Adelson Fechei o bunker e voltei pra perto de Aslan. Sentamos lado a lado na beirada da estrutura de concreto, longe do caos lá dentro. — Eles têm muito o que pagar ainda — ele repetiu, com raiva contida. — Eu só queria poder conviver com a minha filha. — Ela já deixou de ter tanto medo assim de você — comentei. — Vocês passaram uma tarde juntos. — Foi o padre — ele rebateu com um meio sorriso. — Se eu a chamar para um sorvete, ela corre pro outro lado. — Talvez não — balancei a cabeça. — Talvez não. Chame ela, hoje, amanhã, até ela começar a confiar e dizer sim, eu não vou me colocar contra. Aslan ficou em silêncio, processando. — Se ela não se acostumar comigo, nem meus netos vai me deixar segurar — ele falou num tom cansado. Suspirei fundo, sabendo que ele tinha razão. — Vai de

