Na piscina, deitada numa espreguiçadeira. De biquíni branco que grudava no corpo ainda molhado. Cabelo preso no alto, óculos escuro. O sol batendo no ombro dela como se fosse só pra ela. Fiquei parado na porta por uns segundos. Porra, como é que pode… Essa mulher tá tirando minha paz. Ela virou o rosto, me viu. Tirou os óculos e sorriu de leve, meio de canto. Desarmei. De novo. — Vai ficar só me olhando aí ou vai entrar na água? — ela perguntou, com aquela voz calma que só ela tem. Abaixei o boné, dei um sorriso torto. — Vim almoçar… Mas posso almoçar aqui contigo mesmo. Ela riu. Riu de verdade. E naquele riso… eu esqueci da ruiva. Do corre. Do mundo. Cheguei mais perto e deixei o boné em cima da mesa de canto. Ela me olhava rindo, como quem já sabia o que ia acontecer. Sem d

