O silêncio dentro da mansão era um prenúncio. Não o silêncio calmo da noite, mas o silêncio carregado, como o de uma igreja antes de um funeral. Isabella sentiu isso assim que cruzou o saguão, o salto de seus sapatos ecoando como tiros abafados contra o mármore antigo. — Alessandro está na sala de reuniões — disse Lorenzo, sem olhá-la nos olhos. Ela estranhou o tom. Mas não fez perguntas. Entrou na sala com passos firmes. Alessandro estava de pé, braços cruzados, os olhos fixos em um tablet sobre a mesa. Quando a viu, seu maxilar se contraiu — era um sinal. Algo estava errado. — Aconteceu alguma coisa? — Isabella perguntou, se aproximando. — Sim — respondeu ele, jogando o tablet na mesa. — Recebemos uma gravação anônima. Ela pegou o aparelho. A tela exibia um vídeo em baixa qualidad

