Esses dias que passaram foram terrÃveis, maior tiroteio aqui na comunidade, mataram um polÃcia então já viu né ? Com sangue nos olhos que eles estavam.
Os policiais entraram nas casas, roubaram, esculacharam e ameaçaram os moradores, estou até com medo de ficar aqui em casa sozinha, imagina se eles me pegam ?
Todo mundo está ciente de quem eu sou, principalmente a polÃcia, como disse anteriormente já cansei de pagar arrego pra eles.
O problema é que agora não tenho ninguém por mim então não posso marcar bobeira pelo Jaca nesse clima tenso de operação.
Acessei o twitter rapidinho só pra saber aonde que eles estavam e quando eu bloqueei o celular bateram aqui na porta.
Preciso nem dizer que tremi na base né ? Chamei tudo que era santo pra me proteger.
— Abre a porta morador, estou baleado. — bateram novamente e eu abri correndo.
O homem entrou cheio de sangue pelo corpo, o rastro deixado por ele levava até aqui em casa, tive que pegar a mangueira e lavar porta pra tentar disfarçar.
O bofe com dois rombos, um no braço e outro na perna.
— Não deixa eles me m***r, não deixa. — eu olhei pra cara dele confirmando.
Peguei meu celular mandando mensagem pras meninas do Manguinhos expliquei a situação entendeu ?
Elas descerem pra protestar e enquanto isso eu pensava em alguma forma de tirar o homem daqui porque se não ele morreria na minha sala.
Mandei uma mensagem pro Saddam, um amigo meu da época do 2D, bem no inÃcio da relação, ele me respondeu dizendo que iria mandar um carro, foi maior luta pra tirar o homem daqui sem os policiais saberem mais no final deu tudo certo.
Peguei um pano, cloro, comecei a limpar o rastro, na metade invadiram minha casa, era os policiais.
Suzzy: Vocês não tem mandado pra entrar aqui.
— Mandado? A gente não precisa disso pra entrar na sua casa até porque todo mundo sabe que você é mulher de bandido. – Ele olhou pro sangue e depois pra mim – E esse sangue a� Abrigou traficante baleado? Bem a sua cara mesmo, maria fuzil. — diz sério. — Manda teu marido vim desenrolar ou então você vai presa. – Preciso nem dizer que o desespero bateu né ?
Desbloqueei o celular discando o número do 2D e só depois de maior cota que ele atendeu, tentei explicar mais nervosa não consegui e o policial estressado tomou o celular da minha mão.
Eles começaram a desenrolar e pelo que eu entendi, o policial pediu 50 mil pra me liberarem, Davidson mandou virem entregar o dinheiro, os policiais pegaram e meteram o pé.
Comecei a passar m*l porque minha pressão subiu, dois sustos em um mesmo dia, nem D-us salva.
Deu teto preto em mim e quando acordei dei de cara com o outro, olhei pra ele com nojo, repulsa, ódio e rancor.
Suzzy: Isso é tudo culpa sua, seu nojento, escroto! — digo exaltada. — Eu me sujeitei a muita humilhação pra no final você agir de forma traiçoeira, me dá uma facada na costas, eu tenho nojo de você, nojo!!!!
2D: Você fala como se eu tivesse te obrigado a alguma coisa sendo que você se envolveu porque quis, ficou porque quis e fez tudo o que fez porque quis, seu sonho eu que proporcionei em troca de tu me perdoar e você faz o que, METE O PÉ! — grita a última parte — Uma vez mulher de bandido, sempre mulher de bandido então me respeita doidona e se respeita porque se eu te ver com alguém vou destravar esse pente. — pegou a glock com pente de trinta. — Na sua cara.
Ódio era lixo comparado ao que eu sentia por ele.
Davidson me ameaçou horrores, mandou buscarem minhas coisas na outra casa, trouxe tudo de volta, quebrou meu celular, me deixou de castigo por um mês sem dinheiro ou rua, nem trabalhar eu podia, hoje que eu vim ne ?
Yurlei apareceu por aqui do nada, pedi o celular dele emprestado, olhei o que tinham publicado sobre mim e no final resolvi desativar minhas redes sociais por tempo indeterminado.
Depois que fiz a desativação da conta, devolvi o celular pra ele e voltei a trabalhar.