CRISTINA NARRANDO Quando eu saí do posto e entrei em casa, parecia que todo o peso do mundo escorregou dos meus ombros de uma vez. Eu só consegui tirar o jaleco, deixar ele jogado na poltrona e me jogar na cama. Nem lembro de ter puxado o lençol. Apaguei, como se alguém tivesse desligado a chave geral. O corpo estava pedindo socorro fazia tempo. Foram quase dois dias sem dormir direito, cuidando da Priscila, do MD, acompanhando os plantões, correndo atrás das minhas coisas… e ainda fui ajudar no plantão da invasão. Por mais que eu dissesse que estava bem, eu sabia, era só o corpo aguentando no modo automático. Quando finalmente parei, ele cobrou. Acordei com um toque leve na porta, seguido de passos cuidadosos e da voz suave da Pri. — Cris? Tá tudo bem? - ela perguntou baixinho, entr

