Capítulo 1

2904 Words
Garrett Ele estava sentado em sua boate, na sala VIP número 1 — sempre reservada apenas para ele — bebendo sozinho. Sua unidade estava lá fora se divertindo, dançando com lobas e humanas; ambas eram permitidas no Tripple Moon Club. Era época de festas, e uma grande empresa estava realizando sua confraternização de Natal do lado de fora. Garrett não se importava que seus lobos se misturassem aos humanos; afinal, o território de sua matilha fazia fronteira direta com a cidade humana. Ele administrava os negócios da matilha no mundo humano a partir de um prédio de doze andares, que ficava exatamente na divisa do território. Todos passavam bastante tempo ali, entre humanos. Metade dos funcionários de seu escritório eram humanos, então não havia problema algum que seus lobos socializassem com eles. Seu copo descansava sobre a mesa à sua frente, e ele havia diminuído as luzes para fechar os olhos e descansar um pouco. Era uma sexta-feira à noite, já tarde, e ele estava cansado das festividades e da música natalina tocando do lado de fora. Embora os humanos só estivessem começando a se animar às onze da noite, a boate da matilha estava sempre cheia. Garrett não ia ali para se envolver com ninguém — isso simplesmente não era o seu estilo. Mas sua unidade gostava do lugar, e eles não eram a única matilha da cidade. Do outro lado dela havia uma matilha aliada, e ele sabia que alguns membros também estavam ali naquela noite. Isso dava a seus lobos e aos da outra matilha uma boa oportunidade de se misturarem e, quem sabe, descobrirem seus companheiros quando chegasse a lua cheia. Mas isso ainda levaria uma semana, e ele estaria viajando para outra matilha que sua mãe havia encontrado — acreditava que seria um bom lugar para ele conhecer sua companheira. Garrett suspirou. Era improvável que acontecesse, mas sua mãe simplesmente não desistia. Ele já buscava sua companheira há bons vinte anos. Ele já havia dito a ela para não se preocupar mais com isso. Nem mesmo seu lobo, Huntley, demonstrava interesse algum em encontrar uma companheira; estava convencido de que já não a possuía. Garrett compartilhava da mesma opinião — ele e seu lobo já haviam visto duzentas e cinquenta luas cheias, e nada. Seus olhos se abriram de repente quando a porta da sala se escancarou, batendo com força atrás de uma mulher. Ela parecia devastada — uma das mãos cobria a boca, tentando conter os soluços, enquanto as lágrimas escorriam pelo rosto. Era uma morena pequena e delicada, de grandes olhos azuis transbordando lágrimas. Usava uma saia preta na altura dos joelhos, decorada com minúsculos flocos de neve na barra, que balançava ao redor de suas pernas finas enquanto ela cambaleava para dentro da sala. Ela usava uma blusa vermelha com uma gola branca e felpuda, e pequenas botas vermelhas de duende. Parecia vestida, ele pensou, para a festa de Natal que estava acontecendo lá fora — a da Blackwell Industries — e o cheiro dela denunciava que era humana. Pelo jeito, ela tentava não chorar. Lutava desesperadamente para conter os soluços que sacudiam seu corpo, e nem o viu quando entrou apressada na sala m*l iluminada. Ele havia abaixado as luzes para tirar um cochilo. Suas roupas eram escuras e ele não estava bem no centro da sala — o que dificultava ainda mais que ela o notasse. Estava sentado à direita dela. Garrett sorriu para si mesmo ao ver o momento em que ela percebeu o copo meio cheio de bourbon sobre a mesa. Sem pensar duas vezes, ela o pegou com uma das mãos e o virou de uma vez só, enquanto com a outra esfregava o rosto para se livrar das lágrimas. Em seguida, bateu o copo com força na mesa e deixou escapar uma sequência de palavrões na escuridão da sala. Ele balançou a cabeça. Não gostava muito de ouvir mulheres xingando — na verdade, não gostava de palavrões em geral. Nunca viu necessidade nisso. Garrett observou enquanto ela percebia a garrafa meio cheia do outro lado da mesa e se movia para pegá-la. Provavelmente queria outro gole. Seja lá o que tivesse a deixado tão arrasada lá fora, parecia disposta a se embriagar até apagar para tentar esquecer, pensou ele distraidamente. Já tinha estado naquele lugar, mais de uma vez ao longo dos anos. Ela ainda não havia notado sua presença na sala; estava perdida demais em seus próprios pensamentos, dominada pelo que quer que a tivesse ferido. Meio andando, meio tropeçando, tentou alcançar a garrafa — e, sem vê-lo, acabou tropeçando nas pernas esticadas de Garrett. Ele não havia se mexido desde que ela entrara, apenas observava curioso o que ela faria e como reagiria quando percebesse que não estava sozinha. Mas não podia deixá-la cair e machucar aquele rosto adorável — porque, mesmo em seu estado embriagado e arrasado, ela era linda. Garrett estendeu as mãos e a segurou antes que caísse, puxando-a direto para o seu colo. E então os olhos dela se encontraram com os dele. Ele podia ver que as lágrimas ainda brilhavam nos belos olhos dela, e suspirou, deslizando a mão sobre sua bochecha. Ela era bonita demais para chorar, pensou distraidamente, enquanto a observava melhor. Mesmo abalada como estava, isso não diminuía sua beleza. Ele a viu morder o lábio inferior, um pouco nervosa, enquanto ele tremia levemente. “O que foi, linda?”, perguntou com ternura, o polegar acariciando sua bochecha, e as lágrimas voltaram a escorrer por aquele rosto encantador. “Eu só... ele simplesmente...” As palavras saíam entrecortadas, e mais lágrimas caíram enquanto ele a via balançar a cabeça. “Me traiu.” Ela soluçou. “Está lá dentro, agora... transando com ela... eu vi.” sussurrou quase sem voz, cheia de dor. Garrett suspirou, sem conseguir imaginar um motivo para alguém fazer aquilo com uma criatura tão linda. Puxou-a delicadamente contra o peito. “Deixa sair.” Incentivou. Ele mesmo já havia passado por isso e sabia como era ter o coração partido. Já chorara também, há muito tempo, e se embriagara até perder os sentidos tentando esquecer — o que, claro, nunca conseguiu. Ela, ao que parecia, era uma alma parecida com a dele. Um dia, ele fora consolado por um abraço e palavras suaves; agora, devolveria o favor. “Ele é um i****a”, disse baixinho, passando a mão pelos cabelos dela. Ela recostou-se e o olhou através das lágrimas. “Você nem me conhece, e já está sendo mais gentil do que ele.” “Hmm, acho que um pouquinho de vingança não faria mal.” Ele sorriu para ela e puxou seus lábios para os dele, beijando-a suavemente. Pôde sentir o gosto do bourbon que ela havia virado, e também de outras bebidas — devia estar ali fazia tempo. Percebeu toques de tequila e vodca; provavelmente, ela tomara coquetéis... ou doses. Beijá-la era como provar uma mistura deliciosa de frutas doces e balas. Era absolutamente delicioso; ela tinha o gosto da estação para a qual estava vestida e que deveria estar comemorando — tinha gosto de Natal, pensou. Ele aprofundou o beijo, sua língua se enroscando na dela; gostava do sabor daquela mulher humana sentada em seu colo. Lentamente, deslizou as mãos sobre ela, descendo por seu pescoço, enquanto o d****o de beijá-la crescia dentro dele. As mãos seguiram pelos braços até a cintura, puxando-a de leve contra si, e ela, ali sentada em seu colo, retribuiu o beijo. Garrett sabia que ela estava bêbada — muito bêbada — pelo gosto dela e pelo jeito como havia cambaleado ao entrar naquele quarto. Ele podia confortá-la e ainda deixá-la descontar um pouco da raiva no desgraçado que estava, naquele exato momento, no quarto VIP ao lado. Com outra garota, aparentemente, traindo a linda namorada que tinha. Ele deslizou a mão por sua coxa, subindo pela parte interna da saia até alcançar sua b***a, e um instante depois ela já puxava a camisa dele. “Quer machucá-lo de volta?”, ele perguntou, curioso. “Quero.” Ela respondeu e o beijou com mais força. Garrett correspondeu ao beijo e a moveu para que o montasse, puxando a calcinha dela e jogando-a de lado. Ela não se importou. Ele deslizou a mão entre suas coxas, começando a acariciá-la. Ouviu o suspiro escapar de seus lábios e sorriu — ela já estava um pouco molhada, completamente entregue. Ele a tocava com movimentos longos e suaves. Já fazia meses que ele não tinha nada com ninguém. Sentiu seu lobo, Huntley, se remexer em sua mente — e logo se afastar, ignorando o que seu humano estava prestes a fazer. Não participaria daquele ato. Garrett empurrou dois dedos para dentro daquela linda garota humana e ouviu o grito de prazer escapar dela. O cheiro da excitação dela cresceu rapidamente, e ele sorriu para si mesmo. Ia mostrar a ela o que era prazer de verdade. Seria maior do que qualquer um que ela já tivesse tido. Maior que o atual namorado traidor, e com mais resistência do que qualquer homem humano poderia ter. Ele gemeu quando ela começou a se mover com ele, adorando a forma como ela rebolava devagar, de propósito, sobre seus dedos. Sorriu para ela quando viu que começava a desabotoar sua camisa. Não havia necessidade de nomes. Seria apenas uma noite, para ambos. A camisa dele logo estava fora, e as mãos dela deslizavam por seu peito e abdômen definidos, as unhas traçando linhas pelo calor de sua pele. A boca dele devorava a dela agora, e ela começou a cavalgar seus dedos de verdade, e ele acompanhou facilmente o ritmo e o d****o dela. Sentiu quando ela gozou em torno de seus dedos, ouvindo os suspiros e gemidos até que ela se apertou completamente contra ele. Sorriu ao tirar a mão de entre as coxas dela, levando os dedos à boca para prová-la. Viu os olhos dela se arregalarem um pouco. “Deliciosa”, disse ele, e rapidamente começou a se livrar do top e do s***ã dela. Puxou a boca dela de volta para a sua e a beijou com intensidade, enquanto as mãos dele envolviam e acariciavam os s***s dela. Eram perfeitos — macios, suaves — e seus m*****s se enrijeceram conforme ele os provocava. Sentiu as mãos dela começarem a abrir sua calça, e deixou. Gemeu de prazer quando a mão dela envolveu seu p*u rígido, libertando-o e começando a acariciá-lo. “Você quer?”, ele perguntou, a boca deslizando para o pescoço dela alguns minutos depois. Já tinha esperado o suficiente — queria muito se enterrar dentro dela. “Quero.” respondeu ela, simplesmente. Ele empurrou a saia dela para cima, tirando-a completamente do caminho, segurou firme em seus quadris e se esfregou contra ela, deixando claro o quanto estava duro e e******o por ela. Sorriu quando ouviu o gemido que escapou dos lábios dela e a sentiu se mover contra ele, rebolando. Era o tipo de mulher que tomava a iniciativa — e ele gostava disso. Garrett viu a porta do quarto se abrir e a luz ser acesa de repente. Seus olhos se voltaram para o homem parado na entrada, olhando fixamente — bem, olhando para a garota, na verdade. E Garrett soube instintivamente que aquele era o i****a humano que a havia traído. O sujeito parecia furioso com o que via. Garrett sorriu diretamente para ele no mesmo instante em que puxou a garota para baixo, fazendo-a sentar-se sobre ele, e investiu com força, ouvindo o grito de prazer dela quando a penetrou. Ela não hesitou nem por um segundo — o recebeu inteiro, e começou a cavalgar sobre ele com força e rapidez. Garrett arqueou uma sobrancelha para o homem, que deu meia-volta e saiu batendo a porta. A linda mulher humana continuava cavalgando-o intensamente, completamente alheia ao fato de que o namorado a tinha flagrado. Estava perdida no ato e no prazer que sentia. Ele puxou a boca dela de volta para a sua e a beijou mais uma vez, saboreando aquele gosto doce, como Natal. Segurou-a firme enquanto ela o tomava para si, sentiu quando ela gozou ao redor dele e suspirou com a sensação — era bom pra c*****o. Ela se debruçou sobre ele, as unhas cravadas em sua pele, ofegante, enquanto ele ainda permanecia duro dentro dela. “Você ainda não...”, ela sussurrou entre respirações. “Não.” respondeu ele com um leve sorriso. “Ainda não terminamos. Posso continuar por horas.” murmurou — e podia mesmo. Gostava de aproveitar a companhia de uma mulher bonita de vez em quando, e ela era linda. “Levanta e vira de costas, quero ver mais de você, linda.” murmurou, e ela soltou uma risadinha suave. O som fez um sorriso surgir em seus lábios — ela ia deixá-lo ter mais dela. Ele apoiou o pé na mesa à frente deles e a empurrou para o lado, tirando-a do caminho. Virou-a e a guiou até o chão, livrou-se completamente das calças e se ajoelhou atrás dela. Tomou-a novamente para si, e ouviu o grito que escapou de seus lábios quando a penetrou. Sorriu — ela o levaria àquele ponto, ele sabia disso. Segurou firme em seus quadris e começou com movimentos longos, lentos, porém firmes. Ela o recebia com facilidade, e o cheiro da excitação dela se espalhava ao redor, ficando mais forte — ela o queria mais fundo, mais intenso. Quando a ouviu gemer “Por favor... ah, Deus, sim!”, ele atendeu ao pedido, acelerando o ritmo, tomando-a com força e rapidez. Ele próprio já estava perto, podia sentir o o*****o dela chegando de novo. Lançou um olhar irritado para a porta quando ela se abriu e viu seu Beta, Wyatt, encará-lo. Garrett não queria interrupções. Observou o amigo recuar com um sorriso e um balançar de cabeça, e então ouviu a garota gritar novamente, sentindo-a gozar completamente ao redor dele. Puxou-se para fora, queria ver o rosto lindo dela quando chegasse ao próprio limite. Puxou-a para perto e a beijou, enquanto a tomava outra vez, prendendo-a contra o chão. Afastou a boca da dela quando ela começou a gritar alto, querendo ouvir cada som de prazer, cada suspiro que o o*****o arrancava de seu corpo. Observou o rosto dela, os lábios vermelhos e carnudos se abrindo num grito enquanto ela era tomada por uma onda de prazer atrás da outra. As unhas dela cravavam-se em seu braço e em suas costelas, e ele adorava ver aquilo — o deixava ainda mais e******o. Agora ele realmente a possuía, entregando tudo de si, até que investiu fundo, e ela gritou o nome de Deus, o corpo tremendo e se contraindo em volta dele. Ele também chegou, com uma estocada profunda, permanecendo dentro dela enquanto se liberava, os olhos fechados por um instante, saboreando o quão bom aquilo era. Então sorriu para ela, observando-a relaxar, o corpo ainda estremecendo levemente ao voltar do próprio êxtase. Inclinou-se e a beijou suavemente, devagar, enquanto se afastava de dentro dela. As mãos dela escorregaram dele, e ela suspirou baixinho, parecendo sonolenta. Ele recostou-se um pouco e a observou. “Satisfeita?”, perguntou com um meio sorriso. “Mm.” Ela apenas assentiu, e ele viu aqueles belos olhos azuis se fecharem. Soltou uma risadinha baixa, levantou-se do chão, olhou para ela, fechou suas pernas e ajeitou a saia antes de se sentar de novo no sofá — apenas para observá-la. Ela estava toda despenteada e saciada, deitada sobre o tapete preto e macio da sala VIP dele. Estava linda ali embaixo, pensou Garrett. Ele a ajudara a se vingar do cretino do namorado, e os dois haviam aproveitado cada segundo daquilo. Garrett nunca trairia uma criatura tão linda. Se ela fosse dele, a devoraria toda vez que tivesse chance. Ela andaria ao lado dele, seria mimada até o limite, amada e adorada. Seus olhos jamais se desviariam dela. Mesmo agora, com o cabelo bagunçado e o corpo exausto por causa dele, ela ainda era incrivelmente bela. ‘Aquele desgraçado ainda está aí fora?’ ele perguntou através do elo mental ao seu Beta. ‘Quer dizer o humano que está perambulando por aqui, fervendo de raiva e encarando a porta do seu quarto?’ ‘Sim. O ex dela, acredito.’ ‘Não parece muito um ex. Está puto da vida. Ele sabe que você está aí dentro com a garota dele?’ ‘Sabe. Mas foi ele quem a traiu primeiro. Eu só estava ajudando-a a se vingar.’ Garrett riu baixo. Ouviu Wyatt rir do outro lado da ligação mental. ‘Bom pra ela. Mas você sabe que essas salas não são à prova de som, né?’ ‘Sei.’ Ele também riu — e, naquele momento, estava satisfeito com isso. Aquele i****a lá fora com certeza tinha ouvido o quanto ela havia gostado de t*****r com ele — e por quanto tempo. Duvidava muito que o cretino fosse capaz de fazê-la gozar daquela maneira, e tantas vezes. Garrett se levantou e vestiu a calça, olhando para sua amante humana, adormecida e tranquila no chão. Gostava de saber que havia conseguido satisfazer todas as vontades dela. Pegou a camisa e deu a volta nela, indo lidar com o i****a que estava do lado de fora. Aquele homem provavelmente faria um escândalo no clube — só não fazia ideia de com quem estava lidando.
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