Cap.6 Anjo ou d***o

1166 Words
Capítulo.6 Assim que ligou novamente a cadeira motorizada, ouviu a risada de Luz se divertindo com a situação, ela parecia ser a pessoa mais boba que ele já havia conhecido, se divertia com tão pouco, Leon nunca havia se sentido tão leve perto de alguém como se sentiu perto dela em poucos minutos. Quando saíram do quarto Scooby o encarou com indagação, era uma nova situação, ele apenas balançou os ombros indicando que nem mesmo ele sabia o que estava acontecendo, então os homens seguiram para o quarto dela e pegaram suas malas. — Até a próxima, Kenny. — Se despediu da sua amiga seguindo com Leon que nem esperou que ela se despedisse direito. — Isso… Mas… O que está acontecendo? Ela casou? — Se perguntou confusa quando todos saíram, enquanto seu namorado ainda dormia sobre as embalagens. — Senhor, vamos à empresa hoje? — Perguntou Scooby ao entrar no elevador com os dois. — Não, Já que a senhorita Luz estava dormindo suponho que não tenha tomado café da manha, tomaremos o café juntos. — Mas, e a reunião das 9hm? — Pode adiar, hoje tirarei um tempo para conversar com a minha esposa. — Ao ouvir isso, o estômago dela embrulhou, parecia ter mil borboletas voando ali. Scooby os deixou em um restaurante bastante luxuoso próximo à mansão, Luz nunca havia entrado em um lugar tão caro, e refinado, todos que frequentam ali parecem pessoas importantes. — Sei muito bem o que estava fazendo, senhorita Luz. — Começou sério, enquanto lia o menu, sentaram em uma mesa afastada dos demais, o restaurante traz um pouco da decoração vitoriana, corredor neutro, móveis de modelos antigos e resistentes, três lustres enormes de cristais, algumas pessoas realmente pareciam permanecer na década de 80 com seus estilos extravagantes e pouco comum de ser visto onde ela vive. — Do que está falando? — Agora que descobriu o meu outro problema, está tentando me provocar e fazer pouco caso de mim, isso não é um pouco fútil e insensível? — Perguntou duramente e m*l-humorado, todo aquele humor gentil havia desaparecido dando espaço a amargura. — Eu só estava te provocando, porque você entrou no meu quarto sem permissão, mas não deveria ficar tão irritado comigo, somos casados agora. — Está certa, mas não quero uma esposa que caçoa de mim e faz pouco caso da minha condição. — Eu nunca fiz isso, não tenho esse tipo de preconceito, além disso, você é lindo… Excepcionalmente lindo, olha quantas mulheres estão olhando para você, seria fodidamente r**m eu ter um ataque de ciúmes agora? — brinca lhe encarando com um sorriso ladino. — Já te digo para não xingar, exijo ao menos isso de você, tenha bons modos, penso que você pode fazer isso, mesmo tendo vindo de uma boate, não é? — Eu não vim de uma boate, mas precisei ir para uma para viver. — Isso não é desculpa. — O que está tentando dizer? — Nada, só espero que pense melhor antes de ficar me provocando. — Não fiz para te ofender, não pensei na sua deficiência. — Retrucou aborrecida. — Eu não acredito nem um pouco em suas palavras, isso é o que mulheres convencidas, como você, faz. — A acusava discretamente, ainda que estivessem distantes dos outros clientes, eles poderiam ser ouvidos se não mantivessem a discrição. — Você está novamente me julgando e me ofendendo. — Não estou ofendendo, só digo a verdade, não é uma mulher orgulhosa e arrogante mesmo sendo do tipo que se oferece a homens em uma boate? — isso… você é estranhamente bipolar e ofensivo… — suspirou com os olhos marejados mantendo o olhar fixo sobre o líquido cristalino da taça, era como se estivesse caindo do cavalo, ele não era gentil como queria que fosse. — mas afinal… por quê? — Por que o que? — Por que fizemos esse acordo se ficará me maltratando? — Porque paguei a dívida de sua mãe. — A lembrou com frieza e arrogância. — Eu não pedi que fizesse isso! — Uma lágrima solitária caiu dos seus olhos. — Você é forte o suficiente para ouvir, não é, Alessandra? Não começará a chorar como uma garotinha. — Asseverou duramente ainda a machucando com sua insensibilidade quando viu uma lágrima descer. — Não vou chorar! — Disse se levantando. — Não na sua frente! — Saiu irritada o deixando sozinho, assim que saiu ouviu o telefone tocar. — Olá, velho gordo. — Atendeu enxugando as lágrimas. — Luz, minha querida, quando voltará a boate? — Eu não voltarei, vocês me demitiram. — Não querida, o motivo de você sempre voltar é devido ao contrato, você ainda tem um. — Ah! Meu Deus! Mais um contrato i****a! Eu nem me recordava. Muito menos eu, realmente você é muito valiosa para nosso estabelecimento, se quiser verificar a veracidade do contrato ele está disponível agora ou a hora que quiser. — Assim que ele disse, Luz apenas chorou mais um pouco, como pode ser tão descuidada, agora teria que honrar dois contratos. — Chefinho… Meu gordinho… Não tem mesmo como eu quebrar esse contrato? — Perguntou aflita com voz mimosa. — Sinto muito, apenas verifique é por sua conta em risco, já lhe adianto que a quebra do contrato equivale a 500 mil reais. — Dizendo isso, ele encerrou a ligação. — Onde eu estava com a cabeça para assinar isso? — se pergunta cética. Ela não se lembra porque estava bêbada, e seu chefe se aproveitou disso para a tornar exclusiva da boate. Ela nem se quer lembrou que havia deixado Leon no restaurante, pegou um táxi e decidiu seguir para a boate. O caminho todo seguiu chorando até o taxista avisar que havia chegado, ele a deixou do outro lado da estrada, teria que atravessar para ir até a you&me. Nem mesmo parou na sinaleira para esperar o sinal fechar, estava tao atordoada com a notícia que seguiu em frente aos carros só acordou quando ouviu a buzina estridente do carro indo em sua direção em alta velocidade. Ela sentiu a forte impacto contra seu corpo sendo lançada contra a calcada caindo sobre algo macio, ela m*l conseguiu assimilar, tentava compreender se o carro a havia acertado e morrido na mesma hora ou não, até sua visão turva se estabilizar e conseguir ver onde havia caído. — Está louca? — Perguntou um homem tentando se levantar até ela finalmente sair de cima do seu corpo. — Ei! Moça!? — Continuava chamar, enquanto Luz parecia dispersa com o olhar perdido, o desconhecido apenas expirou conformado a fitando, enquanto suas lágrimas desciam involuntariamente. — Você está bem? — pergunta com calma quando percebe o olhar perdido dela sobre si. — Eu… Eu deveria… — Sim? — eu estou bem? Você não é um anjo? — pergunta ainda dispersa. — não, você deve está ficando louco. — Deveria ter deixado o carro me acertar! — Arfou tentando correr para o meio da autoestrada movimentada de novo.
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