Calor - Saga Caminho Do Sangue Livro 4

Capítulo 2-1

Capítulo 2

"Coloque-me no chão, seu lunático sanguessuga!" Alicia gritou enquanto arranhava as costas de Damon de onde ele a jogou por cima do ombro. No momento em que ela percebeu que eles não estavam indo em direção à Luz da Noite, ela queria que ele parasse ... obviamente, querer e obter eram duas coisas diferentes. "Eu quero ir ver Micah!"

"Michael me disse para trazê-lo de volta aqui e é aqui que você vai ficar", ordenou Damon, enquanto caminhava calmamente para o quarto de Alicia. Ele a jogou na cama e estremeceu quando suas unhas deixaram vergões em suas costas. Rosnando, ele acrescentou: "Eu não acho que seu namorado vai ficar muito desapontado se você estiver um pouco atrasado para a cama dele ... de lado."

Alicia bufou e tentou fugir da cama, mas Damon estava imediatamente debruçado sobre ela com uma palma firmemente plantada em cada lado de seus ombros.

Damon olhou para ela, tentando mais uma vez colocá-la sob seu feitiço de compulsão, "Droga, eu disse fique!"

"Eu não sou um cachorro, eu sou um gato você ..." A mente de Alicia ficou em branco por um segundo enquanto ela olhava para ele, observando o jeito que seu cabelo balançava em torno daquele rosto perfeito. Ela sentiu algo na boca do estômago acordar de saudade. Abaixando o olhar para os lábios dele, ela usou a única coisa que podia pensar em tirar sua mente de beijá-lo ... agressão.

"Você não é o chefe de mim!" Alicia bateu-lhe no peito, mas se arrependeu quando Damon fechou os olhos com dor e se inclinou para mais perto dela.

"Ninguém nunca espancou você crescendo?" Damon rosnou saindo em um suor. Ele rolou para longe dela para deitar de costas ao lado dela.

“Você deseja.” Alicia franziu a testa se perguntando como no mundo ele tinha acabado de levá-la do outro lado da cidade como um Neanderthal e agora parecia que ele ia desmaiar porque ela o acertou por isso. "Você está bem?", Ela perguntou desconfiada, não querendo se sentir culpada por sua retaliação.

Damon abriu os olhos apenas para ficar cara a cara com um ursinho e******o. Seus olhos de ametista se estreitaram lendo o colarinho que estava usando ... "Micah" ... figuras.

"Eu sou apenas dândi ... e você?" Ele respondeu enquanto se colocava em uma posição sentada, se perguntando por que ele se importava em se envolver com humanos ... especialmente mulheres. Eles não eram nada além de problemas. Levantando-se, ele foi para a porta esperando que ele não fizesse algo parecido como desmaiar. "Se você tentar sair desta casa antes de Michael voltar, eu vou dar aquele ursinho de pelúcia para você."

Alicia olhou para a porta até que ele se foi, então levantou a sobrancelha para seu inocente ursinho de pelúcia, "Bem, eu sei o que eu fiz ... mas o que você fez para irritá-lo?"

Ela revirou os olhos e estendeu a mão para acender a lâmpada. Damon estava com tanta pressa de jogá-la na cama que eles nem ligaram a luz. Ela estava prestes a pegar o ursinho, mas congelou quando algo na cama chamou sua atenção. Ali onde Damon estava deitado estava uma mancha vermelha fresca. Ela aproximou a mão e estava prestes a tocá-la quando se retirou.

Levantando-se da cama, Alicia saiu na varanda e deslizou para as outras portas de vidro que levavam ao quarto de Damon. O que ela viu fez seu coração se derramar no chão.

Damon bateu a porta do quarto e arrancou sua camisa preta, arremessando-a pela sala. Várias balas que estavam soltas dentro da camisa atingiram o chão e as paredes ao fazê-lo. Seu corpo foi consistentemente empurrando-os para fora de sua carne em um esforço para curar. Ele respirou fundo e olhou para os buracos sangrentos em desgosto doloroso. Foram as balas que ainda estavam sendo empurradas que estavam fazendo com que as feridas não fechassem.

Vendo uma bala no meio do peito, ele puxou o resto do caminho. Ele agarrou o estrado da cama tão apertado com a outra mão que a madeira começou a estilhaçar e rachar. Se não fosse pelo sangue de lobisomem que ele tinha bebido antes, ele estaria de joelhos gritando assassinato sangrento agora. Venha para pensar sobre isso, ele provavelmente não teria conseguido sair daquela mansão.

O sangue de um paranormal sendo sustentado por mais poder que sangue humano, mas era óbvio que se ele quisesse se curar mais rápido, então ele teria que encontrar mais sangue. Ninguém jamais o acusou de ser paciente.

Com um grunhido, Damon deixou cair a bala que havia acabado de puxar para o chão e foi até o armário pegar outra camisa. Tudo o que ele encontrou lá foram alguns pulôveres ... ele puxou o preto do cabide e o colocou antes de ir em direção às portas da sacada.

Alicia colocou a mão sobre a boca para evitar gritar quando viu a quantidade de danos causados ao peito de Damon. Alguns dos buracos de bala ainda estavam sangrando e alguns deles estavam realmente tirando as balas de sua pele. Não é de admirar que ele tenha se encolhido quando ela o atingiu. Ela sentiu um lampejo de dor no peito. Como ela poderia ser tão c***l?

Ela começou a abrir a porta, mas parou quando Damon se virou e pegou um suéter do armário e o puxou. Ela realmente queria chorar quando viu suas costas ensangüentadas, que estavam em pior forma que o peito dele. Quantas vezes ela bateu nas costas dele antes de chegarem ao quarto dela? Alicia sentiu os joelhos enfraquecerem com o pensamento.

Quando ele começou a andar em direção às portas da sacada, ela rapidamente se moveu para o lado e se virou, recostando-se contra a parede de tijolos entre as duas portas de vidro. Colocando a mão em seu próprio peito ileso, ela prendeu a respiração e esperou que ele não viesse e a espiasse sobre ele.

Seu pânico rapidamente deu lugar a mágoa ... depois raiva e confusão. Damon tinha mentido para ela na mansão ... todo aquele sangue tinha sido dele. Por que ele faria isso? Por que ele iria protegê-la e, em seguida, não lhe diria que ele estava ferido? Ele poderia ter sido morto ... e por quê? Para salvá-la?

Os olhos de Alicia se arregalaram quando as portas da sacada se abriram de repente e Damon saltou para cima na espessa saliência do terraço, de frente para a rua abaixo. Ele se equilibrou no corrimão sólido, mas, antes que ele pudesse empurrar, sentiu a presença dela atrás dele. Ele podia sentir todas aquelas emoções em sua aura e suspirou ... ele estava cansado e ferido e não sentia mais vontade de lutar com ela hoje à noite.

“Michael apagou a lembrança de você estar lá esta noite. Se você voltar correndo para Micah antes de ligar para você ... você vai desfazer tudo que ele fez para ajudá-lo. Se você não vai ficar aqui por mim ... então pelo menos faça para Michael. Com isso dito, Damon virou a sacada e desceu para a grama abaixo.

Alicia engasgou e correu para o corrimão de pedra, olhando para baixo enquanto ele caía cegamente. Seus olhos se arregalaram e ela agarrou a pedra quando percebeu que a queda cega de Damon não era tão cega quanto ela pensava. Seus braços dispararam e parecia que ele estava puxando as sombras ao redor dele, envolvendo-os perto ... depois desaparecendo antes que ele caísse no chão.

Alicia procurou na escuridão por ele, pronta para seguir o momento em que o viu, mas não havia nada ... nem mesmo o som de passos. Ela sentia pena dele e da dor que ele havia passado por ela esta noite.

Ela se abraçou de repente sentindo-se mais sozinha do que estava pronta e desejando desesperadamente que ele não tivesse saído. Ela precisava dizer que sentia muito ... ela queria dizer obrigado e ela realmente queria bater nele novamente por não deixá-la saber que ele tinha sido ferido. Para onde ele estava indo? O que os vampiros faziam quando estavam feridos?

Ele queria que ela ficasse e fizesse o que Michael pedira. Com um suspiro, ela decidiu obedecer pela primeira vez ... mas ela não estava fazendo isso por Michael.

Afastando-se da borda da varanda, Alicia voltou para seu quarto e sentou-se na cama. Ela olhou para o telefone por alguns instantes imaginando o que deveria fazer se soasse. Ela deveria mesmo responder? E se não fosse Michael? E se fosse alguém como Warren ou Quinn ligando para Michael e ela atendesse o telefone?

Damon estava certo ... ela devia a ambos o suficiente para pelo menos esperar até a manhã antes de tomar qualquer decisão ou fazer algo que não deveria. Ela se lembrou da borda na voz de Michael quando ele disse a Damon para levá-la para casa. Ninguém a queria lá esta noite, exceto talvez Damon ... mais uma coisa que ela poderia agradecer a Damon.

Querendo passar mais rápido, ela se levantou e vestiu uma camisola fina. Puxando as cobertas da cama, ela se deitou e tentou ir dormir. Logo ficou quente demais, embora tivesse deixado as portas da varanda abertas para deixar entrar a brisa fresca. Por quase uma hora, ela se virou e finalmente levantou a mão para enxugar o suor em sua testa.

Sua pele estava mais quente do que deveria, então ela jogou os cobertores em um esforço para se refrescar. Ficando frustrada, ela enrolou as cobertas até que elas pareciam um longo travesseiro de corpo, então rolou de lado, abraçando-a e jogando uma perna sobre ela. Ela começou a se balançar contra o cobertor, gostando da sensação entre as coxas e o abraçou ainda mais forte.

Os olhos de Alicia se abriram quando de repente ela reconheceu os sintomas do que estava passando. Ela leu sobre isso e viu uma de suas amigas na escola passar por isso.

"Não ..." ela sussurrou sentindo o medo cortando-a com o simples pensamento. "Por favor, não me deixe entrar no calor."

*****

Damon correu pelas sombras da cidade, indo em direção às favelas mais escuras em busca de algo ou alguém que precisava matar. Ele tentou bloquear Alicia de sua mente, mas parecia que a cada minuto que passava perto dela, mais profundamente ela se arrastava sob sua pele. A parte mais estranha foi ... ele gostou dela lá.

Ele construiu sua vida sem se importar com nada ... ou com ninguém. Ele também se orgulhava de fazer uma regra para pegar o que ele queria. Ele a queria e ela precisava parar de tentar o d***o. Quando ele caiu da varanda, ele rezou para que ela fosse inteligente o suficiente para não segui-lo. Por sorte, a garota sabia um pouco sobre a autopreservação.

Ele finalmente alcançou seu objetivo: uma área decadente de Los Angeles. Damon manteve a borda escura da calçada, sorrindo quando os carros da polícia passavam e todos desapareciam. Assim que os policiais estavam fora de vista, a escória da terra voltava do esconderijo e voltava aos negócios como de costume.

Damon zombou de duas mulheres seminuas e continuou andando quando tentaram seduzi-lo com seus corpos. Talvez algumas semanas atrás ele pudesse ter pensado vagamente, mas agora ... ele não queria nada com o sexo oposto. O pensamento de beber de qualquer um deles o deixou um pouco doente.

Arredondando uma esquina, Damon notou dois bandidos à frente e que ambos olharam em sua direção quando ele se aproximou. Agora isso era mais do que ele estava de bom humor.

"Como está indo", um deles perguntou em voz profunda. Ele tinha as mãos nos bolsos do casaco esperando uma venda de drogas. Quando ele teve um vislumbre dos olhos selvagens do homem, ele decidiu deixá-lo entender que esse cara já tinha conseguido suas drogas em outro lugar.

Damon não respondeu e continuou andando. Ele sabia o que estava por vir e estava ansioso por isso. Esses dois caras provavelmente eram reis nesta rua com seus músculos protuberantes e olhos escuros e lisos. Ele podia sentir o cheiro do sangue velho em suas roupas e ver os dedos das cicatrizes que os valentões sempre carregavam. Sim, eles provavelmente eram lendas dentro de suas próprias mentes.

"Ei", o segundo gritou: "meu amigo lhe fez uma pergunta."

"E o meu silêncio deveria ter avisado que eu não estava de bom humor." Damon advertiu então virou a cabeça para olhar para eles. Ele deu um sorriso maligno, suas presas brilhando no brilho escuro da lâmpada da rua quando viram as íris vermelhas de seus olhos. "No entanto, um jantar com vocês dois soa bem."