A música cessou, e o salão mergulhou em um murmúrio de conversas e risadas discretas. Hellen parou de dançar e agradeceu a Hugo com um sorriso suave, um disfarce cuidadosamente calculado para esconder o tumulto que fervia dentro dela. "Obrigada pela dança, Hugo." Sua voz era firme, mas carregava um tom de gratidão genuína. Hugo, sempre atento, devolveu um sorriso discreto, seus olhos escaneando o rosto dela em busca de sinais de fraqueza. "Se precisar de mim, estarei por perto." Hellen assentiu, mantendo o sorriso, mas dentro dela, a raiva e a mágoa estavam à beira da explosão. "Preciso ir ao banheiro. Com licença." Enquanto se afastava, ela podia sentir os olhos de Mateo cravados nela, pesados como chumbo, acompanhando cada movimento seu. O calor do olhar dele fazia seu sangue fer

