Clarice narrando Assim que cheguei no posto, meus olhos procuraram por ela. Bastou um segundo pra encontrar a Sil sentada, encolhida no canto da recepção, com o olhar triste mexendo no celular, meu coração apertou. Quando ela me viu, levantou na mesma hora e correu até mim. Aquele abraço… aquele abraço era tudo o que minha menina precisava. E ali, com ela enlaçada em mim como quando era pequena, eu tive certeza de que fiz a coisa certa vindo até aqui. Ela tremia um pouco, mas já estava mais calma. Passou as mãos nos olhos, tentando disfarçar o choro contido. Puxei ela de novo pra perto, só pra garantir que ela sabia que tava tudo bem, que eu tava ali. — Como ele tá, filha? — perguntei, ainda segurando sua mão. — Ele já saiu da cirurgia, mãe… só tô esperando liberar pra eu poder ver e

