Cap.1 triste louca ou má

1530 Words
Luz Alessandra aos 20 anos se mudou para Londres por causa do seu sonho, a tão almejada carreira de modelo, pensava ser uma carreira promissora para conseguir ajudar sua mãe, que a muito tempo sofre de problemas renais, o problema foi se agravando, e por esse motivo as despesas foram ficando apertadas. Ela não sabia que a carreira de modelo seria um pouco mais difícil do que pensou, mesmo sendo uma moça jovem e muito bela e o corpo perfeito, a carreira estava além do que ela queria, ao se negar a algumas Atividades extras como acompanhante de luxo. Os serviços para ela foram diminuindo e ela deixou de ser referência nos processos de seleção para desfiles até ser completamente desligada da carreira que se esforçou tanto, não demorou muito para deixar também a faculdade de moda, sua mãe não poderia arcar com aquilo, Decidiu não contar à mãe que havia deixado os estudos, sabia que iria a desapontar e fazê-la se sentir culpada pelos problemas financeiros, então fingia que ainda era modelo e estudava moda. Arrumou um trabalho simples, em uma lanchonete pequena da cidade, trocava de emprego constantemente por causa dos assédios, trabalhou em dois estabelecimentos ao mesmo tempo, fez o possível e o impossível para ganhar dinheiro de forma digna, até conhecer a boate you & me Boate you&me uma das mais conhecidas na cidade de Alent City em Londres conhecida pelo seu luxo, cassino e bar com as melhores bebidas, alas vips e salas de jogos privadas, luz tinha apenas 22 anos quando se encantou por aquele lugar enorme e Luxuoso, como também as dançarinas que pareciam ganhar fortunas. A Boate é visitada pelos homens mais importantes e ricos da cidade, porém ela não estava ali interessada em se vender, não queria desapontar sua mãe, ainda que ela não soubesse que seria uma stripper, não iria se rebaixar sendo que não fez isso nem pela sua carreira dos sonhos Desde muito nova quando morava no Brasil havia feito aulas de dança, contemporânea, jazz, pole dance, ballet, e o palco da you&me e o grande público masculino lhe chamou atenção. Marcone decidiu testar a garota, e foi aprovada mesmo que quisesse só dançar, ele achou que seria um bom entretenimento já que era tão atraente e acreditava que ela cederia a luxúria com o tempo, mas já faz 3 anos e luz se mantém firme na sua escolha, não que ela não tenha ficado com algum homem, apenas o que foi recíproco de atração e não por dinheiro, ela não tinha problemas em ficar com alguém que tenha se sentido atraída. Soube bem lidar com os assédios e alguns caras insistente, dessa vez, já que ganhava bem não podia se deixar levar, e passou de uma garota tranquila a uma garota problemática e impaciente, após perceber que passaria por diversos assédios, e Marconi não lhe daria razão, afinal ela sabia o que acontecia ali dentro. O show dela era individual, era uma verdadeira bailarina no palco, as meninas não conseguiam acompanhar e Marconi não se importava em lhe dar alguns minutos, e só quando ela saia do palco as outras garotas dançavam, e ela via claramente quando algumas delas passavam com seus novos parceiros de cama e se sentia orgulhosa por não se prestar a tanto. Ela lidava facilmente com Marcone, já que os homens gostavam de vê-la dançar, ele não podia a obrigar a se vender, a sua dança o fazia lucrar bastante já que os atiçava, e ele a mantinha lá por causa da sua crescente reputação atraindo mais clientes, se tornando a intocável luz, stripper mais comentada da grande you&me Seu físico é de dar inveja, o corpo era como uma viola, cabelos castanhos quase loiros, ondulados e sedosos, que balançavam enquanto descia sensualizando segurando na barra de ferro, abria um sorriso deslumbrante revelando seus dentes perfeitos usando batom vermelho que destacava seus lábios discretos e generosos, os homens que a observava dançar enlouqueciam quando seu olhar castanho-claro os encarava por baixo da máscara que usava em todos os shows, para não se expor. Mesmo que tenha dias difíceis, afinal nem todos os homens entendem, ela driblava bem e conseguia viver do que ganhava e ajudava sua mãe. Mas hoje parecia ser um daqueles dias impossíveis, foi convidada a descer do palco por um homem jamais visto, tudo que ela tinha que fazer era recusar e ir embora, ela realmente não queria bater em ninguém, mas não conseguiu se controlar quando esse cliente lhe deu um tapa em seu traseiro, mesmo após ter recusado seu pedido, nunca havia acontecido até então e sua reação foi ainda mais inusitada. — Vai à merda! — Grita ela após esbofetear o homem de estatura média que fumava charuto na mesa principal próxima ao palco, ela deveria ter raciocinado que não poderia ser qualquer homem que estaria sentado ali, afinal Marcone disponibiliza apenas para pessoas importantes como magnatas, empresário multinacionais, ela não se diminuiu quando o homem se levantou, sua estatura média ele era poucos centímetros que ela, o mesmo está irritado pronto para devolver o tapa — Luz, sua rapariga maldita, como se atreve a agir assim com um cliente? — bradou um velho gordo a puxando temeroso já que havia percebido o ar sombrio do homem ele pensava mais em a defender naquele momento, afinal ele sabia bem do perigo que aquele homem representa, ela o ignorou se soltando e seguiu até o barman que imediatamente lhe entregou uma garrafa de whisky, nem precisava falar o que queria ele já sabia, sempre que tinha uma briga ela pegava o mesmo whisky. — Ele é o problema! Não eu! — Bradou enquanto o homem que apanhou a encarava imparcial sem dizer uma palavra sequer, apenas cruzou os braços com um sorriso perverso alisando o próprio queixo. — Seu mau-caráter, nojento! — O ofende, enquanto o mesmo não reagia, observando como Marcone lidava com a mesma. — Luz... — Seu chefe murmurou seu nome, suando frio, parecia está prestes a ter um colapso, enquanto ela virava a garrafa, quando viu o rótulo da garrafa rapidamente voltou a lucidez. — Por que você deu uma garrafa de uísque macallan? — Perguntou incrédulo ao se virar para o barman que esbugalhou os olhos. — Ela só bebe esse uísque — Explicou engolindo em seco. — Ela só bebe esse? Da próxima vez dê o uísque mais barato da casa, esse uísque custa 4 mil dólares, ela não pode pagar uma dose com seu salário, imagina uma garrafa! — Dizia histérico enquanto o homem suava frio com medo de ser obrigado a pagar. — Mais barato, não! — Protestou chateada, mais uma vez virando a garrafa Bebendo como se fosse água. — Marcone! — chamou o homem calmamente, ele o obedeceu como um cachorrinho seguindo o dono, ele apenas cochichou algo sem tirar os olhos de luz, Marcone retornou a moça novamente a encarando apreensivo. — Você está demitida, Luz — Lhe disse com a voz sumindo, já que estava fazendo contra sua vontade. — Você é um velho realmente irritante, sempre com essa mania que me culpa por causa desses marmanjos que se acham o centro do universo. — Luz, tenha calma, esse homem é o representante legal do you&me e você bateu nele, ele não te quer mais nessa ‘boate’, dessa vez é definitivo, sua política não se adequa a nossa empresa — Então ele é o dono? — Tentou recuperar a lucidez, mas os goles secos de uísque já estavam a embriagando. — Assim que ela sair, a leve para meu carro, eu irei logo em seguida — ordenou o homem que levou o tapa discretamente a um dos seus seguranças que acaba de aparecer, ele apenas Concordou e seguiu para a porta dos fundos, saindo em uma rua vazia, havia apenas um rapaz vomitando que logo foi embora cambaleando, enquanto o segurança com um pequeno fone no ouvido agora esperava a garota sair em um canto escondido. — Que se dane, esse lugar há muito tempo me ama! Mas eu… Eu, estou fora também! — Bradou com as pálpebras pesadas e Balbuciando. — Luz... Apenas vá! Eu sinto muito, você é uma boa dançarina e pianistas, anima bem a noite, mas está passando dos limites — asseverou Marcone a levando até a entrada. — Ok! Mas... — Balbuciou fazendo biquinho, chateada. — Eu não recebo nada essa noite? — perguntou com um olhar mimoso. — Está louca? Você está levando mais do que ganha em uma noite, só nessa garrafa — Droga! — Resmungou chateada. — Esse lugar não tem a mínima consideração por seus trabalhadores, eu nunca mais volto aqui, eu vou arrumar um emprego melhor, não é porquê... — Interrompeu a falar perdendo o raciocínio devido à embriaguez, enquanto as pessoas ainda mantinha a atenção direcionada a ela. — bom... Eu vou indo — avisou com a voz mais arrastada levantando o dedo do meio para o homem que outrora havia agredido, Marcone tentou a conter a tempo, mas apenas encarou o homem como se pedisse desculpas com o olhar, enquanto luz dançava os dois dedos do meio para o homem que continuava calmo.
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