Meu pai era o único na mesa com cara fechada. Minha mãe sorria; Gabriela conversava com Ariel como se fossem duas amigas se encontrando. Não sabia dizer se era pelo gin que ambas bebiam, mas realmente estavam se dando bem, e sem perceber Gabriela nos ajudou. Gonzalez me olhou três vezes antes de começar a beber; só realmente começou quando fiz um brinde no ar com meu copo e pisquei para ela. Eu e Felipe falamos sobre assuntos que a gente gostava, sobre filmes e jogos. Um som tranquilo tocava no ambiente; meu pai finalmente parou de encarar Ariel se virando assim para entrada. Estava sentado de frente para entrada, com visão boa da mesa; não precisei me esforçar para ver Fabrício Orlov entrando com sua bengala e terno roxo de costume. O velho olhou diretamente pro meu pai, me fazendo bala

