Fúria de um pai

930 Words

Adelson Aslan manteve o olhar fixo em Jurandir, que, encostado em um canto, parecia só um rascunho do que já foi um dia. — Agora ele tem uma anatomia nova pra combinar com o destino miserável que eu preparei. — Isso é… — Aslan não terminou a frase, mas eu vi nos olhos dele que não era exatamente um lamento. — É justiça — finalizei, batendo a porta do bunker. Ficamos os dois lá dentro. Llse estava sentada no canto, olhando para Aslan com uma mistura de espanto e medo. Eu percebi o olhar dela mudar, como se algo tivesse sido revelado na mente dela. Em algum momento, ela sussurrou, quase sem voz: — Não... não pode ser... Ela arregalou os olhos e começou a balançar a cabeça lentamente, como se estivesse negando uma verdade inevitável. — É ele... meu Deus... — ela murmurou, com a voz

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