Eu tentava de tudo aproveitar esses últimos dias com as pessoas que amo, mas tava f**a, pô, na minha cabeça só vinha a m***a que tudo ainda daria.
Era cada bagulho que eu ficava pensando, que cada vez mais eu ficava com mais medo do que irá acontecer daqui uns dias.
Nunes ontem tinha me ligado, falando que dia tudo iria ser, e o que eu teria que fazer na hora.
Estava com um medo absurdo de tudo dar errado. A minha maior vontade era de contar tudo ao meu pai, mas não podia fazer isso, se não minha mãe morreria.
Não sabia se era verdade o que o Nunes tinha dito, mas não quero testar pra no final acabar sofrendo.
Gabi: Liz...- entrou no meu quarto, e eu olhei pra ela. - Eu e sei pai está indo jantar com teu irmão, tu quer ir?
Pensei por um tempo, mas logo acabei aceitando. Eu tinha que passar o máximo de tempo com eles, evitando ao máximo brigar ou algo do tipo, para quando a m***a toda acontecer, eu não me arrepender de não ter ficado mais tempo com eles.
Vesti uma roupa de sair rapidão, e desci batendo com meus pais. Minha mãe tinha chamado uma babá pra cuidar dos gêmeos essa noite, por que se fosse pra levar eles, nem conseguir jantar a gente iria conseguir.
Saímos de casa e fomos descendo a pé mesmo para o restaurante lá do outro lado da favela.
Quando chegamos, fui andando até a mesa em que o Richard estava, e assim que ele me olhou, abracei ele apertado, antes mesmo dele dizer algo.
Mesmo eu e ele nunca tendo uma relação boa entre irmãos, eu amava esse cara demais!.
RD: Tá bem, Liz? - me olhou, se afastando de mim.
Liz: Tô ótima. - sorri falsa. - Só estava com vontade de te abraçar mesmo.
Ele fez uma careta, e se sentou novamente, só falando com meu pai. Pela cara da minha mãe, já percebi que ela não estava bem com essa situação toda.
Ela sabia que o Richard era meio assim com ela por causa que ela matou a v*******a da mãe biológica dele. Mas, p***a, será que ele não pensa?
A mãe dele largou ele com o nosso pai, e depois de anos voltou querendo a guarda. Tentou m***r a Gabi e a tia Fernanda. E minha mãe salvou a vida dele, e ele retribui assim?
Isso é muita escrotisse da parte dele, na boa mesmo!.
Pedimos algumas paradas para comer ali, e só meu pai e meu irmão conversavam, falando sobre o morro e tals.
Gabi: E ai filho, como que tá na casa nova? - perguntou, encarando o Richard, que parou de falar, encarando ela.
RD: Normal, pô...- respondeu todo seco, e naquele momento minha raiva por ele voltou.
Acho que por ele sempre tratar a nossa mãe desse jeito, que tenho um ranço enorme dele.
Minha mãe se levantou da mesa, falando que iria ao banheiro, e meu pai foi atrás, já sabendo o que ela iria fazer.
Liz: Qual o seu problema, Richard? - encarei ele séria.
RD: Tá maluca?
Liz: Não, é você que tá maluco mermo. Tem necessidade você ficar tratando a nossa mãe dessa maneira? - cruzei os braços, e ele bufou.
RD: Ela é tua mãe...
Liz: Nao!. Ela é tua mãe também. Mesmo não tendo a p***a da obrigação, cuidou de tu quando era menor. Te protegeu de tudo, e principalmente da v*******a da tua mãe biológica...
RD: Cala a boca, Liz...- murmurou, apertando os punhos.
Liz: Não, cala a boca você, Richard!. Olha como você trata a mulher que tanto te ajudar na p***a da vida, seu criança do c*****o. Se não fosse por ela, você seria um fudido hoje, muito mais do que já é. - falei alto, atraindo alguns olhares para nós.
RD: Queria ver se fosse contigo, tu não seria diferente, seria até pior que eu...
Liz: Pode ter a certeza que eu não seria não. Seria completamente diferente de você, seu escroto!. Eu amo aquela mulher, ela e o pai são tudo pra mim, e deveria ser tudo pra você também, por que sem eles, tu não seria ninguém.
Antes dele responder, me levantei daquela mesa, e sai do restaurante p**a da vida, querendo quebrar a cara do Richard.