Com extrema atenção e dedicação, o homem prontamente se dirigiu à aconchegante cozinha, movido pelo desejo de oferecer conforto e alívio à adorável Hanna, que sentia seus pulmões fracos e sua respiração emaranhada em uma teia de fragilidade. Sem demora, ele regressou com uma delicada xícara de chá, transbordando de calor e cuidado, e gentilmente expressou: "-Beba um pouco, pois certamente sentirá uma melhora em seu estado!" Com um gesto gracioso, Hanna aceitou a xícara e começou a saborear a bebida, apreciando sua deliciosa essência até a última gota. "-Isso está verdadeiramente divino!"- exclamou com gratidão. Com um sorriso sincero, o cavalheiro respondeu: "-Fico imensamente feliz que tenha apreciado..." No entanto, em meio a um acesso de tosse, Hanna lamentou: "Sinto um frio intenso..." Preocupado e zeloso, o cavalheiro gentilmente colocou sua mão cálida sobre a testa de Hanna, e com uma expressão de cautela, proferiu: "Aguarde um momento, minha querida, pois suspeito que você possa estar sofrendo de febre!" Neste instante, os olhares de ambos se encontraram, transmitindo uma mistura de preocupação, carinho e cumplicidade.
Com uma expressão preocupada, o homem insistiu em levar Hanna ao hospital. "-Não posso deixar você ir sozinha, sua saúde está claramente debilitada"- ele disse com voz firme. Hanna, tentando demonstrar independência, respondeu com determinação: "Eu vou ficar bem, não se preocupe. Posso chamar um táxi e ir sozinha". Entretanto, o homem não se convenceu facilmente e continuou a expressar sua preocupação: "Olhe bem para você, está tossindo muito, sua respiração está difícil e agora parece está febril. Não posso simplesmente ignorar esses sintomas. Vamos ao hospital juntos, eu insisto".
Hanna, diante da situação em que se encontrava, não teve muitas alternativas além de aceitar novamente a ajuda do homem desconhecido. Com uma mistura de gratidão e um leve senso de desconfiança, ela expressou sua apreciação por tudo o que ele estava fazendo por ela. "-Obrigada por estar ao meu lado e por oferecer sua ajuda nesse momento difícil"- ela disse com uma voz sincera. Antes que ele pudesse responder, interrompendo o silêncio tenso, o telefone do homem começou a tocar, rompendo o momento de conexão entre os dois.
Ele se desculpou prontamente e, com um gesto de mão, indicou que precisava atender a ligação. Enquanto conversava ao telefone, Hanna observava-o em silêncio, tentando decifrar as expressões em seu rosto. Ela percebeu a seriedade em sua expressão e a forma como ele se envolvia na conversa, transmitindo confiança e dedicação em suas palavras. Por alguns minutos, Hanna aproveitou a pausa involuntária para refletir sobre a situação em que se encontrava.
Enquanto Hanna continuava a refletir sobre a situação, uma pergunta persistente surgiu em sua mente: por que alguém tão sério e atraente como aquele homem estaria interessado em ajudá-la? Ela se perguntava como alguém com uma postura tão imponente e, ao mesmo tempo, cativante poderia se envolver em sua história e oferecer ajuda. Essa dúvida intrigante mexia com seus pensamentos, mas ao mesmo tempo enchia seu coração de alegria e gratidão.
A aparência do homem, com seu olhar penetrante e presença marcante, não passava despercebida por Hanna. Ela se sentia atraída por sua aura de seriedade e confiança, que parecia envolvê-lo como um manto.
Hanna e o Homem não perderam tempo e se dirigiram rapidamente ao hospital. O semblante do Homem, antes descontraído, se transformou em uma expressão séria e carregada de preocupação logo após o telefonema.
Ao chegarem à recepção do hospital, o Homem imediatamente buscou informações com a recepcionista, compartilhando brevemente a situação. A troca de palavras foi intensa, com gestos enérgicos e olhares ansiosos.
Enquanto isso, Hanna foi encaminhada para a sala de consulta, onde aguardava com uma mistura de nervosismo e apreensão. O ambiente da sala estava impregnado com o típico aroma hospitalar, uma mistura de produtos de limpeza e desinfetantes. A tensão era palpável, refletida nos rostos das pessoas ao redor.
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Hanna, é uma jovem talentosa e sonhadora, decidiu deixar sua cidade natal no interior e se aventurar na agitação da cidade grande. Com o coração cheio de esperança e o desejo de expor suas belas pinturas em uma galeria renomada, ela embarcou nessa jornada desconhecida, confiando em sua paixão pela arte e determinação para alcançar seus objetivos.
No entanto, a realidade da vida na cidade grande era muito diferente do que Hanna havia visto na televisão ou imaginado em seus sonhos. Com apenas um mês desde sua mudança, ela estava em uma busca incansável por emprego, entregando currículos em todas as lojas, grandes e pequenas, na esperança de encontrar uma oportunidade que a ajudasse a se estabilizar financeiramente e, assim, focar em sua ambição artística.
Hanna encontrou-se em uma noite de solidão e incerteza. Uma tempestade repentina desabou sobre a cidade, fazendo com que todos se recolhessem em busca de abrigo. Sem nenhum táxi disponível e desprovida de informações precisas sobre o caminho de volta para casa, Hanna se viu perdida em meio à escuridão e ao caos da tempestade.
Assim, Hanna acabou na residência do homem que estava ajudando, enquanto uma mistura de emoções invadia sua mente na sala de consulta.
Em seguida, o médico chegou para examinar Hanna e, após uma minuciosa análise, concluiu que a exposição de Hanna à chuva desencadeou uma crise de bronquite. Essa condição provoca inflamação nos brônquios, dificultando a respiração e causando tosse persistente.
Para tratar os sintomas, o médico prescreveu alguns medicamentos eficazes, que aliviam a tosse e proporcionam alívio imediato. Além disso, enfatizou a importância de Hanna descansar adequadamente em casa, permitindo que seu corpo se recupere completamente e evitando qualquer esforço físico excessivo que possa agravar a condição.
Após sair da sala de consulta, Hanna estava cheia de esperanças de encontrar o homem que havia sido tão prestativo na noite anterior. Com entusiasmo, ela vasculhou a recepção em busca dele, mas, infelizmente, não o encontrou. Sentindo uma ponta de decepção, Hanna decidiu então retornar para casa.
Assim que chegou em seu lar, Hanna se recolheu em sua cama, mergulhando em pensamentos profundos e reflexivos. Ela não conseguia tirar da mente os breves momentos que passou ao lado daquele homem misterioso.
"-Qual seria o nome daquele cavalheiro tão gentil?"- ela se questionava, com uma pitada de curiosidade e ansiedade. "-Por que ele partiu sem esperar por mim?". Essas perguntas ecoavam em sua mente, enquanto ela repassava mentalmente os acontecimentos da noite anterior.
A incerteza sobre o paradeiro do bondoso homem a deixava apreensiva. Hanna ansiava por encontrá-lo novamente e expressar sua gratidão pela ajuda que ele lhe havia oferecido. Mas como fazer isso? Essa pergunta pairava no ar, sem uma resposta clara.
Enquanto adormecia, Hanna se viu envolta em pensamentos confusos. Ela sentia que as chances de reencontrar aquele homem eram escassas. A lembrança de sua casa havia se dissipado de sua mente, tornando ainda mais difícil a tarefa de localizá-lo.
Assim, a jovem adormeceu, abraçando uma mistura de sentimentos: gratidão pelo auxílio recebido e uma dose de melancolia pela incerteza de jamais encontrar novamente o homem que a havia ajudado.