Teto Narrando Mano, nunca pensei que arrumar uma mala ia ser tão dolorido. Josué chegou cedo, trouxe as malas que tinha comprado pra mim. Duas, médias, novinhas, pretas. Também trouxe umas roupas que eu tinha pedido pela internet na loja dele, tênis, casacos, até cueca. Ele fez questão de resolver tudo sozinho, sem me deixar meter a cara em loja. Não que eu não pudesse sair, mas era porque eu tava evitando. Evitando cruzar com alguém, trombar com conhecido, esbarrar em aliado. Eu queria partir calado, sem despedida, sem explicação. Quando ele colocou as malas no chão do quarto e o saco com roupas novas em cima da cama, eu senti um nó na garganta. Ele puxou ainda um presente da sacola: um celular novo, já com chip, pronto pra uso. — É pra tu usar lá, mano. Só a gente dois vai ter esse n

