Quando Mateo retornou à Sicília, a tensão entre pai e filho era palpável. Don Castilho, sentado em sua imponente cadeira de couro no centro de seu escritório, observava o herdeiro com uma mistura de desdém e frustração. Os dois homens eram sombras um do outro: Mateo, com sua juventude e vigor, representava o futuro; Don Castilho, envelhecido e amargo, era o passado, agarrando-se a um poder que começava a escapar por entre seus dedos.
Ele queria punir o filho pelo desastre em Nova York. Era uma derrota que não apenas minara o poder dos Castilho, mas também os expusera ao ridículo perante as outras famílias. Contudo, por mais que quisesse descarregar sua ira, Don Castilho sabia que Mateo era seu único herdeiro legítimo. Ele próprio já estava velho demais para tentar produzir outro filho com
