Princípio

2186 Words
Havia uma família, simples mais com posses, o que em mil novecentos e cinquenta e cinco, significava que esta família possuía muitas terras, e cabeças de gado. Morava em um povoado, minúsculo ao norte de Minas Gerais, popularmente este povoado ficou conhecido apenas como travessão. Isabel era matriarca da família, de temperamento forte, impulsiva e vingativa, estatura mediana cabelos longos pretos e lisos, olhos castanhos era uma mulher bastante atraente, se destacava por sua beleza e cintura fina. Isabel era casada com João que era muito diferente dela era um homem gentil e bondoso estava sempre procurando ajudar o próximo, era alto, forte, cabelos e olhos castanhos digamos que ele não era lindo, mais suas ações o conduzia a ser um belo homem. O casal tive muitos filhos mais com doenças como meningite e febre-amarela restaram apenas sete filhos sendo quatro mulheres, Maria uma doce e bela jovem, com cabelos longos e sedosos pele alva, um sorriso que amansava ate o mais bruto dos homens, em mil novecentos e cinquenta e cinco. Maria tinha dezoito anos, nessa época. Era a filha mais velha entre as filhas mulheres, Emanuela era uma das mais novas tinha treze anos, era uma criança doce e meiga, mas quando estava com raiva não se continha, costumava procurar um jeito de se vingar de quem lhe irritou e não poupava esforços para isso. Ana e Eva por incrível que pudesse parecer era mais jovem que Maria, tinha quinze e dezesseis anos mais já eram casadas naquela época no interior seguiam outros costumes acreditava-se que apos uma menina virar mulher (no caso quando começavam a menstruar ou como diziam na época quando regras menstruais chegavam).os pais procuravam um noivo para suas filhas e as casavam o mais rápido possível, acreditavam que se não levasse suas filhas ao altar o mais rápido possível elas se perderiam. Isabel e João tinham também três homens Joaquim, Antônio, e Sebastião, que já estavam encaminhados na vida podia se dizer. Naquela época as filhas necessitavam mais de atenção os filhos cresciam quando se sentiam prontos para casar começavam a trabalhar, escolhiam a noiva começavam a organizar tudo para o casamento e pronto bem resumido. Maria completou dezenove anos em vinte de novembro de mil novecentos e cinquenta e cinco, e suas regras menstruais apareceram. O que a deixou completamente desesperada, pois não queria um casamento arranjado. Não se sentia preparada, diferente de suas amigas e vizinhas, ela não queria se casar queria estudar, e se um dia quisesse casar-se, casaria com um homem que ela amasse. Então teve uma ideia esconderia de seus pais o fato assim teria algum tempo a mais, se esforçaria o Máximo possível para se tornar indispensável na sua casa. Assim talvez sua mãe não a obrigasse a se casar, por vier das dúvidas decidiu encontrar alguém que ela realmente gosta-se a ponto de casar-se. Infelizmente o plano de Maria não deu certo e sua Irma Emanuela, e a chantageou por cerca de três meses, Maria fazia todas suas vontades, além de fazer as obrigações da Irma. Um dia Emanuela exigiu que Maria lhe entregasse seu melhor vestido para ela poder ir brincar com os porquinhos que seu pai havia trago na noite anterior. Maria se recusou a entregar seu vestido, seu pai o havia lhe dado no último aniversário, estava o guardando para estrear na festa de são João, era o evento mais aguardado do ano. Emanuela ficou furiosa correu e contou a sua mãe, que logo começou a procurar pretendentes para sua filha. Estava com muita pressa, pois Maria era a mais velha e ainda não estava casada isso preocupava muito Isabel tinha medo que Maria cai-se na boca do povo. Isabel tinha pressa, mais o mais importante era arrumar um pretendente com posses que se pode dar uma vida boa e estável a Maria. Logo Isabel encontrou um bom partido para Maria, um fazendeiro rico, Carlos quarenta anos bem-apessoado, estatura mediana, cabelos castanhos claros, olhos verdes, bem arrumados, com uma vida bem arrumada, podemos dizer assim. Isabel combinou o noivado com Carlos, o convidou para dar a notícia a Maria pessoalmente, mas muito sensato pediu que Isabel falasse com a moça, pois não queria assustá-la. Isabel não perdeu o tempo e avisou a Maria, que concordou afinal não tinha outra opção. Dias se passaram e faltavam apenas alguns dias para a festa de noivado estava marcado para dia vinte e um de maio. Isabel havia comunicado a família toda. Sobre o grande evento, havia mandado recado ate para os parentes mais distantes. João não estava certo que seria a melhor opção para Maria, que andava triste e quase não se alimentava. Não era mais aquela menina alegre e sorridente. Seu pai a chamou para conversar, Maria ficou com medo do que seu pai poderia querer lhe dizer, enfim João perguntou como Maria estava com relação ao noivado, Maria não sabia o que responder mais optou pela verdade, contou a João que já estava conformada e que cumpriria seu dever. João não gostou nada do que ouviu. Mais preferiu não se intrometer nas decisões de sua esposa. João contratou alguns rapazes da redondeza para arrumar, eram serviços normais e comuns como capinar, arrumar algumas cercas, etc. Maria como era de costume acordou muito sedo antes de nascer do sol, concretizou todos os afazeres da casa, e saiu para caminhar, por alguns minutos e retornou para casa, parou próximo ao curral. Pois, havia avistado um jovem, moreno, cabelos cacheados, alto, olhos castanhos, jeito rude, com um charme próprio. No momento que ela olhou para ele seu coração disparou, e seu corpo se estremeceu, seus lábios trêmulos. Ela nunca havia visto homem mais lindo. Não trocou nem uma palavra com aquele belo jovem, mas Naquele momento ela se deu conta que queria passar o resto da vida ao lado dele. Também se deu conta que sua mãe jamais aceitaria, que ela casar-se com um rapaz simples, sem estudos, esforçado e batalhador. Ele não a viu olhando para ele. Maria queria muito saber o nome daquele rapaz, mas não podia perguntar pegaria m*l uma jovem solteira querendo saber o nome de um rapaz, fora que sua mãe perceberia seu interesse no seu encanto por outro. Maria foi para casa e nem se esforçou muito para descobrir o nome, Emanuela passou gritando por ele para chamá-lo para tomar um café, o chamava por Francisco. A noite chegou Maria não pregou o olho durante toda a noite, estava ansiosa para que o sol nascesse para ver Francisco trabalhar, mais estava com muito medo de ser descoberta por sua mãe ou pai. Emanuela então não poderia nem sonhar estar acontecendo ou correria e contaria a todos. Estaria em apuros não sabia a reação de todos. Além de que ainda poderia prejudicar Francisco nem mesmo sabia da existência de Maria, jamais poderia imaginar os sentimentos que ela tinha por ele. Assim a noite passou e o sol raiou, Maria passou toda a manhã tentando disfarçar que em toda aquela noite não fechou os olhos nem por um instante. Sua mãe percebeu que algo estava errado. Fingiu que nada estava acontecendo, relevou afinal em poucos dias Maria seria noiva, e toda noiva fica nervosa. Maria conduziu afazeres com presa terminou bem antes do traje e saiu correndo para caminhar, caminhou por poucos minutos e voltou para casa, e ao chegar, foi direto para o curral na esperança de encontrar seu amor. Ele não estava no local ela o procurou, acabou desistindo e foi para casa triste, entrou para seu quarto. Abrir janela e para sua surpresa Francisco estava La a poucos metros, arrumando a parte de trás do terreno, por sorte era à vista do quarto de Maria. O que significava que ela poderia passar o dia todo olhando seu certo amado, mais para dar tudo Maria necessária de um motivo para passar o dia todo no quarto. Maria então foi ate sua mãe e lhe disse estar meio nervosa com o noivado solicitado e linha para começar a bordar seu enxoval no quarto para tentar acalmar os nervos. Como foi o primeiro sinal de empolgação de Maria, sua mãe resolveu não questionar, apenas entregou como linhas a sua filha. Maria passou o dia olhando para Francisco mais ele não dava a mínima, depois de muito olhar para ele finalmente olhou de volta para ela, mas não esboçou atitude alguma paralisou com a beleza da moça que olhava logo virado o rosto como quem a viu, disfarçou bem. João de longe observava a filha, e logo se deu conta do que estava acontecendo, e saiu pensativo com as mãos na cabeça, ficar antes de decidir o que seria feito. Maria se deu conta que não podia se casar com Carlos, e como sua mãe jamais a deixaria escolher seu marido, decidi-o conversar com seu pai João. Explicou-lhe que era com Francisco que queria se casar e que estava apaixonada por ele. João ficou preocupado e logo quis saber se ela encontrou encontrado se encontrado com Francisco como escondido, Maria respondeu ao pai que não que havia visto Francisco apenas na fazenda trabalhando. João contou a Maria que havia visto ela escondida procurando o rapaz, e a alertou que estas atitudes acabam com reputação de uma jovem. Ele prometeu a Maria que conversaria com Francisco para saber como intenções dele, antes de dar uma resposta a Maria ou de falar com Isabel. Seu pai estava ansioso e necessário resolver essa questão o mais rápido possível, ate porque faltavam apenas dois dias para a festa de noivado de Maria. Logo seguiu para o quintal onde Francisco capinava. O chamou disse precisar que Francisco fosse ate o lago com ele para ajudá-lo em um serviço, o rapaz não traduzido duas vezes e foi com o patrão. Chegando ao lago João de supetão pergunta ao rapaz. Se ele tinha interesse em se casar com Maria, o rapaz não oferece e com a maior certeza disse que sim, mais explicou que se ele chegasse a conseguir casar com ela, ela teria uma vida simples, pois ele era pobre. Não teria condições de dar luxo ou riquezas para ela, mais daria seu amor, respeito e viver diariamente para vê-la feliz. João olhou para Francisco disse que conversará com Isabel para marcar o noivado dos dois. João voltou para dentro de casa e chamou Isabel, contou com ela que Maria havia escolhido Francisco para casar-se e que por isso cancelou o noivado com Carlos. Isabel ficou furiosa e não aceitou o casamento, não acreditava que seu marido aceitaria que Maria trocaria um bom partido por um Zé-ninguém, mais João em tom de voz firme disse que Maria casaria com Francisco como era sua vontade. Isabel não teve alternativa, por estava em choque, João jamais havia se imposto de tal forma perante ela. Então envergonhada foi até Carlos e cancelou o noivado. Maria sabia que não seria tão fácil afinal conhecia sua mãe e sabia o quanto ela era difícil, mas estava tão feliz por casar-se como homem que amava que não ligou muito para sua mãe. João conversou com Isabel sobre o noivado de Maria, Isabel se negou a fazer a festa de noivado à filha e disse que marcasse logo o casamento. Não gastaria um só tostão para noivar sua filha mais velha com alguém que não tem condições de escolhe-la. Maria estava nas nuvens m*l acreditava que a casaria em tão pouco tempo e de imediato começou a bordão, costurar e montar seu enxoval. Havia outro problema Francisco morava de favor e não poderia levar Maria. João então deu uma pequena parte de suas terras para que Maria e Francisco onde pudesse viver plantar atem que tivessem condições de comprarem seu próprio terreno. Isabel foi de imediato contra, mais aperfeiçoado e adequado que se a filha morasse perto de poderia se vingar. Então combinou com o casal que eles morariam, mas teria que fazer alguns trabalhos para pagar sua moradia. O casal aceitou Francisco não conhecia sua futura sogra, pois naquela época o casal não tinha muito contato antes do casamento. O tempo passado rápido e em próximo de mil novecentos e sessenta, e seis, vinte e três de junho para ser mais exata, chegou o grande dia, casou-se Maria vestiu um vestido simples, costurado e bordado por ela mesma. Francisco ousou uma calça de brim e uma camisa social que o pai de Maria havia dado-lhe, foi tudo muito simples não houve festa, nem férias, somente a família do casal. O pai de Maria lhe realizou uma surpresa e levou um fotógrafo da cidade próxima para Regis ta o momento. Maria estava radiante. Naquele momento em que Isabel observou o padre declarar Maria e Francisco como marido e mulher ela jurou que jamais perdoaria a filha por não ter se casado com Carlos. Morando em suas terras ficava fácil de acabar com a alegria dos dois. Ela elaboraria o possível e ate o impossível para ver Maria sofrer. Maria acreditava que o problema de sua mãe não era com o marido que ela havia escolhido, mais sim, porque sua mãe não queria sua felicidade.
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