O QUE É FOLCLORE
Podemos definir o folclore como um conjunto de mitos e lendas que as pessoas passam de geração para geração. Muitos nascem da pura imaginação das pessoas, principalmente dos moradores das regiões do interior do Brasil. Muitas destas histórias foram criadas para passar mensagens importantes ou apenas para assustar as pessoas. O folclore pode ser dividido em lendas e mitos. Muitos deles deram origem às festas populares, que ocorrem pelos quatro cantos do país.
As lendas são estórias contadas por pessoas e transmitidas oralmente através dos tempos. Misturam fatos reais e históricos com acontecimentos que são frutos da fantasia. As lendas procuraram dar explicação a acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais.
Os mitos são narrativas que possuem um forte componente simbólico. Como os povos da antiguidade não conseguiam explicar os fenômenos da natureza, através de explicações científicas, criavam mitos com este objetivo: dar sentido as coisas do mundo.
Os mitos também serviam como uma forma de passar conhecimentos e alertar as pessoas sobre perigos ou defeitos e qualidades do ser humano. Deuses, heróis e personagens sobrenaturais se misturam com fatos da realidade para dar sentido à vida e ao mundo.
LENDAS DO FOLCLORE BRASILEIRA
As lendas e mitos brasileiras possuem origem na mitologia dos índios nativos, em conjunto com os mitos trazidos da Europa pelos portugueses e da África pelos negros.
A mescla de diferentes culturas permitiram produzir mitos únicos, mas também é possível observar diversos elementos comuns com mitos de outros povos.
No início do século XIX, as artes brasileiras estão passando pelo Romantismo e muitas das lendas brasileiras passam a ser representadas em poemas, livros e pinturas devido ao movimento nacionalista ocorrido neste período e é neste momento que o autor Monteiro Lobato publica sua obra infantil, a coleção do Sítio do p**a-p*u Amarelo, na qual são apresentadas algumas das lendas brasileiras.
PAPA FÍGO
Papa figo é uma figura lendária do folclore brasileiro, conhecida principalmente na Bahia.
Há relatos em que ele se parece com uma pessoa normal; para outros, teria unhas de ave de rapina, e orelhas e dentes de vampiro.
Ele matava meninos e meninas mentirosos para c****r o sangue e comer seus fígados (daí o nome, corruptela de papa-fígado). Isso porque ele sofria de uma doença rara (para alguns, o m*l de Hansen, o que explicaria sua aparência grotesca), e acreditava que sangue e fígado de crianças o curariam. O m*l de Hansen (também chamado de lepra) foi uma doença que matou muita gente no início do século 20, talvez daí venha a lenda.
Outros relatos dão conta de que pessoas acometidas do m*l de Chagas eram confundidas com o papa figo, por causa do inchaço em algumas partes do corpo e no fígado. Papa figo é uma figura lendária do folclore brasileiro, conhecida principalmente em Pernambuco.
LOBISOMEM
No Brasil existem muitas versões dessa lenda, variando de acordo com a região. Uma versão diz que a sétima criança em uma sequência de filhos do mesmo s**o tornar-se-á um lobisomem. Outra versão diz o mesmo de um menino nascido após uma sucessão de sete mulheres. Outra, ainda, diz que o oitavo filho se tornará a fera. Outra já diz que é após a morte de um familiar que possuía a aberração e passou de pai para o filho, avô pra neto e assim por diante.
As pessoas conhecem o licantropo na forma humana através de comportamentos estranhos, como mudança de comportamento, misteriosa e quase sempre com olhos cansados (olheira), o licantropo na forma humana é uma pessoa muito atenta as outras, sempre desconfiando de tudo como, por exemplo, tem muito medo de ser descoberta a humanidade que é uma aberração, porém é muito protetora em forma humana.
Em algumas regiões, o Lobisomem se transforma à meia noite de sexta-feira, em uma encruzilhada. Como o nome diz, é metade lobo, metade homem.
Depois de transformado, sai à noite procurando sangue, matando ferozmente tudo que se move. Antes do amanhecer, ele procura a mesma encruzilhada para voltar a ser homem.
Em algumas localidades diz-se que eles têm preferência por bebês não batizados. O que faz com que as famílias batizem suas crianças o mais rápido possível. Já em outras se diz que ele se transforma se espojando onde um jumento se espojou e dizendo algumas palavras do livro de São Cipriano e assim podendo sair transformado comendo porcarias até que quase se amanheça retornando ao local em que se transformou para voltar a ser homem novamente.
No interior do estado de Rondônia, o lobisomem após se transformar, tem de atravessar correndo sete cemitérios até o amanhecer para voltar a ser humano. Caso contrário ficará em forma de b***a até a morte.
Há também quem diga que um oitavo filho que tem sete irmãs mais velhas se torna lobisomem ao completar treze anos. Também dizem que o sétimo filho de um sétimo filho se tornará um lobisomem.
A lenda do lobisomem é muito conhecida no folclore brasileiro, e assim como em todo o mundo, os lobisomens são temidos por quem acredita em sua lenda. Algumas pessoas dizem que além da prata o fogo também mata um lobisomem. Outras acreditam que eles se transformam totalmente em lobos e não metade lobo metade homem.
Algumas lendas também dizem que se um ser humano for mordido por um lobisomem, e não o encontrar a cura até a 12ª badalada desse mesmo dia, ficará lobisomem para toda a eternidade.
A lenda do lobisomem tem, provavelmente, origem na Europa do século XVI, embora traços desta lenda apareçam em alguns mitos da Grécia Antiga.
Do continente europeu, espalhou-se por várias regiões do mundo. Chegou ao Brasil através dos portugueses que colonizaram nosso país, a partir do século XVI.
Este personagem possui um corpo misturando traços de ser humano e lobo.
De acordo com a lenda, um homem foi mordido por um lobo em noite de lua cheia. A partir deste momento, passou a transformasse em lobisomem em todas as noites em que a Lua apresenta-se nesta fase. Forte e peludo, vive assustando as pessoas nas ruas, colinas, encruzilhadas e cemitérios. Caso o lobisomem morda outra pessoa, a vítima passará pelo mesmo feitiço.
A LENDA NO BRASIL
No Brasil (principalmente no sertão), a lenda ganhou várias versões. Em alguns locais dizem que o sétimo filho homem de uma sucessão de filhos do mesmo s**o, pode transforma-se em lobisomem. Em outras regiões dizem que se uma mãe tiver seis filhas mulheres e o sétimo for homem, este se transformará em lobisomem. Existem também versões que falam que, se um filho não for batizado poderá se transformar em lobisomem na fase adulta.
Conta a lenda que a transformação ocorre em noite de Lua cheia em uma encruzilhada. O monstro passa a atacar animais e pessoas para se alimentar de sangue. Volta à forma humana somente com o raiar do sol.
Curiosidades:
- Em algumas versões da lenda no Brasil, o lobisomem só volta a ter a forma humana caso consiga visitar sete cemitérios antes do amanhecer.
- O lobisomem passa grande parte do tempo uivando em direção à Lua cheia.
- De acordo com a lenda, um lobisomem só morre se for atingido por uma bala ou outro objeto feito de prata.
CORPO SECO
Corpo-Seco ou Unhudo, é um homem que passou a vida batendo e respondendo a mãe. Após sua morte, de acordo com a lenda, ele foi rejeitado por Deus e até pelo d***o. Até mesmo a terra, onde havia sido enterrado, o expulsou. Com o corpo em estado de decomposição teve que sair de seu túmulo. Começou a viver como alma penada, grudando nos troncos das árvores, que secavam quase que imediatamente.
Ele então passou a viver assombrando as pessoas nas estradas. De acordo com a lenda, quando uma pessoa passa na estrada o corpo-seco gruda em seu corpo e começa a sugar o sangue. A vítima da assombração pode morrer caso ninguém passe na estrada para salvá-la.
Há também outra lenda sobre ele, diz que ele era um fazendeiro muito egoísta e mesquinho, que apanhava suas frutas para que todos não pegassem e depois de morto ele fica cuidando de suas frutas e mata quem chega perto de seu pomar.
No interior de São Paulo, há uma variante desta lenda, conta-se que quando uma pessoa passa perto do corpo seco ele pula nela e suga todo seu sangue, se não passar nenhuma pessoa ele vai morrer, porque se alimenta do sangue humano (semelhante a um vampiro).
Há ainda relatos do corpo-seco no estado do Amapá, Paraná, Amazonas, Minas Gerais, em alguns países africanos de língua portuguesa, relatados por soldados brasileiros veteranos da missão UNAVEM III e na região Centro-Oeste do Brasil, principalmente.
Em Ituiutaba, Minas Gerais, há uma variação desta lenda, onde conta-se que o corpo-seco - depois de ser repelido pela terra várias vezes - é levado por bombeiros à uma aparente caverna em uma serra que fica ao sul do município. Dizem que quem passa à noite pela estrada de terra que margeia a "serra do corpo-seco", consegue ouvir os gritos do corpo-seco ecoando de dentro da caverna. Á mãe o amaldiçoou antes de morrer, por ter sido usada como cavalo pelo filho. Até hoje, há o dito popular: "Quem bate na mãe fica com a mão seca".
O medo do corpo-seco
Muitas pessoas que acreditam em lendas e são supersticiosas tem medo de caminhar em estradas desertas do interior, pois acham que podem ser atacadas por esta assombração. Muitos pais e avós, moradores destas regiões, também contam esta lenda para as crianças para provocar medo e evitar que elas saiam sozinhas por regiões desconhecidas.
É uma espécie de assombração que fica assustando as pessoas nas estradas. Em vida, era um homem que foi muito malvado e só pensava em fazer coisas ruins, chegando a prejudicar e maltratar a própria mãe. Após sua morte, foi rejeitado pela terra e teve que viver como uma alma penada.
PISADEIRA
Geralmente é descrita como uma mulher muito magra, com dedos compridos e secos, unhas enormes, sujas e amareladas. Tem as pernas curtas, cabelo desgrenhado, nariz enorme com muitos pelos, como um gavião. Os olhos são vermelho fogo, malignos e arregalados. O queixo é revirado para cima e a boca sempre escancarada, com dentes esverdeados e à mostra. Nunca ri, gargalha. Uma gargalhada estridente e horripilante.
Vive pelos telhados, sempre à espreita. Quando uma pessoa janta e vai dormir com o estômago cheio, deitando-se de barriga para cima, a pisadeira entra em ação.
Ela desce de seu esconderijo e senta-se ou pisa fortemente sobre o peito da vítima que entra em um estado letárgico, consciente do que ocorre ao seu redor, porém fica indefesa e incapaz de qualquer reação.
QUEM É E APARÊNCIA
A Pisadeira é uma lenda do folclore brasileiro, muito popular no interior dos estados de Minas Gerais e São Paulo.
De acordo com esta lenda, Pisadeira é uma mulher de aparência assustadora. Ela e alta e magra possui unhas grandes em dedos compridos e secos, olhos vermelhos e arregalados, nariz comprido para baixo e queixo grande. De baixa estatura, a Pisadeira é também descrita com cabelos brancos desgrenhados. Seu olhar transmite algo de maligno, assim como suas gargalhadas que mostram seus horríveis dentes verdes.
COMO AGE A PISADEIRA
De acordo com a lenda, a Pisadeira passa grande parte do tempo nos telhados das casas. Ela fica observando o movimento dentro das casas. Após o jantar, quando alguém vai dormir de barriga cheia ela entra em ação.
Sai de seu esconderijo e pisa no peito da pessoa, deixando-a em estado de paralisia. Porém, a vítima da Pisadeira consegue acompanhar tudo de forma consciente o que traz grande desespero para a pessoa, pois nada consegue fazer para sair da situação.
Curiosidade: - Esta lenda está relacionada com o fato de que muitas pessoas têm sono conturbado, com pesadelos, quando vão dormir após fazer uma refeição pesada.
É uma velha de chinelos que aparece nas madrugadas para pisar na barriga das pessoas, provocando a falta de ar. Dizem que costuma aparecer quando as pessoas vão dormir de estômago muito cheio.
COMADRE FLORZINHA
Comadre Florzinha é uma personagem mitológica do Nordeste brasileiro, o espírito de uma cabocla de longos cabelos, ágil, que vive na mata protegendo a natureza dos caçadores, e gosta de ser agradada com presentes, principalmente mingau, fumo e mel.
Algumas pessoas a confundem com Caipora (ou Caapora) ou Curupira. Tem personalidade zombeteira, algumas vezes malvada, outras vezes prestimosa.
Diz-se que corta violentamente com seu cabelo aqueles que as matas adentram sem levar uma quantidade de fumo como oferenda e também lhes enrola a língua. Furtiva, seu assovio se torna mais baixo quanto mais próxima ela estiver parecendo estar distante. Ela também gosta de fazer tranças e nós em crina e r**o de cavalo, que ninguém consegue desfazer, somente ela, se for agradada com fumo e mel.
Diziam alguns que a Comadre Florzinha era uma criança que se perdeu na mata quando ainda era pequena, ela procurou o caminho de volta para sua casa, mas não achou e acabou morrendo, seu espirito passou a vagar pela floresta em busca do caminho de volta para casa.
Dizem outros que ela é uma fada pequena que vive nas florestas do Brasil. Vaidosa e maliciosa possui cabelos compridos e enfeitados com flores coloridas. Vive para proteger a fauna e a flora. Junto com suas irmãs, vivem aplicando sustos e travessuras nos caçadores e pessoas que tentam desmatar a floresta.
CABOCLO D’ÁGUA
Caboclo d'Água é um ser mítico, defensor do Rio São Francisco, que assombra os pescadores e navegantes, chegando mesmo a virar e afundar embarcações. Para esconjurá-lo, os marujos do São Francisco fazem esculpir, à proa de seus barcos, figuras assustadoras chamadas carrancas. Outros lançam fumo nas águas para acalmá-lo. Também são cravadas facas no fundo de canoas, por haver a crença de que o aço afugenta manifestações de seres sobrenaturais.
Os nativos o descrevem como sendo um ser troncudo e musculoso, de pele cor de bronze e um único, grande olho na testa. Apesar de seu tipo físico, o Caboclo d'Água consegue se locomover rapidamente. Apesar de poder viver fora da água, o Caboclo d'Água nunca se afasta das margens do rio São Francisco.
Quando não gosta de um pescador, ele afugenta os peixes para longe da rede, mas, se o pescador lhe faz um agrado, ele o ajuda para que a pesca seja farta.
Há relatos de que ele também pode aparecer sob a forma de outros animais. Um pescador conta ter visto um animal morto boiando no rio; ao se aproximar com a canoa, notou que se tratava de um cavalo, mas, ao tentar se aproximar, para ver a marca e comunicar o fato ao dono, o animal rapidamente afundou. Em seguida, o barco começou a se mexer, ao virar-se para o lado, notou o Caboclo d'Água agarrado à beirada, tentando virar o barco. Então o pescador, lembrando-se de que trazia fumo em sua sacola, atirou-o às águas, e o Caboclo d'Água saiu dando cambalhotas, mergulhando rio-abaixo.
LOIRA DO BANHEIRO
Bloody Mary (conhecida também como Maria Sangrenta, Bruxa do Espelho ou Maria Degolada) é uma lenda urbana que faz parte do folclore ocidental e oriental, como visto em algumas produções do gênero cinematográfico). De acordo com a lenda, caso seu nome seja pronunciado três vezes em frente a um espelho de banheiro, ela aparecerá frente ao convocador e arrancará seus olhos.
Dizem que Mary foi executada há 100 anos atrás por ser uma bruxa, mas há histórias mais recentes envolvendo uma moça que, devido a um acidente de carro, ficou com a face totalmente desfigurada por causa do impacto. Com o preconceito, ela vendeu sua alma ao Satanás para conseguir se vingar de todas as pessoas do mundo. Também é uma referência à rainha Maria I da Inglaterra, que tinha o cognome de Sangrenta ou Sanguinária.
Essa lenda é originária nos Estados Unidos e foi exportada para o Brasil, com o nome de "Loira do Banheiro”, tendo sofrido diversas alterações.
Também existe a lenda em que Bloody Mary era uma menina com uma doença incurável, em que numa noite ela morreu devido a essa doença e seu pai que era médico decidiu logo enterrá-la num caixão no jardim, sua mãe esteve sempre lá no jardim noite e dia e seu pai saberia que se ela continuasse ali iria morrer devido ao frio então injetou morfina a mãe para lhe poder levar para dentro, seu pai, também médico de Mary juntou um sino ao caixão para se ela se mexesse o sino tocasse. Na manhã do dia seguinte seu pai foi ao jardim e viu o sino todo destruído, então começou a cavar, abriu o caixão, mas nessa altura Mary já teria morrido devido à falta de oxigênio, mas seu pai reparou que as mãos de Mary estavam cheias de sangue e a porta do caixão estava todo ensanguentado e arranhado e Mary não tinha suas unhas, suas unhas estavam coladas à porta do caixão, esta é a lenda que mais assusta as crianças.
Variantes:
Mulher de Branco - bela mulher que, em estradas ou ruas ermas das cidades, abordava os homens.
A Loura do Bonfim, que habitaria o Cemitério do Bonfim, em Belo Horizonte.
A Loira de Caeté, cuja lenda diz ter sofrido um acidente de carro na perigosa estrada que liga a BR-381 à cidade de Caeté, em Minas Gerais, e morrido, juntamente com o filho. O fantasma da "loira" vai, então, à beira da estrada em busca de uma carona que a leve à cidade para buscar ajuda.
Os que não param seus veículos para socorrê-la, ao olhar pelo retrovisor no decorrer da viagem, a verão sentada no banco traseiro, de onde desaparecerá em seguida.
A Loira do Banheiro - Seria uma adolescente de longos cabelos louros, belíssima e namoradeira que ainda em vida, se escondeu no banheiro masculino (ou feminino, depende de cada versão da lenda) de sua escola, para não ser pega namorando (ou fumando em algumas versões) pelos seus professores ou pela diretora. Por azar, escorrega no piso molhado do banheiro, bate a cabeça no chão ou no vaso sanitário e morre.
Desde então, seu espírito passa a assombrar e seduzir os garotos que ficam sozinhos nos banheiros das escolas ou aterrorizar as meninas que se arrumam muito à frente dos espelhos de banheiros escolares.
Em outra versão, ela é violentada e morta pelos garotos da escola e abandonada no banheiro. Assim como na lenda da Maria Sangrenta, há versões da lenda que dizem: para se livrar da Loura (ou Loira) do Banheiro, tem que puxar os tampões de algodão de suas narinas, fazendo com que seu fantasma desapareça definitivamente.
Maria Degolada- Uma mulher que viveu em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. Reza a lenda que ela foi degolada pelo marido infiel logo após a lua de mel no morro que hoje é conhecido como Morro da Maria Degolada que hoje se chama Morro da Conceição, localizado na zona leste de Porto Alegre no Alto do Bairro Partenon.
Mulher de Branco - Morreu no banheiro. A lenda diz que quem gastar papel higiênico e água como ela gastou, iria morrer como ela. La diz: se você jogar 3 pedaços de papel na privada e abrir e fechar a torneira 3 vezes, você irá se juntar ao espirito da mulher de branco e aterrorizar os banheiros do Mundo afora.
No Brasil, existem várias versões da morte e da maneira de "aterrorizar". Confira algumas:
1 - Uma Mulher grávida de 2 filhos, prestes a dar à luz, logo após o casamento, foi abandonada pelo marido. Quando os filhos nasceram, ela os matou e fugiu de casa. Mais tarde, percebeu o erro que cometera. Uma das maneiras de destruí-la seria fazê-la ir até aonde estão enterrados os filhos.
2 - Uma bela jovem que aparece em estradas e pede carona para os homens. Muito bela e sedutora, tenta seduzi-los e fazê-los cometer traição. Se ele realmente trair, ela poderá matá-lo; caso contrário, ela apenas irá feri-lo.
3 - Aparentemente, uma mulher que anda pelo cemitério madrugada adentra… vagando pelas lacunas e sepulturas. Ouve-se o choro pelos filhos que ela mesma estrangulou.
A lenda da Alamoa
A Alamoa ou dama branca, lenda de Fernando de Noronha, é a aparição de uma mulher branca, loura, nua, que tenta os pescadores ou caminhantes que voltam tarde, e depois se transforma num esqueleto, endoidecendo o namorado que a seguiu. Aparece também como uma luz ofuscante, multicor, a perseguir quem foge dela. Sua residência é o Pico, elevação rochosa de 321 metros na ilha de Fernando de Noronha.
Segundo Olavo Dantas (Sob o Céu dos Trópicos, 28, Rio de Janeiro, 1938): "Às sextas-feiras a pedra do Pico se fende e na chamada porta do Pico aparece uma luz. A Alamoa vaga pelas redondezas. A luz atrai sempre as mariposas e os viandantes. Quando um destes se aproxima da porta do Pico, vê uma mulher loura, nua como Eva antes do pecado.
Os habitantes de Fernando chamam-na alamoa, corruptela de alemã, porque para eles mulher loura só pode ser alemã... O enamorado viandante entra na porta do Pico, crente de ter entrado num palácio de Venusberg, para fruir as delícias daquele corpo fascinante. Ele, entretanto, é mais infeliz que o cavaleiro Tannhauser. A ninfa dos montes transforma-se numa caveira baudelairiana. Os seus lindos olhos que tinham o lume das estrelas, são dois buracos horripilantes. E a pedra logo se fecha atrás do louco apaixonado. Ele desaparece para sempre".
A MULHER DE BRANCO
A mulher de branco é um fantasma que veste branco. Provavelmente do Rio Grande do Sul ou do Acre, é uma assombração campestre com cabelos longos e vestido branco.
Diz a lenda que a tal mulher de branco morreu afogada em um lago depois de fugir de um rico fazendeiro produtor de laranjas, que também era muito t****o e p********o. O dito cujo era louco para dar uma "lapada na rachada" da linda moça. Um belo dia de verão o fazendeiro produtor de laranjas, resolveu jogar seu charme para conquistar a moça de cabelos longos. Neste dia, o destino da mulher de branco terminaria no fundo da lagoa profunda.
Na fuga, a mulher de branco pulou várias cercas e porteiras da fazenda, atravessando até por dentro de um laranjal, mas, por azar do destino, pulou dentro de uma grande lagoa que ficava no final da lavoura de laranjas, morrendo afogada ali mesmo.
Suposta mulher de branco, antes de virar a casaca...
Passados anos, um espírito vaga durante a noite, chupando todas as laranjas da fazenda e assombrando a redondeza e cidades vizinhas. Depois disto, aquela região nunca mais foi a mesma, sua produção caiu pela metade devido à visita fantasmagórica da mulher de branco nas lavouras.
Nisso, resultou que a mulher de branco chupou cerca de cem bambus hectares de laranja, mudando sua cor de branco para "a mulher de cor alaranjada".