PESADELO NARRANDO
Assim que ela saiu do quarto com a bandeja, senti um vazio estranho se espalhar pela parede. O silêncio voltou a dominar tudo, só quebrado pela minha respiração descompassada… e pelo latejar da cabeça que parecia martelar por dentro dos ossos.
Respirei fundo, tentando organizar os pensamentos, mas era inútil.
Cada lembrança era um soco. Cada palavra da Isabel, um espelho. Cada gesto da Allana, um colo que eu não sabia se merecia.
Fechei os olhos por uns segundos, tentando afastar tudo, mas não deu tempo. A porta se abriu devagar, sem pressa. Quando olhei, lá estava ela. Entrando com o passo leve, o cabelo preso de qualquer jeito, a expressão cansada… mas linda. Linda de um jeito que feria, porque ela parecia carregar luz até quando o mundo todo estava escuro.
Nas mão
