PROTOCOLO 7

773 Words
A PROVA DE FOGO DA PACIÊNCIA O despertador soou pontualmente às 3 horas da manhã, e Estrela se levantou com uma determinação renovada. O dia 8 do Protocolo Celestial a esperava, e a experiência das sincronicidades do dia anterior a impulsionava. No entanto, ela sabia que nem todo dia seria repleto de milagres visíveis. O caminho da manifestação também exigia paciência e perseverança. No seu quarto, que é o " Cantinho com Deus", a oração de Estrela foi mais profunda, carregada de gratidão e entrega. A leitura bíblica da vez foi Salmos 40:1-3: "Esperei com paciência no Senhor, e ele se inclinou para mim e ouviu o meu clamor. Tirou-me de um poço de destruição, de um lamaçal de lodo; pôs os meus pés sobre uma rocha e firmou os meus passos. Pôs um novo cântico na minha boca, um hino de louvor ao nosso Deus. Muitos verão isso e temerão, e confiarão no Senhor." Essa passagem parecia feita sob medida para o que ela pressentia ser um dia de teste. Os louvores também ressoaram com essa temática. Começou com "Paciência" do Padre Fábio de Melo, uma canção que a ajudava a acalmar o coração. Em seguida, a forte mensagem de "Restitui" da Fernanda Brum trouxe a ideia de que o que é dela virá. Para finalizar, a paz de "Quebrantado" do Vineyard a ajudou a se entregar completamente. As mensagens enviadas às dez pessoas foram carregadas de uma intenção de força e resiliência, pensando nas provações que todos enfrentam. Para a reprogramação mental, ela assistiu um vídeo intitulado "A Arte da Persistência: Como Manter a Fé Quando Nada Acontece". O vídeo enfatizava que a falta de resultados imediatos não significava que a manifestação não estava a caminho, mas sim que era um teste de fé. A frase para as cem repetições era: "CONFIO NO PROCESSO DIVINO E SEI QUE MEUS DESEJOS SE MANIFESTAM NO TEMPO PERFEITO." Estrela (mentalmente, enquanto assistia ao vídeo): "Isso é exatamente o que eu preciso ouvir hoje. Paciência." Estrela fechou os olhos e começou as repetições. As primeiras trinta foram tranquilas. Nas quarenta, o cansaço que sentira dias antes voltou, mas não com a mesma intensidade. Era mais uma sensação de "peso" do que de desânimo. Nas cinquenta repetições, ela não sentiu vibrações intensas ou aromas de flores. O que veio foi um silêncio profundo. Não o silêncio de paz, mas um vazio que parecia testar sua capacidade de manter o foco sem estímulos externos. Ao chegar nas sessenta repetições, a luz dourada não apareceu. Em vez disso, Estrela via apenas uma escuridão suave, como se estivesse em um quarto sem janelas. Era um teste claro para sua imaginação e sua fé. Estrela (pensando, com um leve desânimo): "Nada hoje... Onde estão os sinais? Será que estou fazendo algo errado?" A voz interior que ela ouvira antes não se manifestou. Apenas o silêncio e a escuridão persistiram. Nas setenta repetições, uma sensação de dúvida começou a se infiltrar. Ela perguntou se tudo aquilo era real, se realmente estava funcionando. Era a prova de fogo da paciência, o momento em que a mente tentava sabotar a fé. Ao atingir as oitenta repetições, a sensação de dúvida cresceu. As imagens vívidas de seus desejos que ela vira nos dias anteriores não apareceram. Em vez disso, uma tela em branco se apresentava diante de seus olhos fechados. Estrela (quase desistindo): "É tão fácil quando a gente vê os resultados. Mas e quando não vemos nada? É aí que a fé é testada." Mesmo com a falta de sinais externos e a crescente dúvida, Estrela persistiu. Ela se agarrou à frase, repetindo-a com ainda mais convicção, para afastar a descrença. Ela se lembrava das palavras do vídeo: "mantenha a fé quando nada acontece". Quando finalmente completou as cem repetições e abriu os olhos, não houve um clarão ou um aroma. O quarto estava como sempre. No entanto, uma paz sutil a invadiu. Não era a paz eufórica dos dias anteriores, mas uma paz profunda, conquistada através da disciplina e da superação da dúvida. O dia 8 do Protocolo Celestial não trouxe milagres visíveis ou sincronicidades imediatas. Foi um dia de teste de fé e paciência. Mas, ao final, Estrela percebeu que essa foi a manifestação mais importante de todas. Ela não apenas recitou uma frase; ela vivenciou a resiliência. Ela provou a si mesma que sua fé não dependia de sinais externos, mas de uma convicção interna. E essa convicção era a verdadeira força para continuar no caminho da manifestação. Você já sentiu que sua fé ou persistência foram testadas em algum momento importante? Como você conseguiu superar essa fase de dúvida?
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