Adelson Eu a ajudei a se deitar, ajustando o travesseiro atrás da sua cabeça, sentindo a tensão em cada músculo dela. Bruna fechou os olhos com força, tentando se preparar para o que vinha a seguir. Me inclinei um pouco e sussurrei, mantendo minha voz firme e segura: — Eu estou aqui. Vi Ophelia se sentar em um banco aos pés da cama, colocando as luvas com calma, sem pressa, esperando o momento certo. Sua postura era paciente, cuidadosa, como alguém que sabia que isso não seria fácil. — Vamos, minha pequena… Bruna respirou fundo, tentando se acalmar, e lentamente abriu as pernas. Mas foi aí que tudo desabou. O pânico veio como uma onda avassaladora. Primeiro foi o suor nas mãos, depois a respiração descompassada, os olhos arregalados, e então, as lágrimas começaram a cair antes mesmo

