Capítulo 2

1027 Words
Finalmente deitada em minha cama eu pude pensar um pouco, um pressentimento r**m tomou conta de mim e lembranças me vieram em mente. Suspirei fundo e peguei o meu celular para distrair a mente, eu não poderia ficar sofrendo pelo passado. Aliás, eu precisa dormir, amanhã eu teria uma festa e pretendia ir bem descansada, sem falar que preciso comprar o presente dela. Mal terminei de me repreender mentalmente e meu celular começou a vibrar, era o João me ligando. Conversa: João: n******e falar pra ninguém, né? - Não, até porque, irei aparecer na festa da Bih de surpresa amanhã. João: Irei gravar a cara dela quando te ver. - Grave mesmo, estou ansiosa, falando nisso, pode me ajudar amanhã? João: m*l chegou e já arrumou encrenca, dona? (Risos) - Não é isso, seu bobo, é que eu quero comprar um presente pra Bih, e como fazem 6 anos que não ando por aqui, não queria ir sozinha. João: Não precisa nem me perguntar uma coisa dessas, Lua, que horas iremos sair de casa? - Passa aqui às 10:00, não quero fazer nada na correria. João: (Risos), olha só como ela amadureceu gente, "não quero fazer nada na correria", dúvido, Lua, antes das 10:00 você não levanta. - Mais você não muda, né? Seu ousado, eu irei acordar sim, ainda irei bater na sua casa, me aguarde, a outra Lua já não existe mais. João: Não? Então vamos ver, pequena. Dei um sorriso espontâneo e disse: - Veremos! Desliguei o telefone na cara do mesmo e sorri com isso, ele começou a mandar mensagens em disparada para o meu celular, indignado porque fui "m*l educada". *** Acordei no outro dia com alguém me chaqualhando um pouco indelicadamente. Abri os meus olhos devagar e dei de cara com o João. - João... Mais... O que é isso? Falei meio sonolenta. João: Já são 10:39, eu te avisei, Lua. Levantei num pulo da cama e disse: - d***a! Entrei correndo no meu closet e peguei a roupa que havia deixado separada. Escutei as risadas do João de longe e xinguei ele mentalmente. Corri para o banheiro e por fim, tomei banho. Me olhei no espelho novamente e passei um perfume com cheiro suave, nada exagerado, passei as mãos em meus cabelos que estavam soltos e sorri para mim mesma, eu realmente havia mudado. João não estava mais em meu quarto, ao descer as escadas, encontrei o mesmo na cozinha conversando com os meus pais, bem... Minha mãe o considerava um segundo filho, então ele tinha essa i********e toda. - Nossa em, nem me esperaram para o café. Falei fazendo drama logo cedo. Mãe: Filha? Milagre você acordar cedo assim, são 8 da manhã ainda. Encarei o João com os olhos semi cerrados e disse: - É culpa dessa praga do João, ele me disse que já havia passado das 10:00. Meus pais deram risada e ele acompanhou. Me sentei ao lado dele e disse baixinho: - Eu te mato, sua desgrama. Ele me olhou e disse com um sorriso no rosto: - Tente a sorte. Dei um beliscão no braço dele e o mesmo se contorceu na mesa soltando um baixo gemido de "ai". Minha mãe olhou para ele e depois para mim e disse: - Parem já de brigar, crianças. Revirei os olhos e por comecei a tomar o meu delicioso café da manhã. *** - Mais João, se eu não gostei dessa blusa, quem dirá ela, aliás, dar uma blusa de aniversário apenas? Um vestido pelo menos, né? João: Ué , o que tem demais? Uma blusa bem bonita. - Isso nem é blusa, é um pedaço de pano, seu sem vergonha. Revirei os meus olhos. João: Sem vergonha não, realista, a blusa é bonita, eu irei levar. Dei uma gargalhada e disse: - Vai usar ela hoje à noite? Ele ficou com cara de bravo e disse: - Vou sim, fazer uma dancinha pra você com ela. Ele fez a voz fina. Dei mais gargalhada ainda e disse: - Você não presta, vamos logo, temos o shopping todo para rodar. João: Eu já estou arrependido. - Ótimo, perfeito, agora vamos seu idoso. O puxei pelo braço sem ao menos dar a chance dele comprar aquela blusa h******l que tinha pegado. - É esse! Falei olhando para o vestido azul marinho da vitrine. João: Esse pedaço de pano? Ele disse no mesmo tom que eu outrora. Dei um t**a nele e disse: - Não ouse falar assim dessa beleza, você não entende nada de mulheres. João: Entendo mais do que você. - Aham, irei fingir que acredito nisso. Comprei o vestido e continuamos andando pelo shopping. João: Não vai acreditar quem tá ali. - Quem? Falei curiosa. João: A luiza, faz tempo que não vejo ela. Olhei na direção em que ele estava olhando e a encarei, ela não havia me visto, mas estava diferente também, fazia muito tempo, ela havia engordado um pouco e seus cabelos estavam curtos, olhei um pouco para baixo e avistei uma criança segurando em suas mãos. - João, ela já é mãe? Perguntei passada. João: É sim, irá fazer 3 anos que ela é mãe. - Meu Deus, como o tempo passa. João: Pois é, as coisas mudaram muito por aqui, Lua. Ele me olhou e senti um ar de preocupação. - Tipo? João: Você irá ver... Engoli seco, será que ele estava falando do Gustavo? Não me contive e disse: - É o Gustavo, não é? João: Esperta você. - Tudo bem, eu realmente não me importo, já faz anos, eu era uma criança ainda... João não disse nada e continuamos andando pelo shopping. Comprei um salto e um urso para ela também, era bem fofo. João: Urso? Tem certeza que você "era" criança? Olhei para ele com cara de brava e disse: - Urso é para todos, deixe de ser chato, você não era assim. João: Eu disse que as coisas mudaram. Dei risada e disse: - Vou começar a pegar no seu pé, vai ver só. João: Já pega faz tempo e nem percebeu. Quando eu iria responder-lo, uma voz gravemente roca me interrompeu dizendo: - Lua?
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