• Gabi •
Assim que a Liz saiu por aquela porta, senti um bagulho tão r**m no peito, que perdi até o ar.
Gabi: Vai atrás dela, Rikelme. - olhei pra ele, que também olhava pra porta - Por favor, não deixa ela ir...
RK: Eu não obriguei ela a sair. Dei a opção pra ela, e...ela resolveu ser assim...
Gabi: Você vai deixar sua filha ir embora assim? - gritei, segurando no braço dele. - Eu sei que ela não é perfeita, muito menos a melhor filha do mundo, mas eu amo ela, é minha filha, e se você não for atrás dela agora, pode ter a certeza que você não vai perder só a sua filha...
RK: Vai querer me deixar também? - cruzou os braços, me encarando sério.
Gabi: Por favor, vai atrás dela, amor...
RK: c*****o, Gabriela, será que tu não entende que não da pra toda vez que nós dois brigar, eu ir atrás dela? - suspirou, sentando no sofá. - Eu sei que falei m***a, mas ela também falou...
O problema do Rikelme era esse, sempre o orgulho falando mais alto que tudo, inclusive do que o amor.
RK: Esses anos todos eu só tô tentando proteger essa garota. Tu não faz ideia de quantas vezes já chegou foto dela pra mim, e mensagens dizendo que a hora dela tava chegando. - me olhou, e percebi seu rosto ficando meio vermelho. - p***a Gabi, último bagulho que quero é que machuquem ela, por vacilo meu.
Até hoje, depois de quase vinte anos juntos, ele nunca me contou o que fez, pra essa culpa toda cair sobre a Liz. Já tentei saber o que era, mas ele nunca abriu a boca pra me falar o que foi que aconteceu.
Gabi: Se você não trazer ela de volta pra casa, ela vai estar correndo mais perigo lá fora. - suspirei, sentando ao lado dela. - Vai atrás dela, Rikelme. Esquece esse teu orgulho i****a, e vai...
Ele ficou por um tempo apenas me olhando em silêncio, mas logo se levantou, saindo de casa.
Dei um sorriso de lado, e fui tentar fazer meus gêmeos dormirem. Rodrigo e Alex ainda tinham oito meses, mas já davam um trabalho do c*****o pra cuidar.
Tinha dias que eu não conseguia dormir, e muito menos ter um tempo só pra mim. É f**a!.
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Já era quatro da manhã, e nada do Rikelme e da Liz voltarem. Os gêmeos já estavam dormindo no quarto, e eu na sala esperando os dois.
Tinha tentado ligar para o Rikelme, mas ele não me atendia, e muito menos a Liz, só dava caixa postal com ela.
Na minha cabeça já se passava altas paranóias, e eu tentava ao máximo não surtar.
Minha vontade era de ir atrás, mas não podia deixar meus filhos aqui sozinhos.
Depois de quase mais uma hora, a porta se abriu, e somente o Rikelme entrou.
Gabi: Cadê ela?
RK: Eu não sei...- suspirou, passando a mão nos cabelos. - Fui atrás dos moleques e eles não sabem aonde ela se meteu. Rodei a p***a do morro inteiro, e também não achei ela.
Na mesma hora que ele disse, senti meu corpo se arrepiando todo, e uma parada ruizona se apossando em meu peito.
RK: Eles pegaram ela...