capitulo 118

1446 Words

Clarice narrando Depois que o Talibã veio falar comigo sobre a intenção dele de namorar a Sil, eu fiquei ali, sentada na varanda, com o coração apertado e a cabeça longe. Eu olhava pro céu escurecendo devagar, sentindo o vento bater leve no rosto, e tudo o que conseguia fazer era pedir pra Deus proteger minha filha. — Senhor, por favor… que ela não passe pelo que eu passei. Essa vida do crime é um campo minado. A gente pisa, vive, se apega, ama… mas sempre tem o risco de tudo acabar num piscar de olhos. É uma estrada com só dois finais: ou é cadeia, ou é caixão. No meu caso, foi a morte. E por mais que eu tenha me acostumado com esse buraco no peito, eu nunca vou querer isso pra Sil. Nunca. Ela é uma menina boa. Ainda tem um brilho no olhar que o mundo não conseguiu apagar. Contin

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