Lobão narrando Acordei com o chiado do rádio misturado com uma batida de rap antigo. O sol ainda nem tinha subido direito, mas eu já tava de pé. Espreguicei os ombros, sentindo o peso da madrugada passada ainda grudado no corpo. Virei pro lado e vi a Ana Paula dormindo, toda encolhida, o rosto inchado de sono. Linda. Mesmo assim. O rádio tocou de novo, e a voz do Ferrugem cortou o silêncio: Rádio on — Lobão, na escuta?.- Peguei o rádio na mesa de cabeceira, apertei o botão e respondi: — na escuta ferrugem.- falei respondendo o chamado dele. — Tem uma doutora aqui na barreira dizendo que é psicóloga de uma tal de Ana Paula. Tá com crachá e tudo, mas nunca vi antes.- me lembrei que a doutora tinha marcado uma consulta para hoje de manhã. — Pode liberar. Leva ela até o posto, ela não

