Bruna Acordei sentindo os dedos de Adelson deslizando devagar pelo meu cabelo. O toque era leve, como se ele nem quisesse me acordar de verdade. — Já acordou? — — Já… já tem um tempo. Mas fiquei segurando você. Ele sorriu de canto e continuou passando a mão no meu cabelo. — Hora de comer. Não pode ficar sem se alimentar. Hesitei por um instante antes de perguntar o que realmente estava na minha cabeça. — Adelson, você não vai arrumar uma namorada, vai? Ele parou e olhou pra mim, como se tentasse entender de onde veio aquela pergunta. — Tenho medo… — continuei antes que ele dissesse algo. — Que um dia você arrume alguém… que eu não possa mais dormir com você… porque esse lugar vai ser dela. Ele ficou me olhando, sério, depois balançou a cabeça devagar. — Não. Não vou. Juro que n

