Capítulo 8 - Provas de Desejo e Desconfiança

871 Words
Depois de voltar à fazenda, Alessandro foi direto para o quarto. Precisava de um banho, e nada parecia mais atraente do que deixar a água levar o cansaço embora. Sob o chuveiro, fechou os olhos, mas a imagem de Serena invadiu sua mente. Seu rosto, seu cheiro, sua inocência... tudo nela o desconcertava. “Droga,” pensou, sentindo seu corpo reagir à lembrança. Segurou seu m****o, começando movimentos lentos enquanto imaginava sua pele contra a dela. Um sorriso irônico escapou de seus lábios. “Olha só, Alessandro, há quanto tempo você não precisa se aliviar sozinho, e ainda por cima por uma mulher que o rejeitou.” A água escorria pelos músculos tensos, destacando cada contorno de seu corpo. Sua respiração pesada e o olhar semicerrado revelavam o desejo incontido. Em um último movimento, liberou o anseio que Serena fazia crescer dentro dele, um gemido rouco escapando. Com uma mão apoiada na parede, ofegante, murmurou para si mesmo: — Você será minha. Logo. A noite caiu, e Serena estava no pequeno quarto, organizando suas coisas enquanto tentava acalmar os pensamentos. Alessandro não saía de sua cabeça. Instintivamente, tocou os lábios, lembrando-se do beijo dele. Seu coração acelerava só de pensar. Era impossível negar: estava apaixonada. E isso a aterrorizava. Nunca havia permitido que outro homem se aproximasse tanto. Mas Alessandro… havia algo nele que quebrava todas as suas defesas, mesmo quando ela tentava resistir. Manhã Seguinte Enquanto regava as plantas, Serena estava distraída, mergulhada em seus pensamentos, quando sentiu alguém se aproximar por trás. Virou-se e deu de cara com Silvino. — Silvino! Que susto! Com licença... — tentou sair, mas ele segurou seu braço com força. — Já vai? Não mandei você ir. Vem cá. Você está tão linda. Não estou mais com paciência. Silvino puxou seu braço com firmeza, inclinando-se para ela com intenções claras. O pânico tomou conta de Serena. — Me solta, Silvino! — gritou, tentando se soltar. Quando ele se recusou a largá-la, sua reação foi instintiva. Com toda a força, deu um chute certeiro entre as pernas dele. Silvino a soltou imediatamente, curvando-se de dor. — Sua... — começou a praguejar, mas Serena não esperou para ouvir. Ela correu o mais rápido que pôde até a cozinha. Ofegante, apoiou-se na pia, tentando controlar o medo e a raiva. Depois de sua corrida matinal, Alessandro voltava à fazenda quando ouviu Silvino conversando com outro empregado: — Serena é selvagem. Já peguei ela. Se faz de santa, mas é fácil. As mãos de Alessandro se fecharam em punhos. Aquilo era verdade? Balançou a cabeça, irônico: “Se faz de difícil para mim e fácil para outros? Tá querendo o quê, Serena?” Ao chegar ao casarão, viu sua mãe conversando com Serena. Ela estava de costas, e Alessandro se aproximou, ainda sem camisa, o suor escorrendo pelos músculos definidos. — Filho, seu pai pediu que você vá ao escritório depois. — informou dona Eleonora. Serena virou-se e seus olhos desceram involuntariamente até o abdômen dele. Seu rosto ficou vermelho, e ela desviou o olhar rapidamente. Alessandro sorriu satisfeito. — Tá bom, mãe. Vou tomar banho e vou. Dona Eleonora assentiu, afastando-se e deixando-os a sós. Antes que Serena pudesse sair, Alessandro segurou o braço dela. — E o nosso passeio a cavalo? Vai ser hoje? Ela hesitou, mordendo o lábio. — Achei que estivesse chateado comigo. — Por que eu estaria? Está de pé? Ela sorriu timidamente. — Está sim. Até mais tarde, então. Alessandro assentiu, observando-a se afastar. Sabia que esse passeio seria a chance perfeita para se aproximar ainda mais dela. Mais Tarde No estábulo, Alessandro preparava o cavalo quando Serena chegou. — Oi... Vou pedir que preparem um cavalo para mim. — Não. Seu cavalo é este aqui. Ela franziu o cenho. — Mas e o seu? — É este também. Vamos juntos. Surpresa, Serena não discutiu. Alessandro subiu primeiro e a puxou para sentar à sua frente. Era o que ele queria: tê-la perto. Enquanto cavalgavam, o perfume dela o envolveu. Ele inclinou-se levemente, inspirando o aroma. — Tão cheirosa... Ela estava tensa, o que só aumentava seu prazer em provocá-la. Chegando a uma árvore, Alessandro desceu e a ajudou a descer também, segurando sua cintura com firmeza. Quando estavam próximos, sussurrou: — Estou louco por você, Serena. Não sente isso? Ela assentiu, os olhos arregalados. Alessandro aproximou os lábios dos dela, beijando-a com desejo, pressionando-a contra a árvore. — Por que não vai ao meu quarto hoje? Ou, se preferir, podemos ir a um hotel. Visivelmente nervosa, Serena gaguejou: — A-Alessandro… Eu não sou assim. Meu avô me ensinou que só devo me entregar depois do casamento. Surpreso, Alessandro interpretou: “Ela quer me prender com casamento. Igual a todas as outras.” Mas respondeu com calma: — Hoje em dia, ninguém espera até o casamento. Não acha que estamos perdendo tempo com essas regras antiquadas? Ela respirou fundo, confusa. — Eu gosto de você, Alessandro. Mas quero que seja com alguém especial, que realmente goste de mim. Ele a abraçou, escondendo sua impaciência. — Entendi. Vamos com calma, então. Serena sorriu aliviada, mas m*l sabia que a paciência de Alessandro tinha limites. "Ela será minha. De um jeito ou de outro."
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