Cristina narrando Fazia tempo que eu não sentia o coração tão acelerado antes de entrar numa sala. Mas ali, diante do MD, acordado depois de seis meses em coma, tudo parecia novo — frágil, incerto, esperançoso. Era como se a vida tivesse dado um suspiro e decidido continuar. Enquanto eu fazia os exames nele, cada batida do coração dele no monitor me dava vontade de chorar. Mas não podia. Eu era a médica. Era a profissional. A que segurava as pontas enquanto o mundo desabava. Mas ali… era pessoal. Ver o MD de olhos abertos era como ver um milagre acontecer bem na minha frente. Acompanhei de perto todo o sofrimento da Priscila, então posso dizer com todas as letras que sei exatamente a felicidade que ela está sentindo nesse momento. Depois que terminei os exames, pedir para a enfermeira J

