Lobão narrando A Ana tava quieta na garupa, mas eu sentia o jeito como ela segurava firme na minha cintura. Não era medo, era mais como se ela estivesse tentando se manter ali, no presente, com tudo o que tinha. E isso já era mais do que muita gente fazia. Quando chegamos na casa da Pri e do MD, eu percebi o jeito como ela travou. Era sutil, mas eu conheço esses sinais. O corpo dela ficou rígido, o olhar perdido, os dedos tremendo levinho. Por isso eu dei a chance dela voltar. Não porque eu queria que ela desistisse, mas porque eu sabia que ela precisava se sentir no controle. E ela ficou. Mesmo com o coração disparado, mesmo com o medo estampado no rosto. E isso... isso me deu um orgulho doido dela. A Pri foi maravilhosa como sempre. Aquela mulher tem uma luz que acolhe até pedra. Fa

