não ligo também, sei que fui muito r**m no meu passado e creio estou pagando o que fiz, estou sem dinheiro, carro, viagem, etc. Nada que eu amava eu tenho hoje mais se eu falar que me faz falta? Eu estou mentindo, pois, nada disso me importa mais, acredito que sou até mais feliz assim, as pessoas não se aproxima de mim pelo meu dinheiro porque, na verdade, eu não tenho e sim por quem eu sou. Para melhor um pouco minha situação ganhei duas amigas no hospital, Lilian e Tayná, elas são o oposto uma da outra, Lilian é mais calma e tranquila já Tayná é um furacão, sempre agitada e me mete em cada uma, dou várias risadas com às duas, posso dizer que meus dias são incríveis com elas, às duas nem imagina o que eu já fiz, digamos que eu era uma pessoa horrível, na verdade, bem horrível, ajudei minha mãe que hoje é falecia a armar para minha cunhada não ficar com meu irmão, colocando um anel de diamante, na bolsa dela, na verdade, foi a Hannah que era apaixonada pelo meu irmão na época que colocou, mas, tudo havia sido muito bem-planejado na época, na hora de uma grande festa eu a acusei de roubo, fiz ela sair diante de todos algemada e passou uma noite na cadeia, e claro que meu irmão acabou acreditando, pois, era minha mãe, a Hannah e eu que acusamos então ele acabou acreditando. Por isso que hoje estou pagando o que eu fiz, eu que julgava muito as pessoas de baixa renda e olha para mim. Fazendo um estágio que nem consigo sobreviver com o que ganho e nem com as gorjetas da feira ajuda a me manter. Para piora fui obrigada a um casamento, que nunca vejo meu marido e nem convívio. Ele permanece com a vida de solteiro. Na mídia ele sempre estar acompanhado com outras mulheres e de uns tempos para cá aquela vaca tem coragem de ligar de vez no meu celular, me perguntando dele, como ela conseguiu o meu número? Surpreendo-me com sua audácia e às vezes mando ela procurar o seu macho no inferno, aquela ruiva infeliz. Estou tão perdida nos meus pensamentos que não percebo que estou atrasada, preciso correr para pegar o ônibus até a faculdade, sinto falta do meu carro que meu pai tomou de mim quando soube das coisas horríveis que eu fiz, e ainda disse que errou na minha criação, e não era digna de ser sua filha, não posso negar que suas palavras me quebraram, cresci vendo minha mãe humilhar os funcionários em casa e pensei ser a coisa mais normal do mundo, e acabou que hoje eu estou aqui, uma simples funcionária fazendo um estágio em um hospital e fazendo bico de feirante. Saiu de casa correndo para o ponto de ônibus, acabou que só tomei um café preto e peguei uma torrada, dou sinal para o ônibus 335 sentido centro de São Paulo, preciso correr para não me atrasar a faculdade. Após cerca de 1 hora eu estou em frente a ela, assisto a primeira aula e minha barriga ronca, sabia que não deveria comer só uma torrada, mas não posso me dar ao luxo de comprar nada na cantina hoje, pois, se não vai faltar para pagar a minha condução na semana e ainda tenho um livro para comprar que o professor vem exigindo e não tenho como pagar, então terei que aguentar até chegar no estágio, as horas parece uma eternidade para passar, e graças a Deus chega o momento de ir embora, no caminho pego outro ônibus lotado e nem eu imaginava ser tão lotado assim, como hoje é sexta-feira agradeço, amanhã só tenho a feira para trabalhar, pois, me deram folga no hospital e posso correr atrás de outro bico nas minhas horas vagas já que ainda estou sem luz, preciso resolver logo essa situação. Chego no estágio e já vou correndo me trocar, visto meu jaleco branco e vou tomar um café, quando estou na sala comendo vejo Tayná entra toda agitada e sorridente — Amiga, vamos hoje a uma balada no centro da cidade? — fala animada — Não, muito obrigada — falo naturalmente — Ah! Para de ser chata Stefany, você é mulher linda e só vive aqui se matando no curso e na feira, a vida também precisa ser vivida — m*l ela sabe que já viajei o mundo todo e que tenho um pai rico. — Tayná eu estou cansada já estudei igual uma condenada e... — Boa tarde meninas — Lilian chega com seu sorriso tímido e toda alegre também. — Boa tarde — respondemos juntas. — Lilian estou chamando a Stefany para ir a uma balada hoje mais ela não quer ir.- fala indignada — Porque você não vai? — Lilian pergunta confusa — Eu não estou a fim — falo escondendo a verdade, pois não tenho dinheiro para ir. — De jeito nenhum, você vai sim e vamos nos três — Tayná fala toda animada — Isso mesmo, eu pago a nossas entradas — Às vezes esqueço que os pais da Lilian são ricos. — Perfeito, vamos nos divertir muito juntas — ela começa a rir e eu fico sem graça de recusa e aceito ir. O dia no hospital passou agitado, graças a Deus hoje não morreu ninguém, nesses meses de estágios vi muitas pessoas morrer e aquilo me tocou profundamente porque por mais que as pessoas tenham dinheiro, na hora da doença dinheiro não vale nada. Saiu do estágio e vou para casa me arrumar, Lilian vai passar para me pegar, ela é uma pessoa humildade, apesar de ser rica, gostaria ter sido uma pessoa assim, quando tinha dinheiro, mais não foi o meu caso. Coloco um vestido preto bem justo que comprei num bazar próximo de casa, já que vendi todas as minhas roupas de grife para comprar alimentos, deixo meus cabelos loiros soltos, passo uma maquiagem bem forte no rosto e uma batom vermelho incrível, uso uma sandália salto alto e uma pequena corrente no pescoço, que comprei em uma barraca de bijuteria na feira que achei linda. Escuto uma buzina de um carro lá fora e já sei que minha carona chegou, corro apago a vela e logo vou saindo, vejo Lilian e Tayná magnífica em frente ao carro, Tayná está com um vestido branco bem curto, ela é morena dos cabelos pretos e olho bem azul, já Lilian é branca do cabelo dela um loiro bem claro quase platinado e olhos pretos, ela está usando um vestido roxo, mas, a baixo do joelho, resumindo elas estão lindas. — Stefany como você está linda — ambas fala sorridentes. — Obrigada, meninas, vocês também estão incríveis. — Agora vamos quero dançar muito — Tayná fala pulando, entramos às três no carro e logo seguida escolhemos uma música para tocar, e acabamos colocando a música do filme das branquelas eu não vi filme mais andar com elas e ver como elas se divertem com tudo acabamos cantando juntas a música no carro. Chegamos na balada por volta das 22:00, vimos que está lotada, ficamos na fila cerca de uma hora só para entrar, quando conseguimos entrar vamos direto para a pista de dança, contudo no momento em que chego, vejo quem eu não via a meses, ele está ao lado da mesma ruiva que vive me ligando, nesse momento nossos olhos se cruzar e vejo que ele está tão surpreso quanto eu por está ali. Vitor Ferrari, ou melhor, meu marido ao lado da ruiva que a tempos vem tentando infernizar a minha vida.
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