Um Amor Proibido

03

*.Sophia Narrando.*

acabei de tomar banho, e fui me vestir, não tava muito afim de me arrumar tanto, então coloquei só um vestido azul marinho de mangas longas, e meu salto preto, que não podia faltar, acabei de me arrumar e fui pra sala me encontrar com a Allana, que estava já de saco cheio de me esperar, como sempre .

- Já estava na hora .- Diz se levantando do sofá bufando .

- Ah para, nem esperou tanto assim .- Falo já abrindo a porta .

- Ah não, imagina.- Diz irônica .- Vamos logo, antes que eu mude de idéia .

Saimos de casa, entramos no carro, e arrancamos até a tal festa .

***

Logo chegamos no local, e como eu já previa, estava cheio, entramos e estava um clima ótimo, passou um barmen com umas bebidas na bandeija, com uns copos que piscavam, pegamos mesmo sem saber oque era, botei tudo pra dentro, era uma sensassão muito boa, tirando a parte em que minha garganta parecia estar queimando depois .

A Allana como sempre foi dançar e me puxou com ela, então fui na dela, e dançamos juntas por pelo menos uns 10 minutos, pois logo depois o namorado dela a puxou da pista, dando seus ataques de ciúmes .

Quando ela saiu da pista, saí também, eu é que não iria ficar dançando sozinha feito uma louca, então fui pro bar beber mais alguma coisa .

- Vai beber oque ?.- Ele pergunta sorrindo de lado pra mim .

- Oque você tiver de mais forte ai, seu lindo .- Digo sorrindo e me sentando, fazendo o barmem rir.

Ele mexeu algo lá e me deu pra beber, coloquei tudo pra dentro, e logo em seguida pedi outra, estava muito bom aquilo, mesmo eu não sabendo oque era .

Quando dei por mim, já tinha bebido umas 5 doses, já não estava no meu normal, a música já estava começando me incomodar, tudo já estava girando em minha volta, e sentia que iria vomitar a qualquer momento .

Ouvi uma voz atrás de mim, então olhei pra trás com dificuldades.

- Está se divertindo ?.- Nyck pergunta acima do som .

- Muito! .- Grito com as mãos levantadas .

- Nossa, que cheiro, não acredito que você bebeu garota .- Ele diz meio assustado .

- Me dá mais uma dose, gatinho .- Falo olhando pro barmem .

- Não, ela não vai beber mais .- Nyck fala me puxando do banco.

- Me solta garoto, você não manda em mim, seu i****a .- Digo me soltando dele e quase caindo de cara no chão .

Nyck foi rápido, e me segurou pra eu não cair, e ficamos cara a cara, olhos nos olhos, um olhando pro outro sem falar uma só palavra .

O clima estava tão bom entre a gente, que senti vontade de beija-lo. Mas eu não estava me sentindo muito bem, e foi ai que acabei vomitando no tênis branquinho dele. Ops!

- p**a m***a, era só oque me faltava .- Ele reclama com nojo, me levantando.

- Meu Deus, oque houve com ela ? .- Rynata perguntou com o Dylan ao lado me encarando assustado .- Ela esta bem ?

-Ta sim, só precisa de um pouco de ar .- Diz me levando pra fora.

- Não preciso de nada, só preciso dançar, eu amo essa música .- Falo me soltando dele e dançando .- Dança comigo .- Digo segurando um menino qualquer que passou na hora .

- Hey ! .- Reclamo quando Nyck me pega novamente pelo braço, me levando pra fora da festa.

- Vamos pra casa .- Diz indo em direção ao seu carro estacionado em frente .

- Eu não vou embora, vou ficar aqui, eu não sou obrigada a nada .- Digo cantarolando .

Eu estava ficando louca, o álcool provocava isso em mim. m***a de bebida que pisca!

- Senhor, eu mereço .- Ele reclama novamente .- Cale a boca Sophi, e entra no carro, m***a .- Disse irritado me botando dentro do mesmo .

- Olha...você me chamou de Sophi, que fofo .- Digo o encarando feito uma lesada .

Senti ele corar na hora, e logo depois me ignorou, entrando no carro, e logo deu partida no mesmo .

Eu não estava completamente bêbada, só um pouquinho fora de mim, mas um bom banho, acho que resolveria tudo. Eu estava sentindo um calor fora do normal naquela m***a de carro, abri a janela e coloquei a cabeça totalmente pra fora, igual a um cachorro .

- Meu Deus, você tá louca ? .- Ele gritou, me puxando com uma mão ainda no volante.

- Mas esta calor, Júnior .

- Você me chamou de quê ? .- Disse confuso, com minha perda de memória temporária .

- De nada .- Falo sorrindo .- Agora me diz, qual seu nome mesmo ? .- Pergunto o encarando .

Eu sabia o nome dele, só queria o enlouquecer um pouco mais, como eu amava ver ele louco .

- Vai a m***a Sophia .- Diz irritado sem tirar os olhos da estrada .

- Tudo bem eu vou, tchau .- Digo abrindo a porta do carro .

- p**a m***a, você tá doida, tem oque na cabeça, afinal ? .- Grita nervoso se jogando em cima de mim e puxando a porta novamente, a travando .

Depois de mais uns minutinhos, chegamos em casa, esperei ele botar o carro na garagem, e entrei com ele, pois estava tudo escuro, e eu odeio escuro. Entramos, ele jogou a chave do carro na mesinha da sala, e eu fiquei parada na varanda olhando o céu .

- Entra logo, sua estranha, tá fazendo oque aí ?.- Perguntou vindo até a mim na porta .

- O céu tá lindo .- Falo baixo, admirada com aquilo .

- Nossa, que interessante .- Ele diz em um tom de ironia .

Dei uma olhada mortal pra ele e entrei, me jogando no sofá .

- Nem pensar, você ta fedendo a álcool puro, vai impestiar o sofá, vai logo pro banho .- Diz puxando o meu braço.

- Hey, não tô fedendo .- Digo abismada por ele ter dito isso assim na minha cara .

- Ah não, imagina, anda vai pro banho .- Diz me enfiando no banheiro e fechando a porta me deixando sozinha lá dentro .

***

Depois de alguns minutos, fui pra sala secando meu cabelo, vesti um short de dormir preto, e uma blusa branca larguinha e tomei um remédio .

Procurei o Nyck pela casa, e não o encontrei, olhei da janela e vi que estava começando a cair alguns pingos de chuva no vidro da mesma.

Olhei na mesinha, e não vi as chaves do carro dele, não acredito que ele me deixou aqui sozinha e voltou pra festa .

Quando eu menos espero, a chuva caiu de vez, e pra minha surpresa os trovões e os raios, tinham vindo com ela também. Eu tinha pavor disso. Ouvi o barulho forte e estrondoso do trovão, me fazendo gritar, e pra minha sorte, a luz da casa se apagou, e me deparei com o nada, somente a escuridão e a chuva forte lá fora, eu já falei que tenho pavor de escuros né ?

- Nycollas ! .- Gritei o mais alto que pude, encolhida no canto da parede abraçando meus joelhos .

Calma Sophia, calma!

De repente, ouvi passos e a porta se abriu rapidamente.

- Oque foi ? .- Ouço o Nyck desesperado me procurando .

Me levantei rapidamente do chão e corri em direção a ele o abraçando forte. Não estava nem ai !

- Por que fez isso seu i****a, porque me deixou aqui sozinha ? .- Digo nervosa, com os olhos marejados em seu peito.

- Tinha esquecido meu celular dentro do carro .- Diz devolvendo o abraço depois de um certo tempo .- Calma, tá tudo bem, eu tô aqui agora .- Diz me acalmando .

- Nunca mais faça isso .- Falo enterrando meu rosto em seu peito, ele era bem mais alto que eu.

Seu cheiro era de uma essência forte, e viciante, que me fazia querer morar ali, me senti segura nos braços dele, por alguma razão, da qual eu não sabia .

Quando dei por mim a luz havia voltado, eu não sabia se continuava ali em seus braços ou se saia correndo pro meu quarto de tanta vergonha que estava sentido.

Fui me soltando dele devagar, até ficarmos um olhando pra cara do outro sem saber o que fazer, ele não parava de me encarar com aqueles par de olhos lindos, os mais lindos que já vi na vida .

((Parte: Nyck ))

Ok, oque eu faço agora ?

Saio ou espero ela sair?

Fiquei a olhando, e não consegui parar de encarar seus lábios rosados.

O que tá acontecendo comigo ?

Sentia uma vontade incontrolável de beija-la, queria muito sentir seu gosto .

Cala a boca Nycollas, ela é sua prima cara . Disse meu sub consiente .

Sinto muito, sub consciente, mas não vou te dar ouvidos dessa vez .

Minhas mãos foram até seu rosto lentamente, e sem mais delongas, me aproximei de seus lábios. A Beijei com muita vontade, e na mesma hora, ela correspondeu ao meu beijo, dando passagem a minha língua sem hesitar, então sabia que eu podia continuar .

Puxei-a pra mais perto de mim, a encaixando perfeitamente em meu corpo, passei a mão em seu pescoço subindo os dedos entre seus cabelos, a fazendo gemer em minha boca, ela me arranhava bem lentamente, o que me fez ficar mais louco ainda por ela. A encostei na parede com força, pressionando-a na mesma, sem deixar ela escapar, apertava ela cada vez mais ao meu corpo, minha respiração estava cada vez mais ofegante, só oque eu queria naquele momento, era leva-la pra minha cama. Passei minha mão por dentro de sua blusa larga, sentindo seu sutiã e o calor de seu copor, me controlei pra manter a mão em sua cintura sem baixar ou subir ela .

- Nyck .- Ela diz, entre o beijo quase sem voz .

Não a respondi, não porque eu não queria, e sim porque não conseguia falar nada, de tão focado que eu estava ali. Eu queria ela.

- Nycollas ! .- Diz alto me empurrando pra longe dela .

Droga !

- Oque você acha que está fazendo ? .- Pergunta me olhando com os olhos arregalados .

- Eu... ah, agora a culpa é minha ?.- Digo botando a mão na minha nuca, o arranhado dela estava começando a arder .

- Sim, você me beijou .- Diz assustada sem tirar os olhos de mim .

- E você correspondeu .- Rebati, também a olhando .

- Claro...claro que não .- Disse sem graça, fugindo pra cozinha .

- Ah não ? .- Falo a seguindo .- Então quer dizer que eu te forcei a me beijar ?

Ela ficou quieta parando em frente a geladeira sem abri-la .

- Oque... foi aquilo ? .- Pergunta esperando uma resposta minha .

- Um beijo .- Falei meio irônico .

- Eu sei...mas, a gente nem se gosta .- Diz virando pra mim .

- Eu sei que não, isso não vai acontecer de novo .- Digo sério .

- Não...não vai .- Diz também séria, passando por mim e indo pro seu quarto .

Ela não parecia muito satisfeita com minha resposta, mas isso não importa agora, aquilo realmente não devia ter acontecido, que loucura. Isso foi apenas uma recaída minha .

Agora se meu pai ficar sabendo disso, ele me joga de algum precipício por aí, sem falar no Pedro, o irmão da Sophia, ele me mataria sem nenhum pingo de pena, apesar de sermos bem amigos além de primos. Eu ainda tenho amor a minha vida, não to afim de morrer, muito menos por eles.