Liz: Como...assim...?
Nunes: Quero tu pra mim, e você vai ser minha...- passou as costas da mão por meu rosto, e eu senti um nojo enorme daquele homem. - Mas, pra ninguém tentar vir atrás de tu, e tirar a p***a da minha paz, tu vai ter que fingir tua morte.
Neguei com a cabeça, e já comecei a chorar, mas não por medo, e sim por nervoso.
O que esse homem tinha na cabeça? Por que logo eu? E...que m***a meu pai fez? p**a que pariu, eu não estava entendendo nada ali, só queria que tudo fosse um sonho.
Liz: O que o meu pai fez?
Nunes: Depois nós troca uma idéia sobre isso ai. - suspirou, olhando nos meus olhos. - Mas e ai, pô...qual opção tu escolhe?
Liz: A última...em qualquer uma eu iria morrer mesmo. - fiz careta, e ele sorriu. - Mas, pra salvar minha família, eu escolho a última opção.
Ele deu um sorriso enorme, e eu só tive mais vontade de chorar, sentindo um aperto enorme no peito.
Nunes: Suave, pô. Vou mandar uns caras ai te levar pra casa...- na mesma hora encarei ele sem entender, real. - Te dou um mês pra se despedir da tua família, e os caralhos, mas...se liga em menina, se tu contar alguma coisa pra alguém, tua mãe é a primeira a morrer. Tenho informantes lá, então nem abre a p***a da boca...
Balancei a cabeça confirmando, e fiquei até mais um pouco aliviada por saber que daria pra me despedir da minha família.
******
Alguns caras me deixaram algumas ruas antes da entrada da VK, e me deram o último aviso pra ficar calada, e agir naturalmente, que daqui um mês, eu iria "morrer".
Caminhei até a entrada, e de longe vi alguns meninos ali. Já tinha amanhecido, mas não sabia que horas que eram.
Assim que o olhar do Deco cruzou com o meu, ele correu até mim, me abraçando apertado. Naquele momento senti meu corpo enfraquecer, e a vontade de chorar vir de novo.
Deco: Aonde que tu tava, maluca? Tá todo mundo atrás de tu, p***a. - me olhou, e eu desviei o olhar.
Liz: Eu estava na praia. - dei um sorriso falso, e ele fez careta. - Estava pensando na m***a da minha vida.
Ele negou com a cabeça, e foi caminhando comigo para a entrada. Tinha alguns caras ali, que apenas acenei com a cabeça, e fui subindo em direção a minha casa.
Abri a porta, e já senti alguém me abraçando apertado. O perfume gostoso da minha mãe ficou pelo ar, e eu sorri de lado.
Gabi: Que bom que você está bem, já estava pensando...
Liz: Tá tudo bem, mãe, calma... - me afastei dela. - Eu estava na praia, precisava pensar um pouco.
Ela me abraçou novamente, e meu olhar cruzou com o do meu pai, que estava no canto da sala, apenas olhando tudo.
Me separei da minha mãe, e fui na direção dele. Antes mesmo dele dizer algo, abracei ele apertado, encostando a minha cabeça em seu peito.
Liz: Me desculpa, pai, eu...eu te amo tanto...- falei baixo, e ouvi seu suspiro.
RK: Eu que tenho que pedir desculpas, Liz. Falei m***a, tô ligado, foi malzão, princesa.
Eu sorri ao ouvir ele me chamando assim. Fazia anos que meu pai não me chamava de princesa, e ouvir ele me chamando agora, já me deixava toda leiga.
RK: Tu precisa entender, que tudo o que faço é pra proteger tu. Não aguentaria te perder por vacilo meu...
Meus olhos lacrimejaram na hora, e eu me segurei ao máximo para não chorar ali, não queria ter que explicar nada.
RK: Eu te amo pra c*****o, Liz...