PESADELO NARRANDO
— ACERTAMOS! A TENENTE CAIU! — gritou o Talibã, empolgado do meu lado
Eu nem pisquei. Nenhum músculo do meu rosto mexeu. Só continuei atirando nos outros dois que estavam colados nela, enquanto ela sangrava no chão, sem reação.
Pra mim, era só mais um verme uniformizado que achou que podia subir o morro e fazer o que quisesse. E se enganou.
— Joga pra cima essa desgraça aí — murmurei, engatando outro pente.
O rádio chiou de novo, e agora com a voz do China
Radio On
— Patrão, já estamos com os explosivos! — avisou pro Talibã, que já foi saindo no pique.
— Tô chegando! — ele grita e olha para mim que balança a cabeça confirmando.
Vi ele sumir pela viela, o Mizola e o Fernandinho vieram me dando cobertura. Eu segui pelo outro lado, varrendo os becos. Os tiros vin
