Sil Narrando Eu estava ali na sala de espera, sentada num dos bancos gelados de metal, com o olhar preso num quadro sem graça pendurado atrás da recepção. Não fazia sentido nenhum aquele desenho ali, mas de algum jeito, olhar pra ele me ajudava a manter a mente ocupada. Meus pensamentos estavam todos embaralhados… só conseguia repetir, em silêncio: “Deus, por favor, deixa o Talibã ficar bem.” Cada segundo ali era uma eternidade. Tava com o celular plugado na tomada, carregando, quando senti uma presença conhecida se aproximando. Levantei o olhar e vi minha mãe entrando pelo corredor, com os olhos cheios de preocupação. Levantei no mesmo instante, largando o celular em cima do banco e indo ao encontro dela. Me joguei nos braços dela e a abracei com força. Senti o perfume familiar, e só d

