— Você me enlouquece

837 Words
Lívia Ele não falou mais nada pelo resto da noite. Apenas sentou-se na poltrona do quarto, com um copo de uísque na mão, os olhos cravados em mim como se estivesse decidindo se me punia ou me adorava. Eu permaneci deitada na cama, sem desviar o olhar dele. Até que ele, finalmente, se levantou. — Você me enlouquece. — disse, a voz rouca e baixa. Dei um leve sorriso. — É isso que você queria, não é? Ele caminhou até mim devagar, os sapatos fazendo um som pesado no chão. — Não. Eu só queria você… quieta. Submissa. — seus dedos tocaram meu tornozelo e subiram pela minha perna nua. — Mas parece que eu subestimei o quanto você é perigosa. — E agora? — perguntei. — Agora? — ele se inclinou, os lábios quase encostando nos meus. — Agora eu vou te mostrar até onde eu posso ir quando perco o controle. Ele se afastou só para arrancar o blazer e atirar a gravata para o lado. A camisa dele já estava aberta nos botões superiores, revelando o peito tenso, respirando pesado. Lentamente, ele deslizou as mãos sob minha camisola e a ergueu por cima da minha cabeça, expondo minha pele ao frio do quarto e ao calor do olhar dele. — Vira de costas. — ordenou. — Não. — Lívia… — Quero olhar pra você. — respondi, firme. Um segundo de silêncio, depois aquele sorriso sombrio apareceu de novo. — Então olhe. Ele empurrou meus joelhos para os lados, subindo na cama, e se ajoelhou entre minhas pernas abertas. Seus dedos passearam lentamente pela minha coxa, depois subiram, traçando linhas quentes na pele da barriga até meus s***s. Seus olhos escuros não desgrudavam dos meus. — Você está tremendo. — ele murmurou. — Não estou com medo. — retruquei. — Não? — ele inclinou-se, sua boca roçando na curva do meu pescoço. — Então isso aqui… — a ponta dos dentes dele mordeu minha clavícula, fazendo-me arfar — …é só excitação? — É você. — admiti, num sussurro. Ele ergueu a cabeça, satisfeito com a resposta. Sem desviar o olhar, se abaixou, arrastando a boca pelo meu peito, deixando um rastro quente, úmido. Quando os lábios dele fecharam em torno do meu mamilo, senti meu corpo inteiro arquear involuntariamente. Ele alternava entre sugar e morder de leve, enquanto as mãos se ocupavam em prender meus pulsos sobre a cabeça. — Assim. — murmurava, entre beijos — Quero você assim. Quebrada e ainda assim me enfrentando. — Dante… — Diga. — Você… me deixa louca. Ele riu, um som grave e rouco. — Ótimo. Então somos dois. Quando desceu ainda mais, eu não consegui conter um gemido alto. Ele se acomodou entre minhas coxas, empurrando-as mais para os lados, mantendo-as abertas com as mãos firmes. Sua língua desceu lentamente, quente e úmida, explorando cada centímetro até encontrar o centro do meu desejo. — Olhe pra mim. — ordenou, a voz abafada enquanto me provava. — Não feche os olhos. Era impossível. Eu me forçava a manter os olhos nos dele através do espelho ao lado, vendo a cabeça dele se mover entre minhas pernas enquanto a pressão aumentava, insuportável e deliciosa. Quando ele percebeu que eu estava à beira, ergueu o rosto, com os lábios molhados, os olhos mais escuros do que nunca. — Não ainda. — disse, c***l. Ele se ajoelhou, desabotoou o cinto, livrou-se das calças e cueca com pressa. Segurou meus quadris e me virou de lado, puxando uma das minhas pernas sobre a dele, me prendendo nessa posição. — Agora sim. — murmurou, antes de me penetrar de uma vez só. Eu gritei — não de dor, mas de choque, de prazer. Ele se movia profundo, cada investida acompanhada do som pesado da respiração dele contra minha nuca. — Você sente isso? — ele perguntou entre dentes. — Isso é você me quebrando por dentro. — Então… quebre. — consegui dizer, ofegante. Ele me puxou ainda mais para si, aumentando o ritmo, a mão livre deslizando por minha garganta, me obrigando a virar a cabeça para que ele pudesse me beijar. — Boa garota. — sussurrou, antes de se enterrar até o fim e me fazer perder completamente a noção de tudo. Ficamos assim por um tempo, ele ainda dentro de mim, a testa colada na minha, ambos tentando recuperar o fôlego. — Eu nunca vou deixar você ir. — ele disse, baixo. — Eu sei. — respondi. Depois, ele me deitou de barriga para cima, os dedos traçando círculos preguiçosos na minha pele. — Você quer me matar, não quer? — perguntou, quase num sorriso. — Quero. — Vai ter que tentar melhor do que isso. Eu sorri de volta. — Ainda estou aprendendo. Ele se inclinou, beijou minha testa e deitou ao meu lado. — Amanhã… — murmurou, quase dormindo — …vamos ver quem ganha. — Sim. — concordei, já com os olhos fechando. No silêncio do quarto, só os nossos corações batiam juntos, pesados, confusos, mas em perfeita sintonia.
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