Alice Narrando Teto tinha saído e não voltou mais. Eu já tava sozinha em casa, inquieta, aquela agonia que não me larga quando sinto que tem coisa errada. Aproveitei a brecha pra fuçar de novo a vida da Lúcia. Liguei o notebook, respirei fundo e comecei a mexer nos arquivos que eu tinha conseguido puxar do celular dela. Mas, pra minha surpresa, só os recentes estavam apagados. Isso me deixou com a pulga atrás da orelha. — Que mërda essa mulher tá escondendo? — pensei alto, mordendo os lábios. Não é possível, ninguém apaga só o que fez por último à toa. O resto tava todo lá, normalzinho. Essa mulher não é limpa, eu sinto, é como se carregasse um segredo enorme nas costas. Eu preciso de prova concreta, algo que me dê certeza pra esfregar na cara de todo mundo. Só que, por enquanto, o que

