Priscila narrando continuação... O portão rangeu baixinho quando empurrei, como se até ele soubesse que hoje tudo estava diferente. O céu parecia mais azul, e o ar carregava aquele perfume doce de manhãs que prometem esperança. Entrei devagar, com as mãos sobre a barriga, como se, agora sabendo que abrigava dois corações, o peso tivesse dobrado — mas era um peso bom, cheio de vida. Cristina estava na varanda, sentada com uma xícara de chá. Quando me viu, se levantou depressa. — E então? Está tudo bem com o bebê.- Sorri, e os olhos dela logo se estreitaram de desconfiança. — Está tudo ótimo. Ou melhor... estão. São dois. - Ela arregalou os olhos e levou as mãos à boca. — Gêmeos?.- Assenti, rindo e chorando ao mesmo tempo. Nos abraçamos ali mesmo, sem dizer mais nada. Às vezes, o s

