Sil narrando Ele apareceu. Veio do nada, como se o simples fato de existir ali fosse o bastante pra me parar. E por um segundo, quase parou. Mas continuei dançando. Porque ele não tem esse poder. Não oficialmente. Nunca teve. A verdade é que nunca foi meu. Nunca chegou em mim. Nunca me olhou de verdade até hoje. Mas eu sempre soube. Sempre senti. Tinha alguma coisa no jeito que ele me olhava, na forma como ele ficava em silêncio quando eu passava. Como se segurasse algo que não queria escapar. Só que sentimento preso não vale nada. Então hoje, quando ele veio com aquela voz rouca e mandou o Dado me soltar… Eu quase ri. De nervoso. De raiva. De incredulidade. — Só estamos dançando. — foi o que consegui dizer. Com o coração acelerado, mas o rosto firme. Quando ele falou que o cara não t

