Serpente Desci da casa da Dona Sandra com a cabeça a mil, as ideias zunindo igual a um motor desregulado. A rejeição pegou de jeito, parecia um soco no estômago. As ruas do Jacaré estavam calmas, só o som do pagode rolando de longe me acompanhava. Passei por uns moleques jogando bola na rua, e um deles, ao me ver, nem pensou duas vezes: pegou a bola e correu. A lua m*l iluminava meu caminho, e as sombras das casas altas pareciam querer engolir tudo. O frio da noite se misturava com a raiva que fervia dentro de mim. O que aquela mina achava que era pra me tratar assim? Não era só o presente que eu tinha levado; era o jeito que ela olhou pra mim, uma mistura de firmeza e desprezo. Ela não sabia com quem tava lidando ou sabia e decidiu se meter com fogo. Cheguei no pagode, e os caras lá, t

