cristina narrando
Eu sabia que precisava manter o foco. Eu era médica. Minha cabeça deveria estar em cada detalhe dos exames, dos cuidados, de tudo o que poderia garantir que MD se recuperasse bem. Mas, no fundo, algo dentro de mim me puxava para longe da lógica fria da profissão e me jogava direto no calor humano da cena que se desenrolava diante dos meus olhos.
Eu não podia evitar. A cena de MD ali, com Priscila ao seu lado, era de um tipo raro, quase sagrado. Ela não o soltava nem por um segundo, as mãos firmes nas dele, com a força de uma mulher que havia atravessado todos os pesadelos imagináveis para chegar até aquele momento. A felicidade estava escrita em seus olhos, mas também havia ali uma dor silenciosa, uma preocupação com o que ainda estava por vir.
Eu podia ver que MD est
