Desvantagens de um novo planeta...

2013 Words
Acho que agora é o momento em que todos pensam o óbvio. E que chato. O grande herói salva a jovem. Casamento, filhos e fraldas, e toda essa ladainha. Noites sem fim de choro. Não comigo! Alguém já se perguntou sobre um detalhe interessante? Eu definitivamente não era humano. Ah, mas eu certamente conhecia muito bem os hábitos e a cultura daquela gente. N'Tirlay era o lar de todos os tipos de escória da Galáxia. Bem, o que posso dizer sobre um Edrian? Como explicar para um humano? Seus hábitos são tão diferentes. No meu mundo, atração s****l ou emocional, ou se você quiser chamar de romântico, não dependia de sexo ou identidade de gênero. Sério, sexo e gênero nunca foram determinantes da atração s****l. Acho que você chamaria isso de uma identidade s****l alternativa. Mas a orientação s****l é um direito que todos têm. A relação era muito comum. E o que é atração afinal? Não deve depender de convenções conduzidas pela sociedade. Eu mesmo sentia atração por mulheres tanto quanto por homens. Ah, para quebrar preconceitos? No meu mundo, a união não envolvia apenas duas pessoas. Independentemente de homem ou mulher, havia também a delicada questão da reprodução e garantia de uma prole saudável. A piada, não é? E voltamos a outra questão que foi toda a razão dessa confusão. E advinhem? Não cresci em edrin. Ainda sou do tipo bem conservador. Reprodução assexuada? Não, definitivamente não e até o K'Aldriant concordaria. Não havia muita viabilidade genética. Tenha sexo! A mistura de gametas masculinos e femininos foi fundamental para a maior adaptabilidade de uma espécie. A verdade é que não existe uma receita completa. O que alguém aqui poderia dizer sobre um relacionamento perfeito? Acho que em qualquer parte do Universo, qualquer mulher espera sinceridade, lealdade e atitude. Quer matar uma mulher? Diga a ela que: O que você quiser está bem, baby. Ela sempre quer se sentir única e especial. Isso mata qualquer um. E tudo se resumia a N'Tirlay. Eu tinha cerca de cento e vinte anos quando cheguei lá. Eu nunca teria sobrevivido por muito tempo. Na época eu acredito que eu estava perseguindo minha própria morte. Meu temperamento era agressivo e o tamanho grande despertou interesses que finalmente encontraram a raiva que me alimentava. A luta. Lá, naquele lugar eu era insuperável. era o mestre absoluto e reinou vitorioso. As apostas correram. Eu nunca perdi. E não estou nem um pouco orgulhoso disso. Meu corpo era uma máquina de luta. Foi assim que conheci Klaus. Ou Nicolau, um humano.Um irmão. Quanto ao resto... acho que você pode imaginar. Foi a primeira vez que senti algo além de ódio e Klaus me conhecia melhor do que ninguém. Só relacionamentos assim... Ravenack finalmente descobriu minha fraqueza. E eu não tinha perdoado. Kklaus ouvia minnha amargura sobre Angel. Era amigo. Olhei para aquela adolescente e desajeitadamente me afastei. Eu não costumava cometer os mesmos erros. Raios! Só que ela não era nativa, embora parecesse uma infeliz na adolescência. Eu mentalmente fiz a matemática incomodado. Ah, quantos anos tem essa criatura? 160?! Não era mais uma criança. Eu ia responder alto e claro e parei. As luzes da rua piscaram na escuridão da noite até se apagarem completamente. E nunca foi um bom sinal. -Não se afaste! - recomendei, verificando a pistola. - Que diabos! -Como você sabe falar minha língua? Como você entende? O ar estava começando a esfriar. .. Olhei para a garota de roupas leves, xingando ainda mais quando tirei o casaco para que ela o vestisse. A essa altura, Angel estava congelando, a respiração de sua respiração condensando no ar. -Deus! C-C-CComo ficou tão frio? "Ela insistiu e suspirou trêmula. Eu balancei minha cabeça em aborrecimento. -Espero que não tenha feito os cálculos errados. São 76 horas! "Eu agarrei a mão dela, forçando-a a andar. -Vamos, mexa-se! - insistiu novamente. -Mas o que são 76 horas? Angel parou imóvel. As mãos em sua cintura mostravam que ela estava furiosa. Raios. Até mesmo num Apocalipse zumbis que os humanos tanto pareciam gostar naquelas caixinhas eletrônicas..Qual é? Dá para se mexer? Só um pouquinho?. -Eu não vou a lugar nenhum com você. Eu preciso ir para casa. Ou acordar desse pesadelo. Eu também tenho prova de francês... Não posso ser abduzida durante os exames. O comentário parecia tão irreal quanto aquelas últimas horas. Foi um movimento na rua que me chamou a atenção. O rosto de Angel parecia febril com bochechas coradas. Era um homem. Eu quase podia imaginar o que estava passando pela cabeça dela. Fuga. Pedir por ajuda. -Nada disso, diabinha. Não vaigostar de descobrir o que é essa coisa. Pode confiar. Angel descobriria mais tarde que aquilo era uma dessas criaturas e que sua aparência era tudo menos agradável. Era uma espécie parasita e precisava de um hospedeiro. Aquele homem ou o que restava dele mostrava um rosto sem traços ou feições como boca, olhos ou qualquer outra coisa. Estava em um processo degenerativo. Uma simbiose m*l feita às vezes fazia isso. O peito teve uma ruptura que deixou marcas profundas de sulcos, por onde braços com garras penetrantes gesticulavam freneticamente. Deste buraco, uma criatura assustadora emergiu. A pele lembrava uma cobra com camadas empilhadas umas sobre as outras, com aspecto humanóide que destacava olhos completamente vermelhos, brilhantes e furiosos. Tendões articulados se projetam de onde deveria haver cabelo na cabeça oval. Era uma das aberrações que eu não gostava. -O que é isso? - Ela parou de se contorcer enquanto se inclinava, vomitando. Meu olhar avaliativo percorreu Angel e listou os perigos que o vírus estava causando. Febre! A garota infernal deveria ser imune, certo? A boca aberta da criatura mostrava dentes como qualquer predador e salivava. -Fugir! - ordenei, agarrando-o abruptamente ao puxá-lo. Minhas mãos estavam puxando o arco de energia que eu tinha preso nas minhas costas. Enganchei a arma em minhas mãos e o feixe de energia surgiu enquanto eu puxava e puxava o arco. Era praticamente uma b***a que os humanos usavam. A vantagem era que demorava muito mais para descarregar. Isso era um mau sinal. Não teríamos 76 horas. O invasor ganhou a atmosfera daquele planeta, infectando seus primeiros hospedeiros. Um vírus tão terrível e temido que nem mesmo as espécies mais resistentes que conhecíamos eram imunes ou resistiram ao contato com o veneno daquelas criaturas. Era uma simbiose, uma associação entre duas espécies diferentes, parasitas que naturalmente por serem carnívoros se alimentavam do hospedeiro até que este fosse morto. Angel gritou, horrorizado e sem ação. -Uau! Você vê isso? Que d***o é isso? "Sua voz estava alta em meus ouvidos. A voz de Angel era alta e alta. Cúes! Precisa mesmo ficar gritando assim:? Eu já escutei! -Iniciado. - xinguei, atirei várias vezes naquela coisa e atirei até ela cair. - Droga! É tarde demais. Precisamos de abrigo. Agora! -O que... o que começou? - Angel ainda estava com os olhos arregalados e hipnotizados pela monstruosidade até que ela levou as mãos aos ouvidos com assobios estridentes. Ele se contorcia e espumava no chão em agonia. Era tudo que eu não precisava. Minha intenção sempre foi manter a garota longe de surtos de contaminação como aquele enquanto ela não estivesse a bordo do Spartackus e pudesse receber as imunizações mais fortes que tínhamos. -O fim. Eles chegaram. Juizo Final? Apocalipse? Final dos Tempos? Pode escolher que não vou fazer críticas. Angel olhou para mim e então seus olhos enormes se arregalaram ainda mais com a cena, respirando com dificuldade enquanto colocava a mão no peito, fazendo uma contração tensa nas feições assustadoras que me chamaram ainda mais a atenção. Seu rosto era uma máscara pálida. Assim como Klaus. Na verdade, foi assim mesmo... O pensamento veio desagradavelmente. Foi mais menos assim que meu irmão morreu... Não eram apenas sintomas... Droga! Ela estava doente? Não pense nisso! -Isso... isso... - ela ofegou trêmula e cambaleante. E o vômito novamente. "Merda, você está doente? Você quer me dizer como? Maldição!" Eu só tive tempo de ajudar Angel suando frio e tirar o cabelo do rosto dela enquanto a garota começava a tremer. -Tem certeza que está se sentindo bem? - Quis saber e examinei cuidadosamente as feições febris antes de experimentar a temperatura de sua pele. Sentindo bem? Piada! Com toda minha falta de sorte... Ela era imune. Com toda certeza... mas as variantes daquele maldito vírus... Ela não parecia nada bem. Angel não respondeu. Parecia tudo errado. Muito m*l. E poderia depois de todas as besteiras que ela gostava de comer! Durante a maior parte da noite, observei o que estava fazendo naquele quarto, esperando o momento de levá-la. Ainda não era hora. De repente, mudei meus planos depois que a casa foi invadida e fugi com a garota. E eles definitivamente não eram K'aldriant. Mais uma vez eu fiz uma careta, me perguntando por que Angel foi mantido tão longe de Édrin. Ela não estava ao alcance de Ravenack, mas também não estava tão segura quanto eles haviam garantido. A Confederação tinha a vantagem perfeita contra uma ameaça que em nosso tempo não havia como lutar. Nada se sabia sobre sua anatomia. Desprotegidas e sozinha. Era o alvo mais fácil e mais provável para experimentos científicos. Minha raiva começou a surgir novamente quando ela se inclinou pesadamente contra mim e cambaleou. Sem equilíbrio e noção do que acontecia... Ou talvez apenas a sequência de eventos tenha sido demais. Acho que talvez eu tenha me sentido assim mesmo depois das últimas horas. Spatackus. Tudo que eu queria era o médico automático da nave fazendo a leitura bio-orgânica de seu corpo. Olhei ainda mais chateado para o beco onde estávamos vendo o perigo de sermos vulneráveis. Francamente. Levaria ainda mais tempo para criar outro portal de energia para nos tirar de lá. E a menina precisava de cuidados. Raios! Não havia nada por perto. A placa de um velho letreiro de motel pendia das velhas correntes enferrujadas sobre um batente de porta m*l iluminado. Ah, então um motel. "Você acha que pode andar?" Eu perguntei com muito pouca esperança. Ela m*l estava de pé. -Eu... eu... -Benzinho, nem sei porque perco meu tempo perguntando isso. Eu reclamei alto e levantei Angel em meus braços. Sua cabeça caiu contra meu ombro e sua respiração ainda me incomodava. Você deveria ter lido o prontuário médico dela. Tudo nos relatos das aulas mencionava apenas visitas semanais ao consultório do psicólogo e antidepressivos por causa da ansiedade e da insônia. E meus instintos cheiram muito mais. -Você vai tentar parar com essa merda infeliz que você tanto gosta de usar para se envenenar e perder uns quilinhos! E eu me enganei. Sua imagem frágil e indefesa despertou antigos demônios. Isso me lembrou de alguém que eu não tinha sido capaz de salvar. Alguém que definitivamente tinha sido especial por muito tempo. Meu irmão... -Vamos esperar o amanhecer neste motel e você melhora. - Falei comigo mesmo. E em todos os momentos era a imagem do rosto de Klaus que me vinha à mente. Imagens de sua morte. Foi quando o pesadelo realmente começou. Eu nem sabia o que me esperava. A infecção estava começando a se espalhar pelo planeta. Em poucas horas, toda a atmosfera estaria contaminada. Apenas os mais fortes sobreviveriam. Os sintomas eu sabia mais do que queria. Febre alta, delírios e convulsões. As alucinações eram sempre preocupantes porque traziam um surto de agressão. E então...Dificuldade respiratória... -Espero que seu corpo seja mais forte do que parece ou estamos ferrados. O protocolo de segurança pede pelo menos 24 horas para voltar por causa dessa febre. -Vamos lá! Eu a apoiei, testando sua temperatura atenta. Isso queimou. Ardia de febre. O que é isso? O que você está sentindo? Angel estava ofegante, sua cabeça irradiando estalos, e flashes de memórias antigas surgiram em sua mente em um fluxo cegante e involuntário. Desta vez a cabeça pareceu explodir. Não seria apenas uma enxaqueca. Ficaria horrível por dias. Ela não se lembrava de ter sentido a dor na nuca com tanta força. -Minha cabeça... minha cabeça...
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